domingo, 30 de outubro de 2011

Quanto tempo


Quanto Tempo
Celso Fonseca


Sombra da mangueira
Esconde o sol
E a folha cai

Quanto tempo faz?
Quanto sonho a mais?
Quanto tempo o tempo traz?


Essa música tem uma letra simples que remete o nosso pensamento ao infinito despreparo humano para lidar com ele: o tempo. A mangueira que esconde o Sol é a vida amparada de amores, família, alegrias e frutos doces... Até que a folha cai... E elas caem, trazendo o sol e seu duro queimar, a nossa fragilidade exposta. Quanto tempo o tempo te trará meu amigo? Quantas folhas ainda tens na Mangueira mãe de tua vida? E teus sonhos ????
Se viver é sonhar qual a razão das folhas caindo, do Sol queimando etapas, da vida escorrendo sem uma lógica paupável, sem regras ?

Quanto tempo faz?
Quanto sonho a mais?
Quanto tempo o tempo traz?


Continuo contando folhas...


http://www.youtube.com/watch?v=r5OouqCHDco


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A matemática da vida


A matemática da vida

Começando do zero. O zero não importa! Ele é nulo, não fede nem cheira! Cuidado... O danado quando se mete no meio dos outros números faz a festa: o 1 vira 10, só andando com o zero. Eu sempre carrego o zero no bolso, ele é a minha solidão, o meu amor próprio (vale zero para os outros) e alguns valores que ficam adormecidos e , quando necessários, afloram vulcânicos! O zero é, literalmente, um grande perigo! Coloque-o por baixo: vira infinito... Qualquer número dividido por zero é o INFINITO, lição básica: nunca despreze pessoas, não jogue oportunidades fora (isso não vale nada...), acredites em Fênix.
Pulando para o número UM. Esse é perigoso, ele começa sendo você próprio, a unidade básica, o EU. Traz o egoísmo, a soberba, orgulho, etc... Cuidado... Ele é a base e se mete em tudo, atrevido e faz você errar por pouco, aquela conta mal feita foi só UM errinho, não é? Quase um nada e o professor não deu UM pontinho extra se quer. Ele é o Rei dos pedintes: “Moço, me dá UM real, pelo amor de Deus”. Meu amigo deu, por anos a fio UM real para o mendigo da porta da igreja “Doutor UM real para eu comprar uma rede”. O coração numeroso de qualidades abria o bolso tentando minorar a dor do pobre coitado que dormia na rua dura e fria... Após 5 anos ele fez as contas: 5 x 4 x 12 = 240 domingos de missa santa! Ou melhor, R$ 240,00, dava prá comprar uma bela rede para dormir. Questionou: “O senhor não comprou a sua rede???? Já tens, pelo menos, R$240,00 só com a minha contribuição!!!!” O infeliz, olhos marejados e sorriso calmo, despejou “ É a REDE GLOBO Doutor...” Realmente UM real pode ser UM nada, dependendo da ótica alheia. Essa é a lição: o UM pode ser tudo na mão do Tio Patinhas e UM nada na mão do pedinte...
Agora vêm o 2. Esse é o número da felicidade! Forma um casal, cria uma família, Adão e Eva e... O pecado! Estava indo tão bem, a solução da matemática da vida, a perfeição. O par despreza o ímpar e caga-na-cabeça dos números primos! Números primos são de lascar mesmo! Alías os primos são ótimos até você colocá-los dentro da tua matemática, ou dentro da tua casa. O primeiro é o número 2 e o segundo é o número 3. Sempre achei que o número 2 fosse “não primo”, ou melhor, divisível por outro número... Já vi casais se separarem com ótimo resultado! Mas o número 3 é o complicado, vejam: Marido + mulher + sogra= puta problema; Marido + mulher + amante= puta chifre; Marido + mulher + vizinho= puta problema no condomínio; Marido + mulher + filho= puta problema financeiro; Marido + mulher + filho + filha + gravidez= FUDEU GERAL !!!! É a matemática da vida colegas, essa não se aprende na escola não!
Bem, parando por aqui, não sou matemático, com os 3 números iniciais já vi que as demais combinações são infinitas, enormes. Uma coisa é certa: para o paulistano não existe nada maior que o número PUTA, que na minha terra tem peito, bunda e dá prá todo mundo! Lá, na terra da garoa, é outra coisa. “Eu tenho uma PUTA mãe!” Vá entender...
SOCORRO Tristão de Ataíde!!!! Na tua matemática o VASCO vai ser campeão brasileiro, ou o Corinthians... Isso é um PUTA problema para meu coração rubro-negro...

Roberto Solano

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ode à Cerveja





Um dia fui à Veneza

Afogar minhas mágoas...


Um dia fui à Roma

Para ver o passado...


Em Paris vi maravilhas

Em Bruxelas chocolates

Na Praga meus sonhos...


Em Berlim senti medo
Calor em Sevilha
Natureza, Bariloche...

Em todos os lugares encontrei
Aquela eterna companheira
A loira e divina Cerveja!

Saúde!!!!


Amigos

Mais textos...Lá no Recanto das letras:

http://www.recantodasletras.com.br/

Procurem por Roberto Solano


"
Eu sempre respirei arte. Na minha casa a música imperava nas “victrolas” da época, Noel Rosa, Pixinguinha, Chico Buarque, Dorival Caymmi, e tantos outros... Meu Pai um leitor assíduo. Cursei o Colégio de São Bento e lá fui lançado ao mundo das letras. Hoje escrevo pensamentos e estórias curiosas, sendo engenheiro por profissão faço meu descanso semanal na escrita. O livro tenta passar um pouco das experiências engraçadas que vivi, algumas poesias e pensamentos. A leitura leve e fluída é o meu objetivo. "

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uma propaganda convincente !!!!




Em época de jogos Pan-Americanos !!!!!

Um olhar vale por mil palavras...






Vejam a imponência

Percebam a importância

Olhem para cima!

Eis um líder

Eis um olhar...



Um olhar me basta

Meia palavra me assusta

Um amor acalma...


Uma flor alegra

Um sorriso completa

A felicidade aponta...



Mas um olhar é

Fogo

Lenha

Combustível

De um amor...


Sempre!


E sempre percebam

A importância

A voz do coração...


Olhando com o olho da alma...

sábado, 22 de outubro de 2011

Na calada da noite


Na calada da noite me calo

No calor da manhã aqueço

Tardinha tarda meu coração...


Feito o dia me perco

Na noite me acho

Na calada da noite falo

Pouco...


A madrugada chega fria

O sono traz o esquecimento

Os raios do sol ferem o rosto

Acordo...


Acordo só

Um olho vê

O outro ainda dorme...


Na calada da noite me calo

E o mundo segue mudo e surdo

Eterno...



Roberto Solano

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Como viver o hoje?


Como viver o hoje?

Como viver o hoje se meu pensamento é do amanhã?

Como viver o hoje se meu coração é do passado?

Como viver o hoje se os minutos me escapam?

Como viver o hoje?


O tempo voa?

O tempo corre?

Tem remédio?


A cura está no não perguntar

O nada gerando o nada

A vida sendo consumida, segundo a segundo

Viver...


Viver é não pensar no tempo

Essa variável improvável, fugaz


Sem o tempo há a vida

Na vida há o tempo

Isso, só isso me basta

O som do tempo...


Que pinga, pinga, mas não molha...

E se molha é lágrima

É lembrança... Já passou.


Como viver o tudo se aprendi o nada?

E viver o nada colhendo o tudo?


Saudades do tempo parado,

Saudades do relógio quebrado da minha vó.

Aonde o tudo e o nada se encontravam

Parados

Na parede

Branca e nua

Imóvel, como o tempo que eu amava...


Roberto Solano

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O lado B


O lado B

Saudades... No meu tempo existiam as “Victrolas” ou " Toca-discos”, a marca Garrad (sonho de consumo) era a melhor, e vinham as agulhas, as caixas de som, tudo grande, complicado, mas delicioso som. Quem nunca varou a noite chorando suas mágoas ao lado de sua Radiola, curtindo uma dor de corno? E as festinhas adolescentes nas garagens? Som alto e luz estrobocópica ??? Era o bicho!
Saudades... Sou do tempo em que tudo dependia de um manual de instrução ou de um “amigo esperto”, era bom tentar entender os eletrônicos, sofrido também... Importados com o manual em inglês, complicava... Eu não sabia a língua dos “Rolling Stones” e ficava no " I can get no...” Montava os monstrinhos elétricos na tentativa, acabava dando certo ou errado, MAS sempre vinha um amigo e resolvia o imbróglio de fios e buracos, um final feliz.
Saudades... A vida tinha seu lado A (previsível) e o lado B (alternativo) fui educado pelos discos, LPs, Compact disc. Aprendi a dualidade do mundo e fiquei esperto. Que chato hoje um Pen-drive com 600 músicas... Horrível tudo fácil, pequeno, auto-explicativo, ali na minha ignorância tecnológica, sem o outro lado. Adorava comprar um disco e terminar o lado A achando uma bosta e ao virar o lado B que era uma maravilha, salvava o bolso e limpava a alma. Tudo tinha um lado B, minha namorada era chata, mas a prima era um sonho. Não deu Sol e a opção do vôlei na chuva existia. Tinha os Beatles e também os Rolling Stones, sacou? Lado B, opção e solução. No sexo então...
Hoje é só saudade do lado B, meu filho vai ter saudades do iphone... Fazer o quê?


Roberto Solano

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Zé porrada

Zé Porrada

A vida é uma luta diária. Levamos várias surras e aprendendo o jogo vamos em frente. O personagem do dia é o “Zé porrada”, campeão dos campeões, imbatível! No UFC da vida...
Vamos definir os concorrentes principais:

- Pierre três fort.- “Monsieur l’argent” – Francês ou Belga (ele se diz Francês, mas os inimigos afirmar ser belga e nada nobre...), mal educado por natureza, não respeita idade ou família, troca de patrocinador sempre, nada fiel. Esse lutador é alto, ariano, rápido e enganador: diz ser teu amigo e na hora “h” foge, um ilusionista. Na vida terás ele do teu lado: desconfie! M. l’argent é puro interesse, vai te conquistar. Tem muito admiradores e dizem que a vida com ele é mais fácil... Pode ser.

- Bob Love story- “Kiss me baby “- Americano do Texas, conquistador. Adora a turma adolescente, dá aulas de judô quando não está no Octógono se exibindo. A garotada aprende a cair e levantar (alguns nunca passam dessa aula básica), usar a força do adversário a seu favor e aplicar o Ipon (golpe máximo), também conhecido como a “flecha do cupido”. Tem adoradores pelo mundo á fora, e uma coisa é certa, todos nós já levamos um golpe do “Bob Love” e fomos á lona...

- Zé Porrada- Esse é multi-estilo, sabe um pouco de cada técnica, e ganha todas, é o nosso campeão invicto, Anderson Silva treinou com ele. Ele é muito rápido e quando você o percebe já te derrubou e passou a guarda, e tome porrada, uma, duas, cotovelada, na cara, não há como reagir, falta o ar, desespero...

Meus amigos. Hoje estou com Zé porrada atrás de mim. A vida é um tripé simples: saúde, amor e dinheiro. Cada qual no seu devido lugar, com suas técnicas, golpes e truques. Conheça melhor os lutadores acima, pois vais levar bordoada deles, mais cedo ou mais tarde. E reze, reze muito, para que essa porrada seja “ortopédica” (um amigo dava em seus filhos que estão muito bem criados!) e você fique mais forte a cada dia.
Espere aí, vou parar por aqui pois o Zé porrada está me chamando, esse filho da puta!!!!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A cara da felicidade...





A felicidade está em pequenas coisas

Momentos, talvez dias...

Vamos resgatá-la ?

Sorrir ?

E, quem sabe, tomar um sorvete juntos...

Façam as combinações


Um amigo, ao ler esse poema, observou:

" Parabéns, Solano!
Já leu de baixo para cima ou intercalando aleatoriamente os versos das diferentes estrofes?
Traz significados diferentes, mas totalmente conectados...muito legal!
Abraço!
Murilo "

Aqui é o original:

Um caso

Estou tendo um caso

Um caso com você...

Não é por acaso

Não sei se caso

Fica para o acaso...



Estou vivendo com você

Sofrendo com você

Amando você

Você

Só você...




Agora ficando só

Um caso com a solidão

Casando com o vazio

Sem caso

Por acaso

No meu ocaso...



Façam as combinações !!!! A ordem dos fatores não alteram o produto !!! kkkkkkk !!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quem sofre mais ?


Quem sofre mais?

Sempre me perguntei ao ver a vida dura dos humanos, a fome, a pobreza, os enfermos, etc... Quem sofre mais? Aonde se esconde a dor maior? Não sei e nunca saberemos... Talvez o Jesus Cristo em seu abandono na cruz, procurando o todo poderoso Pai, no suplício final, na solidão do nada.
Vamos sair desse mundo e migrar em pensamentos para os viventes que respiram, comem, brincam, gozando de boa saúde. Quem sofre mais? A amada abandonada? O corno calado? O viciado em jogo, perdendo tudo? O vascaíno doente com a vitória do Flamengo? O viado abandonado pelo amante em plena parada gay? É está difícil escolher...
Simplificando o jogo de idéias: Quem ama sofre? Sim! Quem é invejoso também sofre? Sim, claro, não se pode ter tudo! O velho? Com certeza, nas suas limitações... A criança? Óbvio, no desejo do tudo querer e no teste limitador da vida...
Caindo mais ainda na filosofia de botequim: O enganado! Sim, o traído pela mulher, pelo sócio ladrão e filho da puta, pela cabrocha que safadamente trocou de macho, pelo colega da repartição (amigo falso...), pela vida que queria ter e nunca conseguiu, sonhos apagados e lavados com muitas lágrimas e cervejas. Enfim, o bar é o celeiro dos sofridos, é lá que fui investigar. Troquei idéias com sábios parceiros da escola prática da vida até chegar no Paulão. O Paulo, sujeito calmo, pensador e de poucas palavras, gostava de ouvir, um sábio. Bebia muito e tinha candura no olhar, sempre intervinha como um Papa, quase benzendo a galera que fazia silêncio para ouvi-lo. Realmente esse era o homem que eu procurava! Dele sairia a verdade pura e límpida da fonte da sabedoria popular, corri para o bar.
Seu Manuel, solta uma gelada aí! Dois copos, por favor! E fui incomodar o meu guru, lá na mesa cativa, coçando a sua barba e lendo jornal. O homem era um devorador de livros, dizem que sua alma esquerdista o fez estudar russo e que dominava tudo, de Lênin á Marx, uma sumidade! Eu, avesso á política, pagava minha conta e pulava fora quando a “galera” tecia comentários sobre a Dilma, Lula e Sarney... Tô fora!
Cheguei lá, puxando a cadeira velha de madeira sobre piso de cimento batido e pintado de vermelho, botequim de primeira tem piso pintado. O barulho acordou o nosso herói:
- Fala Paulão, quanto tempo!
- Senta meu irmão...
A cerva chegou suada de fria no ponto.
- Toma essa comigo?
- Só essa?
O Paulão gostava de beber e tomar uma só era como casamento sem padre, um nada.
- Não, tenho a tarde livre, vamos em frente, hoje corre por minha conta!
- Quanta bondade é essa, camarada?
Ele desconfiou...
- È uma pergunta filosófica, meu amigo, conto com sua sapiência para me ajudar...
Teci todo o emaranhado que escrevi acima sobre o tema “quem sofre mais”. Ele calmamente ouviu, calado e sorvendo seu precioso líquido louro. Era inteligente para deixar o pagante (eu) sofrer um pouco mais e pagar um tanto mais; era a regra do jogo, pobre em botequim vende conversa e recebe bebida, jogo é jogo e a regra tem que ser seguida, ética acima de tudo!
Lá pela hora da Ave Maria já tínhamos rezado um terço de uma grade de cerveja (24 / 3 = 8 + uma para o santo!), também o santo deve beber um pouco para nos proteger e alimentar a nossa alma (palavras do Paulão, que é devoto de Santo Onofre). E nada da resposta...
- Pô, Paulão, já estou meio doidão e mais confuso ainda...
- Porque, meu camarada? Essa pergunta é de resposta rápida e curta, tem compromisso com a patroa?
Ele sabia que eu era bem casado e, no fundo, ele admirava meu amor pela Claudinha, olhava com um olho de peixe morto as belas coxas da patroa...
Detestava aquela laminha de espuma que ficava nevando o seu bigode e que ele fazia questão de raspar com a língua seca, iguana, ao olhar para meu patrimônio. Raiva mesmo! O danado estalava a língua quando via uma bela fêmea adentrar o bar, ou passando na porta, dizia “Já fui bom nisso, já fui bom nisso”.
Voltando.
- Paulão, verdade mesmo, o que é o sofrer? Qual a personalidade humana que mais vai sofrer?
- Amigo, o perfeccionista!
Manuel, mais uma, por favor!
- O que? Perfeccionista? Não pesquei...
- Amigo, o mundo é imperfeito, certo? Como você pode querer consertá-lo? Vais sofrer o resto da vida e morrer infeliz.
Caiu a ficha! Esse é O Paulão, meu guru espiritual, figura ímpar, homem de bar e cultura, fodam-se os livros, os teóricos!
Vi ali, na minha frente, meu professor de matemática que tirou ponto do gênio da turma (erro de caligrafia), pois o sujeito tinha gabaritado a prova: “Dez só dou prá mim mesmo, aluno meu não tira dez”: infeliz... Outro amigo que não viajava para o exterior porque não falava a outra língua, e Portunhol, não arranhas? Nunca! Sou monoglota... Outro que tem uma “tabuleta” de compromissos até 2020, tudo anotado, viagens, exames médicos, pedicura, etc... É o tal de “TOC”??? Será???? Minha mulher que quer tudo arrumado, casa limpa, horror a poeira, chatice... Sofredores.
E você aí? Topas ir prá praia em dia de chuva? Come um prato frio, com muita pimenta prá esquentar, dando risada, pois o microondas quebrou? Riu daquele pum que, desaforado, saltou do teu rabo desavisado que estava no elevador? Lembras da cara de horror da velha? Que situação...
Salve Paulão, viva a imperfeição! Seja feliz, rindo do erro e agradecendo o acaso do acerto!
Salta a saideira aí seu Manuel...

domingo, 2 de outubro de 2011

Um caso

Um caso

Estou tendo um caso

Um caso com você...

Não é por acaso

Não sei se caso

Fica para o acaso...



Estou vivendo com você

Sofrendo com você

Amando você

Você

Só você...




Agora ficando só

Um caso com a solidão

Casando com o vazio

Sem caso

Por acaso

No meu ocaso...