Meu pai , um futurista, me disse " Meu filho, no futuro teremos o homem, a máquina e o cachorro: o homem alimenta o cão e o cão morde o homem se ele se aproximar da máquina " . Um gênio! Hoje temos o desafio de entender o animal que habita a cabeça do homem. Complexa missão!
domingo, 29 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
Um tema difícil
Um tema difícil
A Martha Medeiros na
sua crônica “Elogia à memória” tece sua impressão sobre a morte e suas formas: “Se
temos que morrer um dia que seja abraçado às nossas recordações”, é muito poético...
O médico Richard Smith disse que o câncer é a melhor forma de morrer. Será? Ele
tem sua visão com 62 anos de idade, e as crianças doutor? Os que não têm recursos?
Não vejo dessa forma “romântica”, vejam um trecho da entrevista aqui:
Enfim, o que ele
coloca tem um sentido de quem viveu muito e viveu bem. O problema está no aviso
prévio! Você prefere receber uma sentença de morte para daqui a um ano ou enfartar
de vez, morte rápida, sem aviso e, de preferência dormindo daqui a um ano? A
fabulosa Martha diz que gostaria de “contabilizar” erros e acertos, amores e
decepções, etc... Será? Vem à pergunta na minha cabeça: além da porta da vida
haverá recordações? Carregaremos bagagens dessa vida? Teremos força para
entendê-las? Faz sentido isso? Acho muito complexo e até absurdo generalizar
assunto tão facetado.
E a demência, o que será?
Creio que até certo ponto há um auto-entendimento dolorido do processo, tal
qual a administração de um tumor; mas depois a família sofre muito com o
acompanhamento da doença, muito triste para quem fica.
Resumo, o que falta é
uma medicina de pós e contras a favor do adiamento da morte, que possa dar
conforto e até abreviar sofrimentos, sem romantismo e sim com muita certeza de
que fez o certo e o melhor contra a dor, isso sim bastaria.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Só resta eu
Quando se está só, só resta o eu
Nem o tu nem o vós nem o eles
Não se conjuga verbo, só solidão
A dura verdade de ser só, no resta eu
Resta eu no que
sobrou da vida
No momento mais exato
da morte
Ou no segundo
maravilhoso do ar
Em teu pulmão, vasta
imensidão, do respirar
Vou ter uma vida simples, sem meu eu, no resta eu
Vendo o mundo passar em nuvens, sol e solidão
O resta eu é uma atividade de ser só e aceitar
O só do resta eu, e o eu de ser só, isso dói...
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