domingo, 31 de maio de 2015

E a vaca não foi pro brejo



E a vaca não foi pro brejo

Leio no jornal: “Economia brasileira encolhe 0,2% e a previsão de retomada só em 2017”.  Vamos ver os números abaixo, desempenho do 1º trimestre em relação ao 4º trimestre de 2014: E a vaca não foi pro brejo

- Agropecuária...................................... + 4,7 %
- Indústria............................................ -0,3 %
- Serviços............................................ -0,7 %
- investimentos..................................  - 1,3 %
- Consumo das famílias....................  -1,5 %
- Consumo do governo....................  - 1,3 %


 E agora? O ano de 2014 já foi ruim e estamos ladeira abaixo. Só para entender melhor: o setor de serviços responde por 70 % do PIB! Para Armando Castelar (FGV) a economia vai piorar no 2º semestre, “O consumo doméstico vai continuar caindo e o mercado de trabalho só começou a piorar...”. Vamos ter que sobreviver com tudo isso e uma inflação correndo em paralelo, roendo as economias, matando por asfixia. Vocês estão preparados para as “vacas magras?”, ficar mais comedido ou mais pobre? Sem esperança? Sem um futuro otimista? Você é jovem e batalhador, trabalha e estuda, inteligente, bom filho, bom menino (a), tudo certo para fazer sucesso na vida, só errou de país... Aqui a vaca não foi para o brejo, está muito bem obrigado lá no interior pastando e engordando, é uma saída! Que tal se mudar para o mundo do “agronegócio?”, plantar e colher pode ser melhor que viver nos grandes e sufocados centros urbanos. O problema é a falta de mercado de trabalho nas grandes cidades, a falta de infraestrutura, de tempo, de vida. Pense grande! Adaptar a vida é melhor que vê-la ser desqualificada. Vamos para o interior? Quem vive por lá deve estar sorrindo...

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Foi um rio que passou em minha vida...



Foi um rio que passou em minha vida...

“Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar”, ai Paulinho da Viola, ai que saudades do Rio de Janeiro que vivi e não vejo mais. O samba, o esporte, a praia, a mistura deles todos: alegria. Rio de Janeiro é o carimbo no passaporte da alegria, era... Agora vivemos em uma cidade sem identidade, sendo esburacada e modificada, querendo ser moderna com seus atributos femininos, suas curvas, sua beleza quase infinita; pergunto: será que essa bela mulher vai se adaptar a essa cirurgia plástica? Vamos poder desfrutar dos seus encantos escondidos e ir e vir pelo seu corpo na calada da noite? Não creio. O Rio de Janeiro é um caso perdido! Estamos no caminho errado, compramos a receita americana de colocar carros nas ruas e fingir segurança, fechar os vidros blindados e morar nos condomínios fechados, em que poucos podem. Fica lá o morro como referência da cultura popular e das pessoas humildes, só no samba lembramos dele, no carnaval vamos aplaudir seus nobres moradores. E a periferia? São horas perdidas em latas de sardinhas móveis, que lentamente carregam a mão de obra trabalhadora que sonha com um carro e acorda em um metrô lotado, sem vida feliz. Vamos reciclar nossa visão da cidade? Vamos andar mais a pé e de bicicleta? Curtir a natureza e relaxar com a vista encantadora da lagoa Rodrigo de Freitas? Que tal o aterro do Flamengo? A nova ciclovia que vai percorrer o costão da av. Niemayer... Seremos uma nova Amsterdam com muito mais charme! Não! Infelizmente não!

 E agora? Cadê o Rio de Janeiro? Vai ficar pronto para as Olimpíadas? Vai ser um orgulho nacional? Exemplo de eficiência e segurança pública? Hospitais funcionando bem, tudo pronto para receber os esfaqueados, baleados e espancados. Tudo maravilhosamente resolvido!


 Viva! Sejamos otimistas e felizes, o Rio de Janeiro não acabou, só não será o mesmo! O que nos resta é ouvir uma boa música do Tom Jobim e lembrar do tempo em que se podia contar piada no botequim da esquina, fazer uma fezinha no jogo do bicho e torcer no maracanã sem temer o próximo. Ser feliz por morar na cidade maravilhosa, eu era tão feliz e não sabia...

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Músicas na cabeça

Estava à toa na vida com Gonzaguinha
Esperando a banda passar ao lado de Chico
Comendo da farinha do desprezo, eu e Macalé
Com a laranja madura de Ataulfo Alves

 Depois comecei a trabalhar tijolo com tijolo
 Naquelas casas simples com cadeiras na varanda
 Enfeitadas com a rosa mais linda que houver
 Para a noite do meu bem...

 Hoje respeito ao menos os meus cabelos brancos
 Sem querer saber se dois e dois são cinco
 Vestindo minha roupa de general
 Vou entrar naquele velho navio




 Compadre Manuel Bento só faltava tu...