domingo, 30 de novembro de 2014

O perfeccionista



" O perfeccionista sofre por todos os defeitos da humanidade "

Devagar devagarinho

Devagar devagarinho

 Grande Martinho da Vila! O mestre do samba tem adeptos na medicina: “ Slow Medicine “ é o nome da medicina menos invasiva e decidida com o paciente. O Dr. Marco Bobbio diz “Os médicos estão arrogantes. A postura dos especialistas é comparável à dos socialistas, para quem só há uma única solução para um problema, e ela é perfeita, sem discussão”. Pergunto: são eles Deuses? Sabem de tudo? Volta o Dr. Marco falando “Os pacientes acreditam que os exames dão sempre uma resposta definitiva... No caso do resultado negativo o paciente vai pra casa tranquilo quando, na verdade, pode ter mesmo um câncer”. Tem mais: “1 em cada 5 exames são falsos positivos ou falsos negativos”

 Vamos lá tentar entender: 20 % dos exames são incorretos, os médicos são donos da verdade e os pacientes acreditam na ciência. Então vem a pergunta: até onde devemos crer nos exames e nos prognósticos? Os tratamentos são corretos? Estamos demasiadamente otimistas? Devo investigar doenças precocemente? Diz ele que só a mamografia e a colonoscopia têm eficácia comprovada. O resto é desnecessário. A melhor postura é “Tente levar uma vida serena. Deve-se comer um pouco de tudo”. Relaxe colega! Nada de temer a doença, seja leve e curta a vida como ela se apresenta, veja sua vulnerabilidade com a alma calma e ouça o mestre Martinho:

É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Devagarinho
É que a gente chega lá
Se você não acredita
Você pode tropeçar...
E tropeçando
O seu dedo se arrebenta
Com certeza não se agüenta
E vai me xingar...
É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Eu conheci um cara
Que queria o mundo apagar
Mas de repente
Deu com a cara no asfalto
Se virou olhou pro alto
Com vontade de chorar...
É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Sempre me deram a fama
De ser muito devagar
E desse jeito
Vou driblando os espinho
Vou seguindo o meu caminho
Sei aonde vou chegar...
É devagar!
É devagar!
Oh! Oh! Oh!
É devagar é devagar
É devagar é devagar
Devagarinho...(2x)
É devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(10x)



"Divagar e sempre "  Millor Fernandes

domingo, 9 de novembro de 2014

Economia comportamental



Economia comportamental

 Que tal? Você já pensou nisso? Tua mão paga o que tua cabeça manda! Simples assim... Meu pai fumava muito e certo dia filosofou: “A mão fuma mais que a boca” e mostrava um cigarro aceso entre os dedos e outro, também acesso, repousado no cinzeiro. Li o artigo do Dr.Ariely (Doutor em economia pelo Instituto de Tecnologia De Massachusetts – MIT) na Veja, e certos pensamentos me transportaram no tempo pela nave PAI, através da qual (o do qual) aprendi aconselhamentos que “casam” com as teorias do nobre doutor, vamos lá:

- Recompensa imediata – É a “mola” do capitalismo! Eu, quando em terras Norte Americanas, fiquei impressionado com a cultura do costume de comprar, não se vê pessoas em NY sem uma sacolinha na mão... Falando com os “american Boys” se descobre que o prazer tem que ser imediato! Comprar, dirigir carrões, ir às festas (quanto melhor) e gastar, gastar e gastar. Entendeu? Se você parar para pensar não vai ter tempo de consumir. Poupar? Coisa de pobre, colega. É irracional, mas quem disse que o ser humano é racional?

- Quanto mais caro melhor – Essa meu pai usava para medicamentos e médicos. Ele dizia “Remédio barato não presta!”, médico então nem pensar! Diz lá o “guru” do MIT, “ Se o preço do produto é alto, as expectativas sobre o grau de satisfação que trará elevam as chances de uma boa experiência”. Uma pesquisa feita por ele com pessoas doentes tratadas com placebo, um barato e outro caro, quem melhorou? O grupo que pagou caro! Meu pai tinha razão...

- Efeito manada- “A desonestidade é altamente contagiosa, espalha-se como praga, em efeito manada.” E lá ele aponta as bolhas financeiras como um bom exemplo. Esse nobre doutor tinha que vir conhecer a relação “amorosa” do PT com a Petrobrás... Vixe...

- Olho no outro – “A felicidade é uma questão de comparação, é na comparação que calculamos valores”. Eu acrescentaria a inteligência nesse estudo, o meio influência o homem, você vai se comparando ao colega do lado e tentando melhorar seu desempenho (com grandes riscos de decepção, que é um belo aprendizado). E complementa o “guru” com o seguinte: “Para saber se o que eu ganho é adequado, se estou feliz com meu salário, o que conta mesmo é saber quanto ganha o meu colega ao lado”.


 Fácil assim! O que vamos fazer em um País em que “ser competente” é “ ser esperto “? Se o teu colega do lado está para ser demitido, se teu salário acaba antes do final do mês, e se você estudou pouco e os EUA está muito longe? Não é mole não! Meu pai, antes do doutor Ariely sapecou essa “Meu filho, nesse país o rico fica sempre mais rico e o pobre mais pobre, você deu sorte de não nascer pobre”. Em termos comparativos estou rico! Em valores absolutos não! Esses americanos são geniais! Nunca olharam para o lado pobre deles mesmos, MAS estão ricos, ou pelo menos assim se acham!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amor

" Lição primeira e única : amor não é coisa para amador


 " Millor Fernandes





terça-feira, 4 de novembro de 2014

Uma epidemia em Pernambuco


O olho do gato




Vi no olho do gato o que não vi na coruja

 Vi na cor do mar um pouco do céu...

 No céu vi uma coruja que olha o olho do gato

 Vi o gato que não me viu...

 A coruja que viu o gato me viu e partiu...

domingo, 2 de novembro de 2014

A armadilha



A armadilha

 Sempre fiquei aflito com animais presos em armadilhas covardes. A liberdade é podada na fome, na facilidade. E vão ficar presos ursos, onças e raposas: é a grande sacanagem do caçador, usa a fome + a facilidade para, sem maior esforço, pegar a presa. Sou contra a incapacidade de se defender na vida. Imaginem o homem contra o homem, a cidade como a grande armadilha e você, caro leitor no meio da armadilha...

 “Hoje li no jornal “Carros têm mais incentivos do que transporte público”, isto me abriu os olhos e na sequência da leitura vem à bomba de efeito moral:” Redução do IPI e o subsídio da gasolina custaram R$ 19,38 bilhões, quase o dobro dos R$ 10,2 bilhões investidos por governos federal, estados e municípios”. A cada ano entram 3,7 milhões de carros nas ruas e o brasileiro perde 1,5 horas do seu dia parado, engarrafado, feito frango de granja, morrendo um pouco a cada viagem.


 A grande sacanagem é muito simples: o governo ajuda as indústrias e não investe em infraestrutura, muito menos em transporte público de qualidade; lá na frente ele vai arrecadar em impostos tudo que investiu, pegar a “presa” na armadilha, sem muito esforço e ainda agradando os” poderosos da indústria automotiva”. Muito inteligente isto: você trabalha feito um corno para comprar um carro financiado, fica feliz e vai passear com a família no fim de semana... Parado na rodovia com a mulher reclamando e os filhos chorando, sem dinheiro para o seguro do carro, mal sabe dirigir e... Entra na traseira do carro da frente! Vem o Bradesco com a propaganda “Vai que seu super-herói está ocupado... Melhor ter um seguro do Bradesco”. Sacou? Todos ganham colega! Você é a vítima do sistema. O outro compra o carro para trabalhar e logo descobre que é uma ilusão, só ficou mais confortável ouvindo música no carro invés de no ônibus... O garotão quer um carro para conquistar as meninas e depois descobre que o amor dele foi estudar em Londres e, atualmente, namora um gringo que não tem nem um carro! Nem o pequenino do Mr. Bean! Shit! E por aí vai a nossa vida de idiotas alimentando um esquema perfeito para o poderoso (governo, multinacionais e bancos), sofrendo o caos sem solução e, ainda por cima tendo que aturar aquela criatura por mais quatro anos... PQP !!!!