quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O primeiro caqui




O primeiro caqui

 Estava voltando de Niterói, dia 25/02/2014, sob sol abrasante, em um verão atípico no Rio de Janeiro, calor e trânsito infernal. Veio-me à mente uma música do Macalé “ Só mesmo vendo como é que dói trabalhar em Madureira, viajar na Cantareira e morar em Niterói “. A coisa tá feia na cidade ainda maravilhosa. Passo em frente do Maracanã e vejo turistas fotografando o Bellini, uns garotos fazendo malabarismo com uma bola em prol de trocados, a Copa do mundo está chegando em breve... O sinal fechou. O que vejo? Um rapaz bem suado, sem camisa, buscando sombras e carregando uma caixa de caquis bem vermelhos. Foi como um clarão! Meus olhos brilharam, um breve sorriso escapou da boca seca, uma sensação que existe um tempo melhor, um Rio melhor, no caqui, nesta fruta caprichosa. Ela é colhida em Março: “A safra de caqui saboroso começa em março e vai até maio. Normalmente o caqui que chega em fevereiro porque foi colhido verde. Dificilmente fica doce.”. Ela, a fruta deliciosa, é também sensível e deve ser escolhida com muito cuidado para ser saboreada devagar, mordida a mordida, dissolvendo na boca, única em densidade gelatinosa e sabor adocicado.

 Deus sabe o que faz. Porque esta maravilha chega em Março e termina em Maio? Um sinal DELE, meus amigos, avisando que tudo vai melhorar! O calor dará trégua, as verduras voltaram a ser verdes e abundantes, as noites frias, a vida mais leve e saborosa.

 Viva o Caqui! Viva o outono no Rio de Janeiro, com São Jorge em Abril e os feriados:

17 de Abril – 5ª Feira – Quinta-Feira Santa, ponto facultativo
18 de Abril – 6ª Feira – Sexta da Paixão
21 de Abril – 2ª Feira – Tiradentes
23 de Abril – 4ª Feira – São Jorge

Viva o Caqui ! Viva os dias enforcados! Viva o “Far Niente”
Far Niente (Bom Tempo)
Aria di festa intorno a me
Aria di gioia intorno a me
Che voglia di far niente
Ogni domenica è così
E la domenica si sa
Vuol dire non far niente
Sei giorni sei di lavoro
Ehi ci do dentro lo giuro
Perché mi devo sposar
Ma finalmente è finita
Io preferisco la vita
Che questo giorno mi da

Sbadigliando
Mi alzo mi vesto
Non devo non devo far presto
Mi metto il vestito più bello che ho
Che ho
Soddisfatto del mondo cammino
Felice di averti vicino
Vestita come una regina per me
Pomeriggio di calcio di calcio
Che bella che bella partita
Scommetto che oggi facciamo tre gol
Tre gol
E sta sera potremo ballare
Ballare cantare sperare
Sperare che non venga più lunedì

Aria di festa intorno a me
Aria di gioia intorno a me
Che voglia di far niente
Ogni domenica è così
E la domenica si sa
Vuol dire non far niente
Lascio in un angolo l'uomo
Preoccupato confuso
Avvilito malato che dorme in me
E col vestito nuovo
Con un viso nuovo
Mi presento a te

Sbadigliando
Mi alzo mi vesto
Non devo non devo far presto
Mi metto il vestito più bello che ho
Che ho
Soddisfatto del mondo cammino
Felice di averti vicino
Vestita come una regina per me
Pomeriggio di calcio di calcio
Che bella che bella partita
Scommetto che oggi facciamo tre gol
Tre gol
E sta sera potremo ballare
Ballare cantare sperare
Sperare che non venga più lunedì
Fazer Nada
Ar festivo ao meu redor
Ar de alegria ao meu redor
Que vontade de fazer nada
Todo domingo é assim
E no domingo sabe-se
Significa não fazer nada
Seis dias seis de trabalho
Eu estou dentro, juro
Por que eu preciso casar
Mas finalmente acabou
Eu prefiro a vida
Que este dia me dá

Bocejando
Levanto, me visto
Não devo não devo ter pressa
Coloco a roupa mais bela que tenho
Que tenho
Satisfeito com o mundo caminho
Feliz em ter você perto
Vestida como uma rainha para mim
Tarde de futebol de futebol
Que jogo bonito
Aposto que hoje faremos três gols
três gols
E esta noite podemos dançar
Dançar cantar esperar
Esperar que não venha mais a segunda-feira

Ar festivo ao meu redor
Ar de alegria ao meu redor
Que vontade de fazer nada
Todo domingo é assim
E no domingo sabe-se
Significa não fazer nada
Deixo de canto o homem
Preocupado, confuso
Aflito, doente que dorme em mim
E com a roupa nova
Com uma cara nova
Eu me apresento a você.

Bocejando
Levanto, me visto
Não devo não devo ter pressa
Coloco a roupa mais bela que tenho
Que tenho
Satisfeito com o mundo caminho
Feliz em ter você perto
Vestida como uma rainha para mim
Tarde de futebol de futebol
Que jogo bonito
Aposto que hoje faremos três gols
três gols
E esta noite podemos dançar
Dançar cantar esperar
Esperar que não venha mais a segunda-feira



Viva o Caqui! Aliás trabalhar prá que ???? Somos já do 1º mundo! E que venha as Olimpíadas!



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Olha o carnaval chegando !!!!




Coisas de Recife...


Marchinha de Carnaval

 Ô esse ano eu vou sair é de diabo, é de diabo , é de diabo...


 Do diabo eu já tenho o chifre meu amor, já tenho o chifre meu amor, já tenho o chifre...


 Prá fantasia agora só me falta o rabo, me falta o rabo, meu bem, me falta o rabo...


  Ô meu amor agora me dá o rabo, meu bem, me dá o rabo meu bem, me dá o rabo !!!!





quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Os perigos do Nordeste!!!!

 Amigos

 Ir ao Recife é um eterno perigo! Vejam quem encontrei em Porto de Galinhas... Fui forte e valente, um verdadeiro CABRA MACHO e dominei a arma do cidadão! Ficamos amigos...

 Ô terra boa... E perigosa!


http://www.youtube.com/watch?v=E6dddYe_OE8

Será arte ?????

http://letras.mus.br/fagner/45957/

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Solidão embarcada

Solidão embarcada

 Solidão embarcada é aquela que
 Só há mar, não há vento, nem gaivota
  Uma só pergunta no ar...


Solidão embarcada é aquela que
Só e só você respira
 Uma só pergunta no ar...


Solidão embarcada é aquela que
Só e assim só você olha para si mesmo
 Uma só pergunta no ar...


Solidão embarcada é aquela que
Só você descobre o labirinto do teu umbigo
 Uma só pergunta no ar...


Solidão embarcada é aquela que
Só há
 Uma só pergunta no ar...


 O que vim fazer aqui na terra?


A vantagem de ser Pernambucano





 A vantagem de ser Pernambucano

 Para começar: não sou Pernambucano! Sou nascido e criado no Rio de Janeiro, com um detalhe marcante por ser filho de Pernambucanos e casado com uma, isto faz a diferença.  Vi os dois lados da medalha, ser um rapaz de Ipanema nos revolucionários anos 70, do píer, da vanguarda; e, no contraponto ver e viver Recife em breves momentos de carnaval. Os primos vinham conhecer o Rio de um primo cabeludo e “metido a besta”, que” se achava”, tirei alguns afogados no mar gelado (eles sempre acham fria a nossa água...), fui ao Cristo pedir por eles, meus primos de Recife. Na verdade fui fisgado pela cultura que a minha amorosa mãe ensinou, como toda imigrante: A porta da casa está sempre aberta para os irmãos do Nordeste, com direito a ficar por quanto tempo quiser e comer bem! Comida nunca faltou, graças a Deus! E bebida também não. Sobravam conversas, mitos e boas mentiras. Encantei-me!

 Ser Pernambucano é ver o mundo aberto às possibilidades, o verdadeiro Recifense é destemido e “arretado”; o mundo é pequeno para a rádio Jornal do Commercio, entendes? De Recife para o mundo! Assim não há limites para voar alto e eles (imigrantes) fizeram com valentia, nesse grupo incluímos Dr. José Solano e Maria do Carmo. Os que lá ficaram optaram por ser felizes na melhor terra do mundo, orgulhosos sempre! Dançando cirandas e no batuque do Maracatu fazer o dever de casa, trabalhar, acreditar na sua superioridade, lendo Joaquim Cardoso, Manuel Bandeira e Carlos Pena Filho, quer mais? Não vou falar para não humilhar os nossos irmãos do Sudeste: somos humildes! Até tomar uma dose de “Red” e, falando muito alto (característica local), contar vantagens! Se a plateia permitir até uns passinhos de frevo arriscamos! Poucos vão entender essa cruel superioridade...


 Hoje estou maduro e tenho a alma nordestina dosada com a “esperteza” do Carioca! Que posso querer mais? Feliz sou, misturado, atrevido, um verdadeiro Robertinho do Recife!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Dois amores


Dois amores

    Sortudo eu! Disse-me em um momento de breve reflexão: tenho uma mulher adorável e ganhei “de brinde” uma sogra fantástica! Como? Uma sogra??? Dirá o desconhecido leitor... Como pode? Eu também não sei explicar, mas loterias acontecem. Sempre disse para mim mesmo “sorte no azar” é o que carrego em minhas preces diárias para São Judas Tadeu (santo forte) e São Bento (meu irmão de colégio), casei: azar! Sogra: sorte! Me dei bem.

    Os amores são esses, falo de mulheres, o que é difícil. O amor feminino é, como diz Gilberto Gil: “O amor é como uma rosa no jardim, a gente cuida, a gente molha, agente deixa o sol bater prá crescer... A rosa do amor tem sempre que crescer!” E eu, jardineiro de primeira, cuido das duas. Existem as ervas daninha sempre invejando e querendo contaminar esse jardim. Eu reajo! Vou capinando e levando, a duras penas, esse trabalho tão digno de cuidar dessas flores sensíveis, e com espinhos! Cuidado. O Chico Buarque, em Nicanor, dizia: “Onde andará Nicanor? Tinha mãos de jardineiro quanto tratava de amor...” Então vou levando, tal qual Nicanor, meus dois amores vida a diante.

   Agora ELA está aniversariando com 80 velinhas (não velhinhas, por favor!) e, triste estava com esse novo adereço de velha. Oitenta anos, quem? Eu? Via seus olhos verdes marejar... Matutei, matutei e descobri (São Bento lá de cima me cutucou) que oitenta em Frances é 4 x 20. Entenderam? Ela entendeu! E passei a chamá-la de “Madame quatre-vingts”! Não é lindo! Ela está novamente sorrindo, a caminho dos seus quatre-vingts- dix neuf, com certeza e a ajuda, neste caso, de São Judas Tadeu, amém.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Beleza simples

 Beleza simples

 Ela nasceu para ser bela, por vocação divina
 Não era para ser mulher, talvez uma flor
 Nem  a flor abraçaria essa missão... Pérola?


 Mas veio em forma humana, nos encantar
 De tanto emanar beleza se fez eterna
 De tanto enfeitiçar virou símbolo


 Simples como um amanhecer violento
 Clara como nuvens perdidas no céu
 Linda como a mais louca imaginação
 De mulher bonita...




Catherine Deneuve