Amigos
Essa poesia foi selecionado para o concurso da APPERJ concorrendo ao prêmio Francisco Igrejas de 2014, a ser realizado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 26/09/2014, auditório Machado de Assis. Estão todos convidados!
Obrigado pelo apoio e leitura do Blog.
Abraço de Roberto Solano
5/5
Um sol costureiro
rasga minha cortina
A manhã virando
claridade na retina adormecida
Sábado de sol, mês de
maio, ano 2012
Acordo tonto, sem
acordar, acordando...
Abro janelas vendo o
ar frio penetrar a casa
Finjo não ver lá fora
para não me despertar
Quero sentir o torpor
do meu sono ainda vivo
Estou meramente de pé
com a mente acamada...
Agora não posso mais
fugir do apito da chaleira
É manhã de Maio e
tento coragem para ver o céu
O céu que vai adentrar
no coração cansado, triste
Ele está lá,
imponente, me esperando, calmo e tranqüilo
Agora sou eu! Um só
desperto, preparado para o embate
Levanto a cabeça e
vou até a janela aberta, na visão maior
Na mais linda cor de
azul, recém lavada pelo orvalho em noite fria
Lá está a minha
alegria maior! A esperança em forma de cor: azul
Não é azul comum, nem
do mar, nem das flores atrevidas, nem azuis talvez
Ele é algo que
penetrando os olhos vai se dissolvendo em outra cor maior
Maior que o céu, mero
pano de fundo, e do mar, seu admirador eterno
O azul de Maio! O
único e venturoso! Indescritível na manhã clara portenha
Venha ver-me todos os
anos dessa vida de tantas cores
Socorra aos que tem
coragem de te entender
Traga passarinhos e
ventos frios
Mas volte, volte
sempre
Salvando minh'alma
Carioca
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