Amoo
O esquema dos dias
atuais é simplificar, nada de escrever muito, perder tempo com “frescuras” de
mandar cartas (coisa antiga...) ou recados amorosos. No meu tempo tinha o
torpedo! Esse cidadão oriundo dos mares em guerra era aplicado, via garçom, da
sua mesa para a mesa de sua futura conquista. Eu confesso que nunca dei muita
sorte com a tal arma do amor e, infalivelmente, recebia o tal objeto bélico na
minha mesa, lançado por um canhão-mulher... Nunca dei sorte...
Os tempos mudaram, o
amor é um mero acaso e o sexo é o prato do dia. Simples de mais, a cantada é
direta, via redes sociais e outras manobras virtuais, não se gasta muito para
abater a presa, é fácil, fácil. Isso é bom e broxante por outro lado: o fruto
proibido é mais saboroso... Até o xuxu da visinha cai bem no prato. Como estou “fora
do mercado” não posso opinar. Os tempos são de gostar das coisas e das
pessoas... Amoo, adorooo, etc... Descobri este vogal-artificil
nas redes sociais ( estou modernoo ): você dobra a vogal “ o “
e pode agradar em cheio! Nada de firulas, elogios, etc... Tempo é dinheiro e
dinheiro serve para comprar Iphone e outros recursos para ficar plugado na
internet, tensão total, não há tempo para dirigir ou andar sem ficar
hipnotizado pela telinha... Plimm é um whattsapp (chato prá caralho!!! )...
Triiimmm é o celular... Plooong é aviso de mensagem (conta vencida ou a mulher
detonando o cartão de crédito)... Não há vida sem a porra do celular: detestooooo.
Então ficamos assim:
nada de escrever, falar, etc... Envie sua foto (selfie de preferência) com o AMOOO
e junte os sinais de beijinhos, ok, bonequinho rindo e outras babaquices
infantis, afinal o nosso papai é o papai GOOGLE (com dois os), entendeu?
AMOOOOOOOOOOO!
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