segunda-feira, 20 de julho de 2015

Notícias do Formigueiro



Notícias do formigueiro


 Vendo a terra de longe podemos comparar a nossa civilização a um grande formigueiro, cada país com suas formigas, seus trabalhos em conjunto para terem segurança e estabilidade. No formigueiro Brasil a coisa está desarrumada, o professor José Eustáquio Diniz Alves do ENCE no IBGE diz que “demos as costas ao bônus”. O que é bônus demográfico? Simples assim: mais formigas trabalhando que formigas cansadas. Hoje o Brasil tem 81 % de pessoas em idade de trabalhar, só que 70% deveriam estar ocupado para gerar renda para todas as formigas; no entanto só a metade está trabalhando (40 %) para sustentar 100 % das formiguinhas. Entenderam como é simples? Acontece que as formigas procriam e envelhecem e, em um determinado momento, teremos tantas crianças e mais tantos velhos para alimentar com poucos “guerreiros” trabalhando. Diz ele que há, ainda, uma solução: “elevar a taxa de crescimento para 4 ou 5 % ao ano. Também é indispensável incentivar mais pessoas a entrar no mercado de trabalho, sobretudo mulheres”. Bacana isso! Agora me diga, prezado leitor, quem vai convencer a massa que vive do auxílio alimentação do governo para trabalhar? Quem será o nosso herói? O “ Super-formiga “ que mudará a cabeça das pessoas e o destino político do país das roubalheiras e do dinheiro dito “ fácil “, quem?

 Termina o professor dando um tiro de misericórdia: “O Brasil está virando as costas para a sua derradeira brecha demográfica e, em consequência, está entrando em um caminho sem volta. Ficará velho antes de ficar rico.


 Triste assim...

sábado, 18 de julho de 2015

No dia em que fui mais feliz



                 No dia em que fui mais feliz

 Havia uma praia e um mar deslumbrante
 O vento corria leve acariciando minha face
 O sol ainda presente lutava bravamente no horizonte
 Era verão no meu coração...

Uma sensação se fez presente, de leveza, de quase pureza
Uma vontade de ser jovem, correr e gritar de felicidade
A felicidade sem razão, de estar vivo, tolo e simples, acolheu-me
Aquela emoção turvou meus olhos e confundiu minha razão

Naquele dia descobri que toda felicidade é rápida, solta e desgarrada
Entendi que a vida é breve e curta para ela, uma gazela livre
Tão grande essa alegria que se ficar me mata, saudades ficam
Ao partir deixa recado, sentido, nesse por de sol eternamente divino

terça-feira, 14 de julho de 2015

Aquele povo que dança na praia

Aquele povo que dança na praia

 Hoje li no jornal o texto do Sr. Luiz Roberto Londres que fala da “dívida” do ocidente para com a Grécia, diz lá:

- Foi na Grécia que nasceu a filosofia como amizade à sabedoria;

- Lá nasceu a filantropia, ou o amor ao ser humano, o que gerou o conceito de bem social;

- A democracia vem de lá! Nas praças havia as “ágoras” como um parlamento local onde se reuniam os “ polites” e os cidadões que se interessavam por assuntos de estado. Os “idiotes” eram os outros que não decidiam e chamavam os representantes de “autoridades”;

 Hoje eles estão ainda lá com um PIB de apenas 2% da eurozona, sem dinheiro e sem solução simples, lá no jornal li a opinião de um oftalmologista Nikos Oikonomo: “Quando falamos de um país que não produz nada, até os tomates vem da Bélgica, o que se pode esperar se, a uma dívida de mais de 300 bilhões de euros vai se adicionar outros 86 bilhões?”. Complicado... Na carona do problema virão outros como Portugal, Espanha, Itália... O que fazer?


 Não entendo de economia, entendo que se há rico há pobre, o dinheiro não perdoa! Eles devem e vivem como devedores, os que emprestaram já devem ter recebido juros e não são crianças para perder acreditando em “milagres”. Fica a pergunta: se um quebra os outros vão quebrar também? A Europa não cresce e tem uma locomotiva a todo vapor (Alemanha) reclamando dos vagões pesados. Os EUA estão nadando de costas em mar tranquilo e o dólar sobe, sem dançar na praia, e sem muita festa voltaram a mandar no mundo. Na minha terra já dancei ciranda na praia, hoje tenho muito medo de dançar em praias, isso pode ser muito perigoso!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A idade do sapato



A idade do sapato

 A maior sacanagem que inventaram é a tal “melhor idade”, ora, melhor? Você fica velho e alguém diz que está na melhor idade... Pra morrer? Isso é a maior sacanagem que inventaram. No gancho do pensamento, qual a melhor idade? Os poetas dirão a infância, os tarados a adolescência, os trabalhadores os 30 anos e as mulheres os 22. Cada caso é um caso! Depende de como você viveu cada fase da vida, teus amigos, família e problemas. Eu posso afirmar que, independente dos fatores externos, a criatura humana vive melhor na idade do sapato. Sapato? O que será isso?

 Simples, o pé menor deve ter 34 ou talvez menos e o maior 48 bico largo, certo? Pense aí com teus botões, não é bom ter energia e um pouco de sapiência? A média estará neste conjunto finito de números mágicos! Para as mulheres é melhor ainda! Elas estão completas aos 30 e poucos, e vão reproduzir na idade do sapato, estarão felizes, escolherão seu macho e vão produzir mais. Depois, caro amigo, vem os 50 e os 60, que são meras lembranças do sapato. Os 70 e 80 vão te colocar os pés frios no chão, sem possibilidades de ser feliz (no sentido produtivo da palavra), sem muita expectativa. A vida é ter o pé no chão e a certeza das poucas coisas que você aprendeu e ( ou ) acredita. Só no sapato velho o pé fica feliz, e nele vais ter a idade melhor, andando firme e completamente realizado.


 Quanto você calça?

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O poder dos baixinhos




O poder dos baixinhos

 Sempre admirei os baixinhos por serem um “ser” vencedor. Baixinho sofre já na escola e leva umas porradas “corretivas”, o que faz o cidadão “crescer” com uma mentalidade de campeão! Conheço vários que são vitoriosos na vida, pois aprenderam com a adversidade, brigando para sobreviver. Ser baixinho e feio é uma grande promessa de sucesso na vida! Mas, isso é pra outro dia. Hoje o foco é de como me safei graças a uma dessas maravilhosas criaturas pequenas.

 Eu estava de férias curtindo o melhor da vida quando recebo um aviso da companhia aérea: “amanhã haverá greve de taxistas na cidade, façam seu trajeto para o aeroporto por transporte público”. Maravilha de solução! Eu, mais tranquilo que rico contando dinheiro, acreditei que não teria problemas, pois estava “montado” em um carro alugado, percorrendo cidades pequenas de gente calma e tranquila, sul da França, bien sûr! Acordei com a devida antecedência e partir para o aeroporto, as vias livres, delicia de carro e avenida com o mar azul à vista. Feliz da vida... Até, caro leitor, me deparar com a placa indicativa de entrada à direita para “aller” ao aeroporto. Não passava nada! Eu com o carro moderno fiz a minha “baianada” de cortar a fila dos parados até ver que o rolo era grande! Os grevistas fecharam a “rotunda” que dava acesso para meu destino. Apertei o botão do GPS e a portuguesa falou “Entre na entrada!”???? “entre na entrada”???? Ora porra! Vou entrar na saída? “retorne e entre na entrada!” Pensei comigo mesmo” estou fu...” Daí verifiquei que estava entrando em uma “auto-rute “ e iria parar em outra cidade. Dei uma guinada espetacular e apertei o botão da minha parceira portuguesa “siga em frente e entre na rotunda”, segui até parar no meio do bafafá! Você já foi à gafieira? Sabe o que significa “quem está dentro não sai e quem está fora não entra?” Os taxistas mandando todo mundo ir a pé para o aeroporto: era mulher, menino, velho e velha empurrando mala , chien, etc...E o turista aqui parado olhando a galera do” deixa disso”, a polícia, só olhando para o pau não comer! Minha mulher começou a chorar, eu vi que não tinha jeito, voltar e tentar ir de trem para Paris ou simplesmente dormir com os mendigos na Place Macena. Aí vi um baixinho buzinando em um carro velho, o bicho era bravo, cortava um, cortava outro, parecia que estava com uma mulher parindo dentro do citroen. Fui atrás! Macho todo! Eu e o baixinho buzinando, a coisa andava e chegamos na barreira dos grevistas. Tinha um careca à lá Zidane que devia ter 2 metros de altura por outros tantos de largura. O tal “exterminador do futuro” dava esporro e empurrava os carros para o lado como se fossem camisas no armário... O baixinho saiu da viatura e encarou a fera “vous êtes La puta qu’e os pariuô, allez chez casa do caralhô, etc...” Senti firmeza na pequena criatura, meu herói! Davi contra Golias! Disse “mulher, para de chorar e cata o contrato da Hertz que esse baixinho vai entrar e nós vai no vácuo”. Zidane com uma mão levantou o citroen da criatura com a mesma facilidade que vi o povo comendo as baguetes nas ruas cheias de  Paris... Que vontade de pegar o avião... Que saudade das baguetes...

- S’arrete ! Ne mettez pas La mão na voiture!

- Je vais te Tuer !!!! Merde !!!!

 Eu, no meu frances macarrônico entendi que meu plano tinha tudo pra dar certo! E tome de chute no pneu do carrinho velho e o meu herói avançando, acelerou e largou cantando pneu! Eu fui firme atrás do “pole position” até ver a mão do troglodita segurar o meu gógó...

- Où pensez vous aller ???? Où ???

 Senti um aperto no meu “”, uma fisgada na velha hemorroidas e falei fino:

- Monsieur je suis d’accord avec vous , le droit universal de La greve !!!! Je suis amis de LULA du Brézil !!!!

- Brésil ? Lula e Dilmááá ????

- Oui

- Allez, allez, Brézil, Lulá, Dilmá, Cope du monde, tout est FÛ !!!!


 Entendi e larguei cantando pneu atrás do baixinho que já se perdia de vista, já virando a grande curva... Adoro os baixinhos!