quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ano novo



  Nunca entendi o porque de existir o " ano novo " ... Seria melhor admitir que todo dia fica novo quando nasce e velho quando escurece. Seríamos mais verdadeiros e sinceros: daríamos presentes de aniversario quando a vontade chegasse , soltaríamos fogos comemorativos nas quarta feiras mais tristes, espantando tristezas e fabricando alegrias! Não tenho obrigação de comemorar o ano que " nasce " com o coração cheio de esperanças se estou triste, tão triste. Não vou me submeter as convenções! Prefiro ser uma metamorfose ambulante , cheio de surpresas e criando a esperança no dia a dia . A morte nos permeia como uma brisa do mar no cair da tarde, ou da manhã violenta , quem sabe na noite do meu bem ? ( viva Dolores Duran ). A vida se abre a cada segundo te " futucando " , acorda , levante a cabeça e tenha coragem " é preciso estar atento e forte , não temos tempo de temer a morte " ( cantou Gal Costa ), esse passa a ser meu novo ano novo: o presente. O futuro nada mais que um dente na engrenagem que avança os ponteiros do relógio vida. Fácil assim: nada de ano novo vida nova e sim vida nova a cada segundo novo, cada batida no coração , em cada abraço amigo, cada beijo e no pensamento positivo. Vida por valer a pena no momento , sem convenções , sem papai noel e outras datas estabelecidas para sermos felizes. Que se dane o coelhinho da pascoa ! Comam chocolate agora! Vamos tentar mudar isso ? Feliz segundo novo !!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ho, Ho, Ho ...



Ho, ho, ho...

 “A mentira tem pernas curtas!” Lembro minha mãe dizer... Saudades... Hoje, concluo que ela (a mentira) tem pernas curtas, barriga enorme, barba e cabelo branco e chama-se Papai Noel. As crianças sofrem com essa mentira das terras frias; aqui é diferente, não temos chaminés e renas, só calor, e muito! Vamos aos fatos.
 Cena no Shopping lotado: papai Noel cansado e dando seus micro-cochilos, lá está em sua poltrona vermelha recebendo os “pimpolhos”.
- Qual o seu nome?
- Duda
- Como? (todo papai Noel é surdo ou se faz de surdo)
- Eduarda, mas pode me chamar de Duda!
- O que que a linda menina vai quer do papai Noel?
 Do lado de fora a Vó grita: Duda, Duda, olha o passarinho... Tentando que a Dudinha olhe para o babaca do pai de posse da sua Nikon de última geração com aquelas lentes maiores que a barba do velho. E nada de sair a foto... O sujeito fica de joelhos, de ladinho e não acha o ângulo perfeito. Vamos Paulo, tira logo essa foto! Tenho que ir à Renner, diz a mulher cheia de sacolas nas mãos.
- Papai Noel eu queria uma bicicreta.
- O que???
- BiciCREta !!! (Duda já falando alto, suada, tadinha...).
- Você foi uma boa menina? Pergunta o velho fedido com algumas gotas de suor na testa.
- BICICRETA!!!! BICICRETA !!!! Já gritando a Dudinha, ou Duduzinha, tanto faz.
 Duda, Duda, Dudinha, Duduzinha da vovó, sorria pro papai... O papai, a essa altura, já está trocando desaforos com um Negão que pagou para ver sua menina no colo do cansado ator de fim de ano e tirar uma bela foto com sua máquina automática comprada na Casa e Vídeo.
- Ô meu... Tira essa foto logo... Aperta esse botão vermelho e pronto! Disse o negão.
 O Pai olha o monumento de baixo pra cima e solta essa: “você sabe com quem está falando?” Vejam que situação...
- Ô da fotografia, vê se resolve teu problema familiar e sai fora antes deu te explicar com que TU estás falando!
 O pessoal da fila já interfere, deixa pra lá, olha o espírito natalino, etc...
O papai Noel já ligado na confusão não dava atenção à pobre Dudinha, já estudando a forma de não levar uma porrada do Negão e fugir da briga eminente.
- BICICRETA !!!! BICICRETA !!! BICICRETA !!! Eduarda estava falando grego??? Este velho fedido não ouve nada... Buáaaaa... Buáaaaaa... Começa a chorar, muito invocada com a propaganda enganosa, velho chato!!! Batendo as perninhas.
 Você machucou Duduzinha !!! Gritou a velha encrenqueira! Um absurdo! Chamem o segurança!!! A sogra do nosso fotógrafo gostava de um bafafá! A essa altura o negão já tinha levantado o oficial de justiça pelo gógó, a velha gritava mais que Duduzinha ! Papai Noel já tinha levado uma mordida na bochecha e sem o gorro mostrava uma careca descascada de praia, a ajudante de papai Noel (linda mocinha com pernas cinematográficas), já nervosa, queria tirar fotos da confusão para colocar no facebook!
 Chegou a segurança, as coisas se acalmaram, Papai Noel todo xixado com Duduzinha mais vermelha que um pimentão no colo, o pai lívido, a mãe sem as sacolas na mão corria para pegar Eduarda ( depois descobriu que afanaram uma sacola dela, um absurdo! ), a velha dizendo “ vou processar o shopping “ ! Tudo na santa paz... Afinal é Natal.
 Conclusão: Papai Noel é uma furada! Seu filho (a) não merece passar por isso, nem você! Compre o presente dele(a) e não vá passear em shopping essa época do ano não; e, principalmente, não minta nunca! A mentira tem pernas curtas...
 Feliz Natal


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Isso é vida



O maior dos meus erros foi ter errado pouco
O maior dos meus ódios foi não ter amado a tempo
Arrependimentos

A menor dor esteve ao lado calada da maior
A maior lágrima foi derramada sobre um belo sorriso
Sentimentos

O melhor amigo sempre esteve invisível e junto
O maior inimigo também, só que desse não percebi...
Ilusões

O amor mais forte foi-se em um breve sonho
O amor menor cresceu na compreensão e no pão
Realidade

Só resta ver os lados opostos com os olhos da insanidade
A verdade tem uma sombra que quer ser mais clara que o dia
Noite e dia, dia e noite
Amando o desconhecido do amor

Isso é vida!



domingo, 14 de dezembro de 2014

Vai doer de novo

Vai doer de novo

 Dezembro, calor, Rio de Janeiro, Brasil. Estamos vivendo o caos urbano das obras que prometem um futuro melhor. A roubalheira está em cada pagina do jornal, o país brincando de ser rico e socialmente correto, as contas não fecham: há inflação e crise na economia, esquecemos tudo, pois é Natal! Assim foi na Copa do mundo, os revoltados foram para as ruas e depois nada aconteceu... Levamos uma surra de sete gols, nada mal para um Brasil que se acha uma potência, somos melhores no futebol! Essa alegria já era...

 Então é Natal! Vamos fingir uma felicidade que é falsa, como de hábito, fazemos um bom teatro. A família, os amores, o dinheiro que virá, festas e mais festas, estamos felizes, como sempre. Eu não! Estou revoltado com o rumo da nação, com o esquecimento quase natural dos erros, com as eternas desculpas, com os governantes, com a moral e a falsa ética. Comemorar o que? O ano vindouro? Nossas esperanças? A Petrobrás quebrando e minha vida vai bombar! Tenho eu uma bela aposentadoria? Meu filho vai viver neste descalabro ou pula fora? Estamos sem rumo, ou quem puder que vá buscar seu rumo em outras praias...

 Ano novo também! Estaremos mais fortes e convictos da sociedade melhor, no trânsito caótico, no assaltante que pode te matar na esquina, no Brasil do PT. Tomarei champanhe e darei sete pulinhos, sete pedidos, quão feliz estarei, cheio de alegrias e otimismo... Eu não! Não gosto de contar anos e de repensar o que fiz projetando o que farei. Cansei.

 Pro velho e pro novo ! O velho já era, o novo também. Queria ter nascido no Brasil que me prometeram: um país do futuro! Rico e cheio de oportunidades. Burro fui eu, acreditei! Tinha que ser ladrão ou político, talvez funcionário público, talvez jogador de futebol, isso pode dar certo. Para estudar é melhor sair, ter pai rico e se criar no exterior, voltar por cima e se ficar por baixo vive da grana do pai. Show!

 Fica aqui meu recado de desesperança, não há solução (fora dentro de um avião) para melhorar. Se você ainda acredita reze, se não chore. Tudo muda e aqui no nosso querido Brasil nada vai melhorar. Aperte o cinto que o País sumiu!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O rock progressivo



 Vejam como a boa música é sempre eterna! Um belíssimo arranjo com músicos clássicos e teremos um rock virando quase uma obra de Mozart...

https://www.youtube.com/watch?v=i3KiUYiIyLA

domingo, 30 de novembro de 2014

O perfeccionista



" O perfeccionista sofre por todos os defeitos da humanidade "

Devagar devagarinho

Devagar devagarinho

 Grande Martinho da Vila! O mestre do samba tem adeptos na medicina: “ Slow Medicine “ é o nome da medicina menos invasiva e decidida com o paciente. O Dr. Marco Bobbio diz “Os médicos estão arrogantes. A postura dos especialistas é comparável à dos socialistas, para quem só há uma única solução para um problema, e ela é perfeita, sem discussão”. Pergunto: são eles Deuses? Sabem de tudo? Volta o Dr. Marco falando “Os pacientes acreditam que os exames dão sempre uma resposta definitiva... No caso do resultado negativo o paciente vai pra casa tranquilo quando, na verdade, pode ter mesmo um câncer”. Tem mais: “1 em cada 5 exames são falsos positivos ou falsos negativos”

 Vamos lá tentar entender: 20 % dos exames são incorretos, os médicos são donos da verdade e os pacientes acreditam na ciência. Então vem a pergunta: até onde devemos crer nos exames e nos prognósticos? Os tratamentos são corretos? Estamos demasiadamente otimistas? Devo investigar doenças precocemente? Diz ele que só a mamografia e a colonoscopia têm eficácia comprovada. O resto é desnecessário. A melhor postura é “Tente levar uma vida serena. Deve-se comer um pouco de tudo”. Relaxe colega! Nada de temer a doença, seja leve e curta a vida como ela se apresenta, veja sua vulnerabilidade com a alma calma e ouça o mestre Martinho:

É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Devagarinho
É que a gente chega lá
Se você não acredita
Você pode tropeçar...
E tropeçando
O seu dedo se arrebenta
Com certeza não se agüenta
E vai me xingar...
É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Eu conheci um cara
Que queria o mundo apagar
Mas de repente
Deu com a cara no asfalto
Se virou olhou pro alto
Com vontade de chorar...
É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Sempre me deram a fama
De ser muito devagar
E desse jeito
Vou driblando os espinho
Vou seguindo o meu caminho
Sei aonde vou chegar...
É devagar!
É devagar!
Oh! Oh! Oh!
É devagar é devagar
É devagar é devagar
Devagarinho...(2x)
É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(10x)



"Divagar e sempre "  Millor Fernandes

domingo, 9 de novembro de 2014

Economia comportamental



Economia comportamental

 Que tal? Você já pensou nisso? Tua mão paga o que tua cabeça manda! Simples assim... Meu pai fumava muito e certo dia filosofou: “A mão fuma mais que a boca” e mostrava um cigarro aceso entre os dedos e outro, também acesso, repousado no cinzeiro. Li o artigo do Dr.Ariely (Doutor em economia pelo Instituto de Tecnologia De Massachusetts – MIT) na Veja, e certos pensamentos me transportaram no tempo pela nave PAI, através da qual (o do qual) aprendi aconselhamentos que “casam” com as teorias do nobre doutor, vamos lá:

- Recompensa imediata – É a “mola” do capitalismo! Eu, quando em terras Norte Americanas, fiquei impressionado com a cultura do costume de comprar, não se vê pessoas em NY sem uma sacolinha na mão... Falando com os “american Boys” se descobre que o prazer tem que ser imediato! Comprar, dirigir carrões, ir às festas (quanto melhor) e gastar, gastar e gastar. Entendeu? Se você parar para pensar não vai ter tempo de consumir. Poupar? Coisa de pobre, colega. É irracional, mas quem disse que o ser humano é racional?

- Quanto mais caro melhor – Essa meu pai usava para medicamentos e médicos. Ele dizia “Remédio barato não presta!”, médico então nem pensar! Diz lá o “guru” do MIT, “ Se o preço do produto é alto, as expectativas sobre o grau de satisfação que trará elevam as chances de uma boa experiência”. Uma pesquisa feita por ele com pessoas doentes tratadas com placebo, um barato e outro caro, quem melhorou? O grupo que pagou caro! Meu pai tinha razão...

- Efeito manada- “A desonestidade é altamente contagiosa, espalha-se como praga, em efeito manada.” E lá ele aponta as bolhas financeiras como um bom exemplo. Esse nobre doutor tinha que vir conhecer a relação “amorosa” do PT com a Petrobrás... Vixe...

- Olho no outro – “A felicidade é uma questão de comparação, é na comparação que calculamos valores”. Eu acrescentaria a inteligência nesse estudo, o meio influência o homem, você vai se comparando ao colega do lado e tentando melhorar seu desempenho (com grandes riscos de decepção, que é um belo aprendizado). E complementa o “guru” com o seguinte: “Para saber se o que eu ganho é adequado, se estou feliz com meu salário, o que conta mesmo é saber quanto ganha o meu colega ao lado”.


 Fácil assim! O que vamos fazer em um País em que “ser competente” é “ ser esperto “? Se o teu colega do lado está para ser demitido, se teu salário acaba antes do final do mês, e se você estudou pouco e os EUA está muito longe? Não é mole não! Meu pai, antes do doutor Ariely sapecou essa “Meu filho, nesse país o rico fica sempre mais rico e o pobre mais pobre, você deu sorte de não nascer pobre”. Em termos comparativos estou rico! Em valores absolutos não! Esses americanos são geniais! Nunca olharam para o lado pobre deles mesmos, MAS estão ricos, ou pelo menos assim se acham!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amor

" Lição primeira e única : amor não é coisa para amador


 " Millor Fernandes





terça-feira, 4 de novembro de 2014

Uma epidemia em Pernambuco


O olho do gato




Vi no olho do gato o que não vi na coruja

 Vi na cor do mar um pouco do céu...

 No céu vi uma coruja que olha o olho do gato

 Vi o gato que não me viu...

 A coruja que viu o gato me viu e partiu...

domingo, 2 de novembro de 2014

A armadilha



A armadilha

 Sempre fiquei aflito com animais presos em armadilhas covardes. A liberdade é podada na fome, na facilidade. E vão ficar presos ursos, onças e raposas: é a grande sacanagem do caçador, usa a fome + a facilidade para, sem maior esforço, pegar a presa. Sou contra a incapacidade de se defender na vida. Imaginem o homem contra o homem, a cidade como a grande armadilha e você, caro leitor no meio da armadilha...

 “Hoje li no jornal “Carros têm mais incentivos do que transporte público”, isto me abriu os olhos e na sequência da leitura vem à bomba de efeito moral:” Redução do IPI e o subsídio da gasolina custaram R$ 19,38 bilhões, quase o dobro dos R$ 10,2 bilhões investidos por governos federal, estados e municípios”. A cada ano entram 3,7 milhões de carros nas ruas e o brasileiro perde 1,5 horas do seu dia parado, engarrafado, feito frango de granja, morrendo um pouco a cada viagem.


 A grande sacanagem é muito simples: o governo ajuda as indústrias e não investe em infraestrutura, muito menos em transporte público de qualidade; lá na frente ele vai arrecadar em impostos tudo que investiu, pegar a “presa” na armadilha, sem muito esforço e ainda agradando os” poderosos da indústria automotiva”. Muito inteligente isto: você trabalha feito um corno para comprar um carro financiado, fica feliz e vai passear com a família no fim de semana... Parado na rodovia com a mulher reclamando e os filhos chorando, sem dinheiro para o seguro do carro, mal sabe dirigir e... Entra na traseira do carro da frente! Vem o Bradesco com a propaganda “Vai que seu super-herói está ocupado... Melhor ter um seguro do Bradesco”. Sacou? Todos ganham colega! Você é a vítima do sistema. O outro compra o carro para trabalhar e logo descobre que é uma ilusão, só ficou mais confortável ouvindo música no carro invés de no ônibus... O garotão quer um carro para conquistar as meninas e depois descobre que o amor dele foi estudar em Londres e, atualmente, namora um gringo que não tem nem um carro! Nem o pequenino do Mr. Bean! Shit! E por aí vai a nossa vida de idiotas alimentando um esquema perfeito para o poderoso (governo, multinacionais e bancos), sofrendo o caos sem solução e, ainda por cima tendo que aturar aquela criatura por mais quatro anos... PQP !!!!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A jura secreta que não fiz...

https://www.youtube.com/watch?v=v7HeKUqGdCw

A vida é feita de coragem, erros e " aquela que meu coração não diz "

Nada é feito sem o ato, a mão e o coração atrevido, amor sem volta

Fico triste em ver o mundo ser o que não vivi, não vou ver, nem saber

Só uma palavra me devora : aquela que meu coração não diz...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O País dividido



O País dividido

 Agora com a Dilma mantida no poder e com a “mancha vermelha” no Norte e Nordeste fala-se da divisão do Brasil. Eu pergunto: essa divisão sempre existiu ou não? Eu creio que sim! Vivi os dois lados, frequento os dois lados e gosto deles. Uma coisa é comum: rico gosta do mais rico e pobre ajuda o mais pobre. Rico que ajuda pobre só tem um: o que gera emprego e que não rouba sua própria empresa, o resto é caridade. Pobre que ajuda rico eu nunca vi! Um operário ou um serviçal só fica no emprego por comodidade ou promoção (deixa gradualmente de ser pobre). A empregada doméstica vai melhorar de vida enquanto os ricos ficarem mais ricos e procurarem por elas e não as acharem! Aqui no Rio de Janeiro faltam domésticas e ganham bem mais que a mesma no Nordeste. Isto é fruto do desenvolvimento! Vá morar em NY e vais ter que lavar teu banheiro, colega. Aqui ainda tem classe dita média com carro e motorista, vai ver o salário do cidadão, a educação do mesmo, ele se veste bem e faz tudo. Lá no nordeste até tem, MAS sem tantos predicados e o salário baixinho. Carteira assinada? Por lá não cola... O próprio empregado não faz muita questão e o patrão relaxa com um bom scotch. O lucro não faz mal! O que nos divide é a distribuição da renda, do governo manipulador que tira do pobre e alimenta suas dívidas com os banqueiros, quando sobra o empregado melhora de vida.


 A maior divisão de águas é de quem poupa e vive com o que ganha e dos que estendem as mãos para a “esmola governamental” e compra mais do que pode pagar. Os que vejo melhorar de vida são os porteiros que não pagam o aluguel e não fizeram 10 filhos; os encarregados de obra que trabalham os finais de semana para aumentar a renda; o vendedor de churrasquinho de praia que quando não faz sol vai vender tralhas chinesas no sinal, enfim: trabalho em local de renda! A minha ex-empregada vivia sendo perseguida pelo banco e eu negociei a dívida dela pagando menos da metade; até a boa moça pedir para sair e logo após os telefonemas choverem, na busca desesperada pela endividada. Não tem jeito! Minha casa minha dívida! Médicos cubanos lançados para acabar com os jovens que pretendem ganhar mais. As “lulinhas” (o menor aprendiz) que tenho que empregar para cumprir meta! Os incapacitados, outra meta! Tudo para que faça a minha parte social, já que o governo não faz... Liguei para o SENAI pedindo carpinteiro e pedreiro para trabalhar na construção civil, sabe o que a moça me propôs? “O senhor não tem um encarregado para ministrar as aulas? Estamos sem professores para abrir uma turma...” O que fazer? Fiz escolinha profissionalizante, classifiquei vários profissionais, pra que? A construção civil vai piorando e o operário que instruímos vai ficar desempregado e abrir uma barraca de produtos chineses na feira.

 Deixemos o choro pra lá! Estamos divididos e endividados! Não há crescimento sem dívida neste país! Só ganham os que poupam... Que tal criar a “bolsa poupança?”: uma parte da renda doada ficaria retida em uma poupança que poderia ter seu valor ampliado com vetores de correção como frequência dos filhos nas escolas e nível de escolaridade. Isto é só um sonho meu, como aquele outro que terminou nos céus de Santos...

sábado, 25 de outubro de 2014

A Catalunha é aqui



 A Catalunha é aqui!
 Conversa de botequim sempre é cultural e divertida. Em véspera de eleições tenho o prazer de trocar ideias com um amigo (não direi o nome) que tem solução pra tudo, depois de algumas cervejas o diálogo foi esse:
 - O Brasil está assim porque não foi dividido!
- Como?
- Na Espanha há o movimento de libertação da Catalunha, certo?
- Sim
- Aqui deveria ser o mesmo...
 Peço mais uma cerveja e imagino o que virá pela mente inteligente e absolutamente simplista do amigo, já meio bêbado:
- O esquema é o seguinte: de Sergipe pra cima uma país, do Espírito Santo pra baixo outro...
- Sim, e a Bahia?
- Neutro e independente! Eles não trabalham mesmo...
- Rapaz, você está sendo muito radical!
- Radical, eu? Maluquice do povo que não vê a invasão!
- Invasão???
- Sim, dos políticos do norte e nordeste para o sul e sudeste!
- Collor, Sarney, Lula, Renan...
- Todos eleitos!
 Outra cerveja, por favor!
- Essa é a questão: eleitos para o país errado! Se eles ficassem por lá... Que beleza! Bolsa família para todos!
- E nós?
- Aqui seriam outros mandantes, ladrões também, mas o problema já seria resolvido pela metade!
 Eu paro para pensar... Um país do nosso tamanho, tantas culturas diferentes, gente de todo tipo, é complicado demais...
- E tem mais: Aqui não tem mulher feia!
- Ô amigo, eu sou casado com uma nordestina! Respeite-me!
 O “cabra” sentiu a pressão e mudou de assunto.
- Vamos ao nome da nova capital do nordeste: Piauítalunha ou Cearátalunha ????
- O que?
- Sim! Uma nova capital! Independente! Viva o novo Brasil! A nova política de desenvolvimento!
 Tenho a coragem de perguntar as vantagens...
- Ora, muito simples: eles de lá resolvem os problemas de lá e os de cá os de cá.
-????
- São Paulo podia comprar água do Nordeste!
- Bicho, você pirou?
- Não! Hoje a natureza explica: a água do São Francisco não vai para o Norte, pois a lei da gravidade não ajuda! Desvia a obra da Dilma e manda para São Paulo! Tudo resolvido, fácil assim...
- Rapaz, você bebeu demais...
- Outra melhor ainda! Vamos salvar Sampa! Pega o gasoduto e coloca água no bicho! Sem gás o paulista vive, tudo meio fresco mesmo, só comendo pão com mortadela e tomando banho. Beleza pura meu!
- Essa água vem da Bolívia?
- Sim, derrete o gelo e bota um pouco de cocaína na mistura! Os paulistanos vão trabalhar em dobro e o país cresce!
- Que país, o da Catalunha ou o outro?
- Sei lá ...

 Garçom, a conta, por favor.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Por que eles não falam tudo?


Por que eles não falam tudo?

 A questão é simples: você vai fazer um exame e o laboratório diz que necessita de 6 horas de jejum e 1 hora antes tomar seis COPOS D’ÁGUA! O cidadão vai e fica bebendo água de barriga vazia, sentado junto de um monte de mulher grávida, sem poder mijar. Nome, plano de saúde, assina aqui, espera ali e nada de chamarem seu nome... O tempo passa e você já encharcado, mas feliz comparando a sua barriga com a loura prenha do lado, inchada, pesada, com falta de ar, bufando. Será que estou grávido? Fico imaginando a minha barriga com um moleque dentro e rio nos meus pensamentos.

 Sr. Roberto! Sr. Roberto

 A chata da atendente (mal fodida) te chama para assinar as guias e pergunta “já tomou sua aguinha???”, tão simpática ela, um amor! “Já sim senhora, posso mijar”? E o sonoro “não” vem com um olhar de reprovação! “ Vai demorar” pergunto. E não vou perguntar mais nada, pois a cara de Pitbull diz tudo: “vá se sentar e aguarde sua chamada pelo nome”. Lá vou eu procurar uma cadeira... A loura está suando e o maridão (que tinha ido urinar) na maior alegria passando a ridícula mão naquele caroço abdominal da criatura. Fiquei de pé! Não sei o que é pior para conter a urina se sentado ou de pé, uma coisa é certa: cruze as pernas! Ajuda! Aperte o pinto e não respire muito fundo, medite, em terras secas, nada de pensar em riachos límpidos com água corrente, tente lembrar os livros de Graciliano Ramos, “Vidas secas”, ajuda.

 Como num jogo de videogame você vai para a 2ª fase: “suba e entre na sala de exame, tire a roupa e espere o médico, não mije”. O babaca que vos fala segue a risca e fica trancado no pequeno banheiro anexo com frio, o quarto de exame é uma filial da Sibéria e o banheiro um Canadá... Que situação... Olho o vaso, ele me olha, de bocão aberto esperando meu tiro certeiro... Não posso mijar, não posso mijar... Decido ir para a sala de exame para livrar-me da tentação, lá tudo limpo, uma cama o tal aparelho e um frio de lascar o cano: o pinto sumiu... A vontade de mijar também. Cadê a porra do médico? Deve estar esfregando a barriga da loira, que não sente frio. Porque não estou grávido?

 Chegou o cidadão de branco, nem olha prá você.

- Deita de barriga prá cima

 Eu obedeço e espero as ordens. Acho que esse corno é Cubano! Filhote de Fidel, será? Passa um gel mais frio de sorvete de limão na minha barriga e começa a olhar uma tela. Vira para outro lado, agora outro. Vai urinar!

 Volto para o banheiro todo sorridente com a barriga molhada daquela gosma que parecia leite de mamão verde, todo melecado... Ufa... Mijei e voltei.

- E agora doutor?

- Vamos começar tudo de “nuevo”.

 Aí eu pergunto: doutor pode-se beber cerveja para fazer esse exame? E ele diz, “usted puede tomar cualquier bebida, incluyendo la cerveza “. Opa! Uma boa notícia! Não falam isso... Logo ali que tem uma cervejaria do lado da clínica, por que não fazer um convênio? Você ficava tomando sua cerveja gelada com um bip na mão (pegou na clínica) e dali iria direto fazer uma visitinha em Havana... Podiam até vender uns charutos cubanos...

 Esses médicos nunca falam tudo...


domingo, 19 de outubro de 2014

O aviso prévio

O aviso prévio

 Vou ser demitido, pressinto a crise na empresa e fora dela, serei em breve mais um desempregado no dolorido mercado de trabalho.

 Fui ao dentista e ele já avisou: “tens que extrair o ciso incluso”. Vai doer na boca e no bolso.

 O vestibular está chegando... Só falta um mês... Uma semana...

 Vou casar no ano que vem, está difícil, meu pai está duro e mamãe muito estressada... Meu emprego sei não...

 Minha sogra é bronca! O que fazer com ela? O sogrão já disse o famoso “te cuida e fica esperto!” Aí Jesus...

 O joelho começou a incomodar, uma dorzinha aqui e outra lá, está rangendo mais que porta de pobre, acho que é o menisco...

 Fiscalização amanhã! Ufa, que loucura, quantos documentos... O contador está cobrando! Meu chefe viajou e disse “não quero me contrariar, te vira!” O que faço???

 Uma pontada, duas... Um copo d’água... Um alívio... Uma dor mais forte... É chegada a hora de parir... Deus me ajude!

 Eu aqui no frio, na calçada esperando o Marcão que não chega! Ligou e disse “estou atrasado, trânsito infernal!” E agora? Moro com ele e não tenho aonde ir... Essa dor na barriga é certeira, caganeira na certa, suor frio, aí Jesus... Marcão, são 2 da matina! Aí meu Deus!

Meu primeiro pênalti! Jogo empatado, bola na mão, tenho de fazer esse maldito gol... Uma voz grita “É tua meu filho!”... Que situação...

 Acorda João! Vai perder a hora! O emprego, corre querido, corre...

 Pai, teu filho, olha prá mim, respira, por favor...

 Filho, teu pai, olha prá mim ouça, não se faça de bobo...

 Pai, Filho e Espírito Santo, orem por mim e livrem-me do aviso prévio !


domingo, 12 de outubro de 2014

Não temos tempo mais pra nada

Não temos tempo mais pra nada


 Descobri isto lendo um livro fantástico do mais ainda Millor Fernandes. Um sujeito realmente muito além do seu tempo, e com sapiência, condensou as informações. Não temos tempo prá nada, menos ainda para ler um romance longo e prazeroso... Imagine a Montanha mágica de Thomas Mann... Então vamos de Millor?


 ”Foi no Nordeste brasileiro que se inventou a lavagem a seco”

 Essa tecnologia vai se aplicar, e muito, lá em Sampa!


 ”A democracia começa com 3 refeições diárias”

 Boa para nossas eleições atuais...


 ”O pé do atleta tem cura, mas o cérebro não”.

 Um tanto dura para os amigos inteligentes que malham muito, porém um dia vão ter que optar! 


 ”O ego é a única coisa que vaza pra cima”

 Isso é tão fácil de entender que até o grande físico Newton aceitaria...


 ”O dinheiro não só fala como manda calar a boca”

 Essa é a maior verdade do mundo capitalista!


 ”A invenção da poltrona acabou com os heróis”

 Sem comentários, até porque estou sentado em uma...


 ”A morte é hereditária”

 Existe alguma forma mais simples de explicar a vida?


 ”Livre como um táxi”

 Essa é ótima!




 Finalizando: 

 ”Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem!”

 Espero que você ache isto de mim!


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

See me, feel me...



 See me
Feel me
Touch me
Heal me

 Esta letra é do legendário conjunto The Who que me emocionou quando jovem, principalmente no festival de rock Woodstock:


 A tradução é:
Veja-me
Me sinta
Me toque
Me cure

 Agora vivemos exatamente o contrário com a propagação do vírus Ebola, a última coisa que pensamos é ter que conviver com essa doença em sociedade. Curioso o medo da morte: todos têm, mas a “fantasia” da proximidade dela é muito ampliada. Um avião passa sobre sua cabeça, um carro passa por poucos centímetros da tua perna apressada e você não teme. Já o Ebola... O mais triste é que ele acontece no lugar mais miserável, entre negros famintos, meninos subnutridos, malária, diarreias, água suja. Deus está castigando? São infiéis? Não, nada disso! A morte agora tem passaporte, vai passear pelo mundo todo, do taxista Inglês degolado ao imigrante da Guiné que chegou ao Brasil com febre. Temos um medo terrível de não contar com a cura! Hoje tudo tem cura, ou quase cura, vacina prá tudo, radioterapias e quimioterapias, cirurgias mágicas, tudo, tudo e mais alguma coisa... Para um rico! Branco, americano de preferência e bonito! Aí esse beneficiado cidadão vai tomar drogas, comer fast-food e... Se food! E o pior: ele se acha imortal em sua Ferrari a 200 km/h! Como se joga fora a sorte no mundo!
 Meu sonho era que, de dentro da mais fechada floresta Africana brotasse uma planta mágica que ingerida por negros da região os curasse do vírus mortal, com um porém: só da urina deles é que um branco seria salvo! Ou melhor: beijo na boca! Um monte de gente indo para Serra Leoa tomar mijo ou beijar os negões (ou negonas). Que bacana seria isso! 1000 dólares na barraquinha do beijo da negona desdentada! Casamento com um negão custa 1 milhão de dólares! E ainda leva um saquinho da erva e cura sua família toda! Os mais conservadores poderão tomar o drink “Sossega Ebola” que nada mais é que (urina + caracu), uma beleza! Cientistas enlouquecidos querendo isolar o antídoto e nada! Só no beijo e no xixi!
 Eu vou, com meu disco debaixo do braço e cantarei no meio da praça:

See me
Feel me
Touch me
Heal me

 Será que ganho um beijo “di grátis”?










sábado, 4 de outubro de 2014

Será arte ????

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

https://www.youtube.com/watch?v=9rYwWUlXRiI

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sou do tempo




Sou do tempo

 Sou do tempo em que Selfie era foto 3 x 4
 Havaianas eram para os pobres e trabalhadores
 Um telefonema servia para resolver problemas
 Um carro para mostrar aos amigos: “esse é do meu pai”

Sou do tempo em que havia tempo prá tudo
Conversar na varanda, contar piada, ir ao Maracanã sem medo
Sou do tempo em que o medo estava escondido no imprevisto
O ladrão era até camarada e poderia te reconhecer na pelada

Os olhos eram para ver outros olhos e admirar belezas
Sorrisos verdadeiros, a cara limpa, a moça bonita por natureza
Academia para os fisiculturistas, fortões das praias, exceções
Ser machão era ato de baixinho folgado, chutando a canela do grandão

Não tinha cinto de segurança, nem a palavra segurança: só o conselho de mãe
As doenças matavam com rapidez: a foice da velha afiadíssima, corte preciso
Dieta para os doentes, comida sem remorso, colesterol? Nome de xarope?
Beijo de mãe passava a dor, conselho de amigo sempre, havia amigo

Sou do tempo que dormia no ônibus e me acordavam no ponto final
Na praia virava camarão, sentava na esteira, usava pomada minâncora
Sp2 não era símbolo matemático e sim supositório de FNM
Trepar podia-se, mas o risco era tão grande e chamava-se tesão

 Hoje vivo sem tesão, em frente da televisão, andando num carrão
 Passeando de avião, hemorroidas de montão, remédio pro coração
 Dinheiro não conto não! Não toco mais violão, do pau falo não!
 WhatsApp, Instagram, hashtag, facebook, email, Selfie, Iphone 4,5,6

 Socorro !!!!! Cadê meu amigo, meu irmão, o negão da pelada?

 Chamem o ladrão !!!!



domingo, 28 de setembro de 2014

Querendo a morte

Querendo a morte

 A maioria não a quer, mas ela te busca, dia após dia
 Não é trabalho fácil, é uma dura busca, com final certo
 Ela te quer e você não a quer, desamor sem fim
 Pense nela, pois ela te ama e te quer para o todo sempre

 Nesse amor confuso tens que acreditar no final feliz
 Não será na igreja, não haverá anéis nem chuva de arroz
 Cerimônia oculta, sem convidados talvez, sem festa, simples
 Simples e definitiva, teu casamento com a dama da foice

Quero vê-la por pouco tempo, não vou namorar para casar
Que seja uma paixão fulminante! Tão forte que eu desmaie
Tão violenta paixão que me entorpeça e fulmine meu amor
O amor de relance, de adolescente, no olhar rápido trocado

Tenho que querê-la, pois ela me quer, sem recusas, sem fuga
Tenho que amá-la sem conhecê-la, dar-me todo, sem pudor
Amor meu, venha ceifar teu adorado, venha cumprir teu dever
Venha sem volta, para todo sempre carregar mais um infeliz



sábado, 20 de setembro de 2014

Amoo



Amoo

 O esquema dos dias atuais é simplificar, nada de escrever muito, perder tempo com “frescuras” de mandar cartas (coisa antiga...) ou recados amorosos. No meu tempo tinha o torpedo! Esse cidadão oriundo dos mares em guerra era aplicado, via garçom, da sua mesa para a mesa de sua futura conquista. Eu confesso que nunca dei muita sorte com a tal arma do amor e, infalivelmente, recebia o tal objeto bélico na minha mesa, lançado por um canhão-mulher... Nunca dei sorte...

 Os tempos mudaram, o amor é um mero acaso e o sexo é o prato do dia. Simples de mais, a cantada é direta, via redes sociais e outras manobras virtuais, não se gasta muito para abater a presa, é fácil, fácil. Isso é bom e broxante por outro lado: o fruto proibido é mais saboroso... Até o xuxu da visinha cai bem no prato. Como estou “fora do mercado” não posso opinar. Os tempos são de gostar das coisas e das pessoas... Amoo, adorooo, etc... Descobri este vogal-artificil nas redes sociais ( estou modernoo ): você dobra a vogal “ o “ e pode agradar em cheio! Nada de firulas, elogios, etc... Tempo é dinheiro e dinheiro serve para comprar Iphone e outros recursos para ficar plugado na internet, tensão total, não há tempo para dirigir ou andar sem ficar hipnotizado pela telinha... Plimm é um whattsapp (chato prá caralho!!! )... Triiimmm é o celular... Plooong é aviso de mensagem (conta vencida ou a mulher detonando o cartão de crédito)... Não há vida sem a porra do celular: detestooooo.

 Então ficamos assim: nada de escrever, falar, etc... Envie sua foto (selfie de preferência) com o AMOOO e junte os sinais de beijinhos, ok, bonequinho rindo e outras babaquices infantis, afinal o nosso papai é o papai GOOGLE (com dois os), entendeu?


 AMOOOOOOOOOOO!  

O sacerdócio



O sacerdócio

 Mal consigo escrever, não menos entender a tal palavra. Vem à mente a Igreja e o padre, e nesse mesmo conjunto as rezas. Fui criado por família católica e convivi com os padres beneditinos (sorte minha) que eram trabalhadores, na fé de Cristo. Devo muito (ou quase tudo) para essa gente reclusa e sábia. Sem maiores traumas: eu sou de índole calma, outros amigos não suportaram a disciplina rígida, nem o cheiro de mofo das batinas. Passou. Hoje sou homem feito e posso pensar mais sólido. Quantas rezas foram perdidas na obrigação e no medo? E o padre santo? Ele é mais competente na sua capacidade de falar com Deus? O bispo tem linha direta? O papa deve trocar figurinhas com ELE. Isso eu não discuto, é o caminho da fé. Só penso no sacerdócio físico e mental, aplicado na vida do homem comum. Acreditar é o foco, repetir é a vida, pensar uma opção. Pergunto ao leitor se a vida é assim tão regrada na repetição, na missa diária, no exercício do acordar com café e enfrentar a condução exaustiva até o trabalho duro, brigar como chefe e calar a boca com o feijão de Chico Buarque. Qual a fé maior? A do humilde e explorado trabalhador na sobrevivência ou a do padre contrito em seus pensamentos: um na vida e o outro na promessa da eterna companhia divina. Quem será o sacerdote? Quem sofre mais? Pouco importa essa comparação de atitudes sem mostrar a virtude, existem homens e homens que morrem por objetivos, muitos por obediência, burramente. O que fazem os pobres infelizes jornalistas com o pescoço à mostra nos vídeos mortais? São frutos da loucura de um grupo fundamentalista que não sabe ver a vida por outro ângulo. Hoje matam gente como baratas, pela fé. Acho que sempre nos matamos para viver, ou via exploração ou via credos. O ser humano é muito ruim, só avançamos nas tecnologias via guerras: matar com eficiência gera benefícios para todos! Muita doideira!

 Sacerdotes da fé e os da vida... Estão, no segundo grupo, lá na África maldita, tratando seres humanos renegados à vida os médicos e voluntários da saúde. O vírus Ebola matando os seres humanos mais pobres e, talvez, sofridos da terra. Castigo divino? Maldade dos homens poderosos que não vão gastar muito com pobres. Pobre é lixo, sempre foi assim... Esses heróis são os verdadeiros sacerdotes da vida: os que brigam por ela! E os de Deus? Estão brigando por Deus... Muitos matando em nome dele, como se isso fosse o caminho da salvação. Vamos rezar ou agir? Que tal fazer os dois? “Ora e labora” está lá nas regras de São Bento, e mais:

"Não quero a morte do pecador, 
mas sim que se converta e viva".

 E assim perguntamos para Ele:

"Senhor, quem habitará na vossa tenda 
e descansará na vossa montanha santa?"

Resposta direta,

"É aquele que caminha sem mancha 
e realiza a justiça; 
aquele que fala a verdade no seu coração, 
que não traz o dolo em sua língua, 
que não faz o mal ao próximo 
e não dá acolhida à injúria 
contra o seu próximo".

E muitos ainda matando em nome DELE... Viva a sabedoria de São Bento! Amém!



sábado, 13 de setembro de 2014

O Desconhecido

O Desconhecido

  Hoje bateu uma vontade de falar do desconhecido, daquele que nunca vimos e só de pensar nele tememos. Porque será? Esse medo infantil do que não conhecemos, tal qual uma sombra ou um vento frio na madrugada quente? Se não o conheço não posso temê-lo! Sou forte para me defender, me basto. Simples pensar assim, mais ainda acreditar que nada te derrubará, isso faz a vida muito mais fácil; o melhor é não pensar neste senhor “O Desconhecido”, esquecer que ele existe e viver a ilusão da claridade, sem pensar na escuridão. Ele, de fato, não existe! Até você vê-lo e talvez admirá-lo. Surpresas boas acontecem, sejamos positivos, otimistas e, sobretudo valentes. E quando o teu inimigo mora dentro de ti? Teus fantasmas e medos aparecem nos dias mais ensolarados... Complica muito viver assim. Se, além disso, você tem que viver a penúria de poucos recursos, na família desajustada, sem apoio de amigos e muito menos da sociedade: a loucura aponta a sua arma contra o indefeso. É o fim do desconhecido para você começar a viver tua própria vida sem vida, a depressão.
 Voltemos ao ilustre e misterioso cidadão “O Desconhecido”, sujeito de grande família: sua mãe chama-se “Dna Morte”, a temida e poderosa, infalível cidadã, dona do tempo e de todas as vidas; a irmã mais velha é a “Madame Fobia”, mulher esquisita, vive escondida e gosta de aparecer de repente, atrapalhando as festas, sempre acompanhada da sua amiga “Loucura”, essa mais popular; o irmão “Medo” é terrível, daqueles que dão porrada em todo mundo, assustador criatura do mal, um pit-boy. O Pai do Desconhecido é muito conhecido: vistoso senhor “Imponderável”, casado com “Dna Morte” vivem felizes (com a desgraça dos outros) para todo o sempre, ele um homem fiel (ela nem tanto), admira tanto a mulher que não tem olhos para as outras. Ela não é flor que se cheire, e que ninguém fique sabendo (ela é vingativa, viu?) já pulou a cerca com outros homens, como o Mister Fatalidade, Doutor Acidente fatal e um famoso professor de medicina o Dr. Infarto Agudo do Miocárdio. Essa mulher não dá sossego, vai com todos, na moita e o maridão Sr. Imponderável, não vê ou finge não ver (ele é imponderável mesmo), deixa prá lá.

 E assim falei um pouco desse cidadão tão desconhecido, viveremos com ele, tentando conhecê-lo e sempre falhando na tentativa. O melhor é esquecê-lo, ou fingir que ele não existe (como o Imposto de Renda) para ficar espantado no encontro e dizer, olho no olho, seu filho da puta! Vá tirar tua mãe da zona! E, ao vê-lo sair, tomar fôlego e dizer todo feliz, “dessa vez foi por pouco!”.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Olho não é balança



Olho não é balança

 Uma coisa me incomoda: você fala algo e esse ser dizer “pega mal” na outra pessoa! Pior ainda! Você acha que está agradando e dá o maior furo... Chato isso. Mulher é um bicho complicado mesmo. Se ela é gostosa você não pode falar, só fica babando e pensando “que mamas”,” nessas coxas eu me perdia”,” sou fiel, mas com essa mulher a minha patroa perdoa”, e outras bobagens (não falei das sacanagens que você imaginou em frações de segundo). Seria justo o amigo dizer “Pô Paulão! Tua mulher é um fodão mesmo!”, ou (na maior sinceridade do mundo)” Carlinhos, tua namorada tem uma bunda magnífica, um monumento, benza Deus”, de coração aberto, sem maldar. Não pode! Vais levar uma porrada ou perder o amigo (que, a essa altura alcoólica, tem um tesão no pezinho da sua digníssima esposa, só no pezinho, viu?). Não compreendo a maldade humana, tudo que falamos tem duplo (ou triplo) sentido. Se você disser que o João é um cabra “arretado”, amigão e até “ vistoso “... Fudeu! A mulherada (que não vê graça no cidadão e acha você um frangote) já dá aquele risinho de lado... Pensa... Esse aí é GAY! Pô, que maldade! Só porque o rapaz é forte, atlético, barriga de tanquinho, torneira grande, sorriso largo, simpático, rico e GOSTOSO você é Gay ???? Sacanagem isso! Mulher sempre distorcendo as coisas.
 Voltemos ao olhar. A moça era magrelinha, cambitos finos, peitinho limão e volta das “europas” bem fornida! Coxas grossas de salsichas com mostarda preta (sei lá o que ela comeu! Ou quem comeu), peito durinho e prá frentex, bunda (não tinha) e algumas celulites. Falou ao pau! Ficou comível! E você diz: “Como você está linda! Até engordou!”. Foi sincero, de coração aberto, ela ficou gostosa... Mas... FUDEU! A moça fica brava! “Gorda, eu???” Nunca diga isso, meu amigo, é o mote de sua morte precoce. Não existe mulher gorda nesse mundo, entendeu? E, se existe, você NUNCA VIU! A regra é clara: mulher não é gorda, se for é inimiga! Às amigas tudo, às inimigas os culotes! Um detalhe tenho que falar: as gordinhas são as mais simpáticas e tem as amigas mais gostosas! Coma uma gordinha e terás uma penca de gatinhas miando nos teus pés e te chamando de cachorrão! Maravilha de conselho!!!
 Muito bem. Meu olho não é balança, entendeu?Não tenho o poder de achar que a velhota perdeu 5 kgs e está se achando “poderosa “... Eu digo que ela está bem, não mudou nada... Merda! Ela fica” P” da vida, pois não percebi que está mais magra! Ora porra ! Nem percebi que ela existe quanto mais que está mais magra! Feia! Chamar de feia é melhor do que gorda.Nunca entendi isso... Meu olho pode perceber belezas ou não; porém saber do regime da criatura e seus resultados é de lascar mesmo, tenho que treinar mais... As mocinhas também são ligadas nas palavras deferidas pelos mais velhos: Linda, chique, elegante, uma gracinha... Todas são aceitas... Agora tente falar: forte, robusta, um poço de saúde... Tás fudido, meu colega. Não existe mulher forte (ela luta Box, toda malhada, coxas grossas, etc) MAS é PODEROSA, sacou ? Robusta? Jamais, sem comentários... Poço de saúde é prá pedir para sair da festa! Vamos agradar? Então diga: você está malhada, qual seu personal? Linda qual o teu segredo? A dieta secreta???    E outras babaquices. Peça para ti um “ selfie “ com a criatura, aí vais acertar em cheio, o tal do “ Selfie “ é malandro: só tira foto de cima prá baixo, fácil, fácil. Um detalhe, as gordinhas sempre ficam por trás nas fotos, cadê a barriga? Selfie é um show! Só sorrisos e peitos apertados, todas lindas e magras. Bom demais!
 Agora chega de falar de gordas e magras, somos todos iguais! O amor é lindo! Teu príncipe encantado vai chegar e ele vai te achar magra, viu? O sapo aqui não te perdoa!!! Gordinha !!! Eheheheh...

 Foi mal, viu?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A moeda ingratidão



A moeda ingratidão

 Moeda corrente, pouco apreciada e conhecida. Existe, é fato! Está em todos os nossos momentos, desde pequenino você a conhecerá primeiro: o brinquedo emprestado e não devolvido, a bala que você ganhou só uma e teu amigo várias, o carinho maior que a tua irmã recebeu e você passou batido... Antes de aprender a somar essa moeda (ingratidão) vai ter que aprender a perder, sofrer e invejar o outro. Normal, c’est la vie, certo? Não! Errado colega, muito errado! Não é dando que se recebe: se vai praticar o “dar” faça sem pensar em retorno, ficarás mais leve e sofrerás muito menos, pode até ser o caminho da felicidade (o mais difícil de todos), Deus está vendo, só ele. Ponto.
 E a relação de amor maior? Aí complica demais... Amor de mãe, esse é o maior de todos: por força da nossa sobrevivência, pela febre dos cromossomas, por necessidade da vida seguir. A mãe é tudo e se faz maior ainda. Ela se doa em sacrifícios mil, em noites mal dormidas, vivendo a vida dos filhos e colhendo a ingratidão mais natural de todas: a do filho. Não há filho melhor que possa retribuir esse amor, são moedas diferentes, contabilidade doida, sem saldo positivo no balanço final, e ela (a mãe) perde. Mas não pensemos assim! Nunca haverá retorno na doação materna, ela é a força natural contra a aceitação racional: o filho racionaliza os ganhos da mãe e, eventualmente, do pai. Normal e correto, na base do “eu mereço” vai recebendo e querendo mais e mais. Troco? Volta? Tem não... A mãe nunca pode racionalizar as doações, é fundo perdido, é a regra da vida. Triste? Fique não querida leitora, você fez a sua parte e essa é a maior, ele vai contabilizar alguns carinhos e te ver como a melhor mãe do mundo! Mentira! Você é uma mãe no mundo, tal quais milhões iguais, a porteira da vida, a cicerone, uma guia, o trilho do vagão vida, até ele criar asas e te olhar de cima para baixo. Teu avião-filho agora voa no céu, longe, vai pousar alguns poucos momentos no teu aeroporto, para abastecer, faxinar o coração sofrido, regular as turbinas e voltar para o ar distante. Sorria e não pense na palavra retribuição, esse será o seu “castigo”: só dar. Viva tua sina na terra, mãe ou supermãe, tanto faz, tua moeda é o amor puro (18 quilates); e se tiveres sorte colherás algumas moedas de prata ou latão mesmo. Assim é essa matemática do coração. Fique feliz, pois quem aqui escreve tem a coragem de admitir que não é um filho perfeito e acredita que todas as mães são maravilhosas; solidário sou a ti mulher, e ganhe uma nota mil de minha gratidão, que não vale lá muita coisa não... Beijos!


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Palavra perdida

Palavra perdida

 Palavra perdida, dita da boca maldita, escapulida
 Saiu sem volta, bala perdida, ferina, voando solta
 Parida, feia e torta, gritando, faminta criatura
 Nasceu de boca minha, sem volta, vagabunda

 Escapou do cativeiro, ave de rapina, caçadora
 Agora está pousada em coração ferido, garras e sangue
 Quem te caçará, carcará, bastava um tiro certeiro...
 Não há caçador, nem bala, nem solução, eu feri teu coração

 Nasceu então o arrependimento, grande e forte, de boa família
 Esse vem do meu coração, em passos largos, na direção tua
 Para aplacar a dor, pousar curativos na tua pele, sanar feridas
 Menino bom, de olhos claros, arrependido, com uma flor na mão

 A do perdão.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Concurso da APPERJ

 Amigos

 Essa poesia foi selecionado para o concurso da APPERJ concorrendo ao prêmio Francisco Igrejas de 2014, a ser realizado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 26/09/2014, auditório Machado de Assis. Estão todos convidados!

 Obrigado pelo apoio e leitura do Blog.

 Abraço de Roberto Solano




5/5


 Um sol costureiro rasga minha cortina
 A manhã virando claridade na retina adormecida
 Sábado de sol, mês de maio, ano 2012
 Acordo tonto, sem acordar, acordando...


 Abro janelas vendo o ar frio penetrar a casa
 Finjo não ver lá fora para não me despertar
 Quero sentir o torpor do meu sono ainda vivo
 Estou meramente de pé com a mente acamada...


 Agora não posso mais fugir do apito da chaleira
 É manhã de Maio e tento coragem para ver o céu
 O céu que vai adentrar no coração cansado, triste
 Ele está lá, imponente, me esperando, calmo e tranqüilo


 Agora sou eu! Um só desperto, preparado para o embate
 Levanto a cabeça e vou até a janela aberta, na visão maior
 Na mais linda cor de azul, recém lavada pelo orvalho em noite fria
 Lá está a minha alegria maior! A esperança em forma de cor: azul


 Não é azul comum, nem do mar, nem das flores atrevidas, nem azuis talvez
 Ele é algo que penetrando os olhos vai se dissolvendo em outra cor maior
 Maior que o céu, mero pano de fundo, e do mar, seu admirador eterno
 O azul de Maio! O único e venturoso! Indescritível na manhã clara portenha


 Venha ver-me todos os anos dessa vida de tantas cores
 Socorra aos que tem coragem de te entender
 Traga passarinhos e ventos frios
 Mas volte, volte sempre
 Salvando minh'alma
 Carioca


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Poesia Falada do Rio de Janeiro

ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE POETAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Fundada em 11 de abril de 1989

Site referendado pela UNESCO no Diretório Mundial de Poesia
Reconhecida como de Utilidade Pública Municipal, através da Lei n° 3353 / 2001

Os 20 melhores textos, do VII Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro, concorrendo ao Prêmio Francisco Igreja / 2014 e que serão apresentados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro, a partir das 16:30h, no Auditório Machado de Assis (entrada pela Rua México)

poema
autor
UF
Barulhinhos
Wladimir M. Santos

Belo Horizonte/MG
Espelho
Banaiote Gazal
Rio/RJ
Pedra sobre pedra
Geraldo Trombin
Americana /SP
O sarau dos pirilampos
Jorge Cosendey
Rio/RJ
Tapera
Ileides Muller
Campo Grande/MS
Lição
Luiz Otávio Oliani
Rio/RJ
Poesia II
Blener Dumont
Rio/RJ
Sem asas borboletas
Marcelo Gomes Jorge Feres
Rio/RJ
5 de maio
Roberto Solano
Rio/RJ
Humano
Wladimir M. Santos

Belo Horizonte/MG
Pindoba
Wladimir M. Santos

Belo Horizonte/MG
A visita
Banaiote Gazal
Rio/RJ
Rara sedução
Luiz Poeta
Rio/RJ
Injúria
Rita Gemino
Rio/RJ
Suçuarana
Bernardo Miller
Rio/RJ
Madrigal silente
Bernardo Miller
Rio/RJ
Piscina de alegria corrente
Eliane Silvestre da Costa
Brasília/DF
Aldeia
Eliane Silvestre da Costa
Brasília/DF
Às vezes
Jósa Jasper
Rio/RJ
Avessos e direitos da Emília
Amélia Luz
Pirapetinga/MG

Obs: apperjianos concorrendo ao Troféu Francisco Igreja — OBSERVAR REGIMENTO INTERNO/APPERJ (VERIFIQUE NO SITE)
Jorge Cosendey, Luiz Otávio Oliani e Jósa Jasper

A APPERJ solicita a confirmação da presença, no encerramento do festival, dos poetas acima classificados, caso não possam comparecer, deverão indicar o seu intérprete ou solicitar à Diretoria de Comunicação Social que indique um.

Evoé, poetas! Sucesso!
Até dia 26/09/2014