sábado, 31 de janeiro de 2015

Eu estou tão cansado...

Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu não acredito mais em você
Com minhas calças vermelhas
Meu casaco de general
Cheio de anéis
Vou descendo por todas as ruas
E vou tomar aquele velho navio
Eu não preciso de muito dinheiro
Graças a Deus
E não me importa, honey
Minha honey baby
Baby, honey baby
Oh, minha honey baby
Baby, honey baby
Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu tô indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Mas eu quero esquecê-la, eu preciso
Oh, minha grande
Ah, minha pequena
Oh, minha grande obsessão
Oh, minha honey baby
Baby, honey baby
Oh, minha honey baby
Honey baby, honey baby, ah
https://www.youtube.com/watch?v=0VkT_qOyYmg

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Dia perfeito


Dia perfeito

 Algumas estórias ficaram em minha memória pelo valor da curiosidade e outras pelo humor embutido. Esse verão no Rio de Janeiro está atípico: seco, muito calor e praias lindíssimas banhadas por águas caribenhas. Isso basta para trazer alegria ao povo que sofre um pouco de tudo que falta, desde o salário até as contas que chegam sem perdão nesta época (IPVA, IPTU, seguro, material escolar, etc..); além disso, temos os escândalos de corrupção com o Nestor Cerveró proibindo a fabricação de máscaras carnavalescas com o rostinho dele (coisinha linda da mamãe!), falta água em Sampa e no Rio vai faltar também, falta vergonha no governo e sobram os aumentos de gasolina e todo o resto que vem atrás, uma beleza de país!

 Então vamos ao que interessa, vamos pra praia! É o que sobrou de bacana na cidade ex-maravilhosa. Tomei coragem e fui bem cedo caminhar na soberba Barra da Tijuca, a praia era um sonho em vida, mar calmo e vazio, uns velhotes caminhando e surfistas na água, umas gostosas passavam com as coxas emprestadas de Ronaldinho gaúcho humilhando as outras mulheres que trotavam na areia frouxa. Dei um mergulho, agradeci por ser abençoado e encontrei um amigo aposentado. Como falam os aposentados! É uma alegria para eles ter com quem dividir suas aventuras, já para quem ainda vai trabalhar uma tristeza... O papo foi demorado e o tempo passando... Tinha que partir... Vamos mergulhar? Foi a dica para quebrar a metralhadora fonética do cidadão, e deu certo! Ao voltar contei a estória de um grande empresário e industrial que não tirava férias, trabalhava até altas horas, homem de frente e decisões nas empresas que comandava. Um dia meu pai precisou falar com a criatura e ligou para a secretária e ela disse que ele não estava trabalhando naquele dia. O velho ficou assustado e perguntou “algum problema de saúde?”, ela respondeu “Não Dr. Solano é que hoje é um dia perfeito”. Ele não entendeu, mas acatou com a dúvida do dia perfeito na cabeça. Belo dia, ao final de uma boa conversa ele perguntou ao nobre amigo o que seria um “dia perfeito”, a resposta veio “Caro Solano, a minha vida é o trabalho e a família, não tenho laser, mas gosto muito da natureza e ela tem dias que se apresenta tão linda, tão linda que não resisto! Eu ligo para a minha secretária e digo “dia perfeito”, então ela desmarca todos os compromissos, até uma visita do Papa ela cancela!”.


 É isso, quem pode pode e quem não pode se sacode. O homem podia ser e era um apaixonado pelo dia perfeito. Com essa estória na cabeça saí da praia sem muita pressa, sem culpa e admirando a alegria do meu amigo aposentado, será que ele não matava trabalho em dias perfeitos??? Tenho que aprender muito mais com os aposentados!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Curvas femininas


Em curvas me perco, em retas entristeço
Sua bela forma não é tangível, nem crível
Eis mulher de projeto único, arquitetura mágica

Não tens explicação física, pouco me importa
Já que, em meu coração, agora aportas !

Só queria entender...


sábado, 24 de janeiro de 2015

Águas calmas





 Que as águas calmas venham aplacar o coração cansado
O sol se faça presente para reger a dança das nuvens brancas
As areias, embebecidas, sejam pisadas com suavidade e carinho
Que a brisa vasculhe arvores e traga passarinhos nesse verão 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Bloco de sujos




O abismo entre o que o governo fala e a realidade faz com que vivamos um mundo de dois polos: os governantes e os governados. Até quando teremos esta fantasia fora do carnaval ? Vamos economizar para eles gastarem, vamos sofrer com falta de água e luz para votar errado ? Somos um eterno " Bloco de sujos ". Soframos !

domingo, 18 de janeiro de 2015

O verão e a velhice




 O verão e a velhice

 Quando jovem o verão é só alegria: férias, passeios e praia. A vida ao ar livre e com pouca roupa é prática e afrodisíaca, muita gente bonita e mostrando os “atributos”. Quando fui para Europa da primeira vez, anos 80, vi muita alemã com seios lindos em blusas transparentes, mas com o sovaco peludo! Hoje não mais, as moças se cuidam, são as vantagens do mundo interligado, a moda é global! Ponto. Já imaginaram a Giselle com as axilas de um pedreiro? Uma situação bem desanimadora... Estamos salvos pela internet! A Europa se veste no verão como as cariocas (tentam...) e no inverno não devem se depilar? Será? O caro leitor das zonas mais frias poderia esclarecer essa dúvida, elas se cuidam no inverno? Ou tens que apagar a luz?

 O velho não suporta o verão por um motivo simples: a máquina não tem refrigeração apropriada, velho não sua ou sua pouco, não tem dinheiro para o ar condicionado e não fica na janela pegando brisa (não aguenta ficar de pé). Sofre, e muito! Tirar a roupa ele tem vergonha e não vai dormir pelado... Que graça tem o verão? Alivia as dores reumáticas? Talvez... Mas as caganeiras são terríveis! Eles não tomam muita água e desidratam, cuidem para que se refresquem, com sorvetes e suquinhos! Morrem de calor! Verdade!


 E aí? Você está curtindo esse verão de 40 graus no Rio de Janeiro? Não ??? Então trate de não dar na vista e não reclamar do calor, se não vão te achar velho! O pior é que eu estou reclamando... Acho que vou tomar um sorvete !!! kkkkkkkkkkkkkkkkk.

http://www.pitacodoblogueiro.com.br/fotos-de-mulheres-peludas/

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Pau de Selfie

       
                                   


Pau de Selfie
 Pau de sebo, pau de dar em doido, pau que nasce torto, etc... Tem pau pra toda obra! Agora o pau de narcisista está na moda o tal de “Pau de Selfie”. Eu imagino o Tom Jobim cantando “É pau é Selfie é foto no caminho...” Coisa linda! E o diálogo da namorada ao celular com o namorado antes de viajar:
- Mô...
- Oi Xuxuca (todo namorado é babaca)
- Fez a mala, Mô ????
- Sim, Xuxuquinha (bota babaca nisso!)
- Tá levando o PAU???
- Pô Mô, sacanagem, to levando o Pau e as camisinhas, com sabor de morango... MÔ...
- Seu babaca (agora ela acertou!).
- ????
- Seu pau já está no pacote porra! Eu gosto mesmo é do “pau de selfie”, sacou ? Como vou tirar foto da minha bunda malhada na praia, com teu pau pequeno????
- PÔ AMÔ, assim tu tá me magoando, meu pau é pequeno mesmo? (bateu a insegurança no cidadão)
- Foi mal, meu “pintinho fofo”.
Obs: O cara é meio gordinho, cheio da grana e a mina é pra lá de gostosa, de revista, entenderam? O amor é lindo e, sobretudo, burro: o cabra aceita ser chamado de “pintinho fofo” , é de lascar !
- Pintinho...
 - Fofinho...
- Paulinho...
- PAULO, responde...
- Pu, pu, pu, pu...
 O telefone desliga e Paulo, já desconfiado do tamanho do seu pau foi no banheiro tirar uma selfie do propriamente dito para comparar em sites de bilau! Ficou grilado, resolveu não viajar com Clarinha, caiu a ficha e ficou com raiva do “pau de Selfie” que tinha comprado para viajar com ela para o caribe. Pensou, vou ficar segurando um pau grande pra ela? Não, estou fora! Ela que procure o Carlão (também chamado de pé de mesa) para viajar, não vou mais ficar agradando loira burra não! Por falar nisso, estou estressado, vou dar uma volta na minha Ferrari, Bruuuuuummmmm !

 E assim acabou o plano de Clarinha enriquecer... Atenção meninas, cuidado com esse negócio de PAU, pode dar um tremendo problema !!!!

Nós não perdoamos




Ao ler a carta dos pais do Alex percebo o amor maior do casal que busca uma explicação e se colocam como culpados por não proteger o filho brutalmente assassinado. Aonde chegamos? Não podemos aceitar calados essa dor, somos uma sociedade sem expressão! Vamos mudar ? Que tal o movimento " Nós não perdoamos " para irmos às ruas como os franceses? Acorda Brasil !

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

sábado, 10 de janeiro de 2015

Zé Arruela



Zé Arruela

 Sempre fui cauteloso na direção. Quando jovem dei umas batidas inaugurais sem maiores gravidades até que meu irmão entrou em um poste na Av. Vieira Souto (muito chique) e se quebrou todo... Até hoje ele diz retirar cacos de vidro do rosto. Passei a ficar velho e mais comportado ainda! Vamos aos fatos:
 Recife, verão e transito confuso. Os pernambucanos são os paulistas do Nordeste: se vestem bem, tomam Uísque escocês e tem carros grandes; podem estar duros em casa, mas jamais na rua! E são ricos nas aparências, as madames com “chauffeur”, os garotões com carros poderosos e as peruas de SUV, ninguém anda de ônibus, só pobre! Andar de taxi é coisa deplorável ou uma emergência a ser devidamente justificada a posteriori! Tradições...

 Lá vou eu, em meu caminho, desviando dos malucos: lá não “rola” esse negócio de “dar seta”, macho é macho e pronto! Entra da esquerda para a direita e vice-versa sem maiores considerações; e você, caro leitor que está na direção, que se vire! Passa na sua frente um carro desvairado e um filme na sua cabeça “não foi dessa vez...” Coisas da terrinha. Em frente ao hospital Português tem um cruzamento em que você tem que fazer um malabarismo de se deparar com os “inimigos” (carros na contramão) de frente! Coisa de louco! Para depois entrar à direita e dobrar para o estacionamento do hospital. Eu fiquei com medo de bater o possante veículo da minha sogra em algum “inimigo”. Parei. E os carros passando na minha frente... Uma forte buzina ouvi na traseira, outra, mais outra...

- Zé Arruela !!!!

 Fui batizado pelo meu adorável cunhado! Era ele, que depois falou: “Tinha uma abestalhado no transito que me fez atrasar... Um Zé arruela! FDP!” Opa! Sou eu, meu cunhadinho. Ele ria e ainda disse “bem que eu desconfiei, você é um roda presa mesmo!” Que situação...

 Outra cena: véspera de Natal e a adorável incumbência de ir comprar tira-gosto e vinhos na Casa dos frios; quem é de lá sabe a delícia que é ver a disciplina, educação e organização das madames e seus motoristas com vários acepipes e perus nas mãos. Não estava dirigindo (graças a Deus) e sim a minha sobrinha afoita e desbocada. Ali ela estacionou na vaga dos deficientes:

- Querida, não pode parar aqui...

- Frescura Tio, vá comprar que eu fico no carro, se aparecer um perneta te aviso e tu voltas mancando, avia sô, avia...

 Sai no calor e a moça ficou ouvindo música brega, no Whatsapp com o noivo. Voltei suado com as mãos ocupadas e o bolso vazio (o povo de lá só gosta do bom e do melhor e eu tenho que comparecer), e o carro foi acelerado em uma marcha ré afoita.

- Cuidado querida, tem um caminhão aí atrás...

- Frescura Tio, tem que “emburacar de vez” se não não vamos sair daqui...

 E tome de buzinadas, meu coração abatido já quase enfartando... Passamos da primeira fase do jogo: a marcha ré! Entramos na 2ª que era voltar prá casa, ela acelerou, cortou para direita e num lance cinematográfico entrou à esquerda na frente de um ônibus. Sabe aquele barulho de freio de lona vencido? Uhhhhhh, ziiiiiiiii, riiiiiiii, fuuuuuu. Fudeu! Pensei eu já enfartando, ela me viu lívido e disse:

- Segura o Cú Tio Beto, segura o cú !!!

 Amigos, eu passei a usar a tática infalível do Piu, piu, piu... Não conhece?

- Piu, piu, piu

- Porra Tio, que merda é essa ???

- Piu, piu, piu

 Eu já piava bem alto, suando frio e rezando... Piu, piu, piu...

- Para tio! Que coisa chata!!!

- Piu, piu, piu...

 Ela parou o carro, com aquela freada que tua cabeça vai prá frente e o rabo prá trás, muito mais emocionante que montanha russa.

- Explica aí o porquê desses PIU !

- Querida sobrinha, tinha uma amigo meu que, ao pegar carona morreu sem dar um PIU !!!!


 Ela ficou com pena e voltei pra casa, todo cagado...

sábado, 3 de janeiro de 2015

Há guerra no verão carioca



 A foto do jornal confirma : as pessoas estão buscando refúgio do calor e sol inclemente. Estamos em guerra ! A cidade cheia de obras, quebra-quebra, interdições, transito infernal. Arrastões, roubos a mão armada, furtos. Loucos nas ruas como baratas nos ralos, o calor ativa nosso metabolismos e enlouquece até santo! O caos só começou, deixa chegarem as poderosas chuvas de verão com alagamentos e barreirascorrendo morro abaixo. Meu Deus, salve os infelizes que moram na cidade maravilhosa, faça o tempo correr mais rápido para chegar o mês das noivas, livre-nos da falta de luz e água, seja generoso e tende piedade de nós...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Naquela mesa

"Naquela mesa esta faltando ele e a saudade dele esta doendo em mim", sou musical e a minha memória esta repleta de musicas. A ausência de meu sogro traz lembranças da pessoa que foi com seus exageros e sua dedicação extrema a esposa e filhos. Sempre convivi poucas horas com ele e, raros momentos de contato direto e solitário: sempre cercado da esposa, filhos, parentes e amigos; a ultima vez que fiquei fazendo a companhia dele (já adoecido) ficamos vendo televisão na sala e ele trocava os canais com muita frequência, entre breves cochilos. Assim fiquei acompanhando uma corrida de MotoCross, que eu não sabia que ele gostava... O tempo passou e, após verificar que adormecia , fui tentar me levantar e trocar o canal da TV para algo menos dinâmico, um musical quem sabe; quando me levantei para dar o “bote” no controle remoto ele acordou e disse "esse cabra da moto vermelha vai ganhar! Baixinho arretado !!! " Desisti e fiquei o resto da tarde acompanhando as motos subindo e descendo barrancas, lama pra todo lado, minha cabeça rodando para não perder a competição! Dia seguinte uma dor no pescoço e a certeza que o velho da história era eu! O melhor foi lembrar que o baixinho da moto vermelha ganhou a corrida, esse "cabra bom” tinha as qualidades do senhor que adormecia na poltrona, que viveu uma vida dura de arquiteto competente com muito altos e baixos, muito sofrimento e lama nas vestes, suor e determinação, amor na vida. Viveu muito e viveu bem, na sua convicção e verdades, desde o exímio carnavalesco ao criador de vacas branca e rubra, no amor pelo clube Náutico Capibaribe. Hoje fica a lembrança do gesto característico ao final das refeições: com os braços cruzados indicava que tinha terminado seu prato de sobremesa (adorava um doce) e feliz da vida caminhava para seu cochilo da tarde, quem sabe para sonhar com uma vida mais fácil ao lado de Zélia e seus filhos na Suíça brasileira, cercado de grama verde, vaquinhas holandesas, um bom vinho com fondue... Espero que esse seja o presente que Deus pai reservou para ti, para o todo sempre, amem.