quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mai






Mai

Ça a commencé en Avril, irresponsablement libre , arrivant, tendre

Le ciel s’est déjà décoloré en bleu pâle, la brise est déjà sèche, tiède ou froide

Le soleil ne brûle plus, féminin ,il se pose doucement sur la fenêtre, oiseau

La chaleur est seulement um mot du passe, on n’y croit plus, elle se recueille, vaincue



J’ouvre ma poitrine dans les matins froids, en espérant atteindre , général

Quoi? Je ne sais pas ... Je ne m'en soucie plus, je suis l’air et  je respire le ciel, juste assez

Je suis lèger, et avec dês ailes, je flotte dans l’improbable, sans poids, j’existe ou non

Je suis ce que je n’ai jamais été! Je fais partie et témoignage d’une force invisible, présente



La plus grande de toute, la glorieuse mère nature, accalmée, automnée

Vient  me bénir, apporter des éclats de rire, couvertures rêves, encore plus de paresse

Il va et vient , toutes  les années vécues, réjouir  ce coeur  divisé entre l'été et l'hiver

Elle a um couteau  aiguisé, coupe,défait  l’avril e fait mai, sans froid, avec soleil


S’il faut, dans la coupure, sculpter, dessiner des couleurs impossibles,  feuilles jaunes

Sois gentille et ne me déeptionne , sans pluie, avec du soleil et peu de vent

Bleu, beaucoup de bleu dans le coeur fatigué, viens m'aimer, sans hâte, sans pudeur

Mai, mon éternelle fiancée, je ne  te possède pas, je veux seulement te regarder avec désir et t’aimer


Toujours

terça-feira, 16 de abril de 2013

Maio












Maio

Começou em Abril, irresponsavelmente solto, chegando, macio
O céu já se descolore em azul pálido, a brisa já é seca, cálida ou fria
O sol já não machuca, sai feminino e pousa suave na janela, passarinho
Calor é só um nome passado, descrentemente se recolhendo, derrotado

Abre o meu peito nas manhãs frias, esperançoso de alcançar, general
O que? Não sei... Não me importa mais, sou o ar e respiro o céu, basta
Estou leve e com asas flutuo no improvável, sem peso existo, ou não
Sou o que nunca fui! Sou parte e testemunha da força invisível, presente

A maior de todas, a gloriosa mãe natureza, acalmada, outonada
Venha me benzer, trazer sorrisos soltos, cobertores e sonhos, mais preguiça
Vai e vem, em anos vividos, alegrar esse coração dividido entre verão e inverno
Tendo faca amolada, corte, desfaça o abril e faça maio, sem frio, com sol

Sejas precisa no talho, esculpa, desenhe cores impossíveis, folhas amarelas
Seja também piedosa e não me faltes, sem chuva, com sol e pouco vento
Azul, muito azul no coração abatido, venha me amar, sem pressa, sem pudor
Maio, minha noiva eterna, não te possuo só te quero olhar, com desejo e amar-te

Sempre!

domingo, 14 de abril de 2013

Desenhando a felicidade





Desenhando a felicidade

 O amor aprendi a desenhar com um coração
A tristeza veio em forma de uma gota de lágrima
E agora? O que fazer para ter minha felicidade no papel?
Borboletas soltas? O sol se abrindo com girassóis acompanhando?
Beijo de mãe vale? Aliança da eterna felicidade? Batom no guardanapo?

Um maracanã lotado de emoções? O rosto da eterna namorada?
Uma mesa de bar, uma festa, uma arvore de Natal?

Nada me vem à cabeça, talvez o mais puro sorriso infantil...
Deixo aqui de lado o papel e o lápis, minha vocação menor
Paro para escrever a minha dificuldade e concluir
A felicidade é tão etérea que se esconde e foge...

Não ficarei triste por não prendê-la, nem no papel
Nunca tentarei mais, não sou louco e ela passarinho solto, voando...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ando, olho e ouço




Ando, olho e ouço

Parado não ando olho e ouço
Andando não paro e ouço
Ouvindo não olho e não ouço
Um pobre

Andando só vejo e não ouço
No chamado da clemência, abstraio
Ouvindo não olho, tenho medo
Da dor

Olhando o olhar do outro me cega
A dor da vida impossível aflora
O coração fica parado, mudo
Eu resisto

Eu ando olho e escuto o clamor
Da rua crua, dos meninos soltos, crueldade
Olho, choro e não me entendo, porque?
Burguês, paralítico, cego e surdo

Acorda!!!!!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Estatística da humilhação




Estatística da humilhação

 Deparo-me no jornal O Globo, pagina 32, de 09-04-2013, com o título “Tamanho é documento” e a chamada” Mulheres consideram homens com pênis maiores mais atraentes”. E aí? O que eu tenho com isso? Nada... E você leitor? Interessou o assunto? Claro que sim! Eu também tenho curiosidade “científica” de saber se estou bem nos números. Diz lá “As mulheres entrevistadas demonstraram uma maior preferência pelos homens mais altos e com maiores pênis”. Pergunto-me: por que elas querem tanto? Que exagero! Os baixinhos bem providos não têm chance? Um jogador de basquete com 2 metros e um pintinho, serve? Não! Tem que ser tudo grande! E a conta bancária???? Exageradas...
 Continuemos que a tabela é mortal!!!!
Congo...................................................... 17,93 cm ( mole)
Equador................................................. 17,77 cm( duro, só pode ser!)
Gana.................................................. 17,31cm( meia bomba)
Brasil..... 16,1 cm! Em 14º lugar! (duríssimo!)
 Não mostram os japoneses... Não entendi a posição privilegiada do Equador! Passou á frente de Gana! Líbano (6º lugar) e, acreditem Bolívia (16,51 cm! Em honroso 8º lugar). Venezuela não fica atrás com seu 5º lugar! E o Brasil...
 Enfim, não estamos tão bem dotados assim, no futebol vamos mal, e no “pinto” não ficamos nem para as oitavas de final! Só resta acreditar que “tamanho não é documento” e curtir que a Argentina nem aparece na lista! Eheheh !!!!
 Estás na média?

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Entre o grito e o estilhaço





Entre o grito e o estilhaço

Roubo do Paulo Vanzollini a ideia
Na ideia que do nada se fez o tudo
No calor de realizar o impossível
De amar mais que pode o coração

Entre o grito e o estilhaço
Cabe outra vida na vida
Sabe dizer na poesia pura
O que nunca se diz, sem espaço

Não há espaço e muito menos tempo
Entre o grito e o estilhaço cabe
O que não cabe em nenhum lugar
Só na alma de quem ama e acredita

Não há razão no querer, sem amar
Não há pecado no amar por querer
Só há a certeza da vida outra, oculta
Entre o grito e o estilhaço

Só cabe você!

E me calo com a boca de feijão


E me calo com a boca de feijão

 Todos os dias temos que sonhar, é regra, é saudável. Todos os dias temos que admitir que somos fracos ou não fortes o bastante para realizar tudo que queremos, constatação. Sonhar e pisar na terra firme, viver com o que temos, e ser feliz! Difícil? Talvez...
 E agora, em que sonhar? Em não sonhar? Essa é a pior das soluções, abandonar o barco, deixar de remar, ficar triste no viver. Tem tanta gente que não sonha, ou não sabe, ou não entendeu o verbo “sonhar” na sua mais pura verdade: ser irreal! Sempre devemos sonhar com o impossível, como o som do mais louco rock da tua juventude, nas alturas; depois vir a baixar o volume devagar, trocando o foco, passando para um James Taylor ou um Cat Steven; e ainda mais se deixar levar por um bolero, corpo mole, sonhando... E acordar na realidade dura da tua escrita, tua vida limitada em ti mesmo, teu teto de vidro (todos temos), comer teu feijão diário.
 A vida se faz de pequenos momentos que geram grandes emoções, sem nunca perdermos o foco das coisas mais simples, no arroz com feijão, no ovo frito, na média com café quente, cerveja gelada, e alegrias tolas. Sempre com a mente aberta em ver o que não vemos nunca: o poste, o passarinho depositado no fio esperançoso, a mulher grávida alisando a barriga, o velho que passa em passos decorados rumo à padaria, o gato no muro e o cachorrinho da porta velha, a dormir e sonhar... Sonhar requer espaço! Na tua cabeça, meu rapaz, na tua alma ingênua. Viver do nada para o tudo, desafios nas mãos guerreiras, calos virão.
 E agora? Vamos dividir? Vamos somar? Qual a melhor matemática para a tua felicidade? Amar é um bom caminho, e desejar o que não tens é bom! Cuidado com teus pés, tua base de tudo pode escorregar nos teus pulos, tuas arrogâncias, tua fome do hoje. Pare e pense. O dever de sonhar é alimentado pelo feijão de cada dia, feito na melhor das panelas, na certa pressão. Apimente teu paladar e crie teu horizonte, viva a graça do cotidiano, seja um pouco peão e um pouco doutor, com Chico e em Chico, Buarque-se!

domingo, 7 de abril de 2013

Edifício vida



Edifício vida

Nas paredes ríspidas do edifício vida encontrei verdades
Muitas, claras ou escuras, todas duras no viver
Sem tantas esperanças subi suas escadas
Com tantas dúvidas fui até seu subsolo ver a escuridão

No edifício vida fui de elevador ao terraço” felicidade”
De lá a vista é longa e a vida fica doce como ventos de verão
Hoje não há mais elevador e a escadaria é longa, pesada
Tenho só um pensamento: para aonde vou me mudar?

Entrei pela porta da frente, sem convite nas mãos
Vou vivendo como um eterno inquilino, mentindo a mim mesmo
Não há mais vagas, sobe tanto o aluguel que me assusta
A transferência virá em forma de pedra e pó, sem carpintaria

Os dias são longos e o aluguel sobe, na minha parca renda
Vivo aqui por falta de opção e, sinceramente, gosto
Ou me acostumei? Sou um bom pagador, em promessas
E agora? As paredes estão cinza, e molhadas de suor

Vou para onde? Outro bairro? Bela vista? Tem jardim?
Sou eu quem procura abrigo, amigo, irmão, vizinho
Têm tantos prédios, tantas vidas, tantas sólidas edificações...
Só quero uma casa no campo, onde eu possa tocar muitos rocks rurais...

É só

Tamô Fu


Tamô Fu

 Não é lutador de Judô e nem mesmo dono de pastelaria, é uma forma “delicada” de dizer que estamos lascasdos mesmo! Vamos aos fatos:

 Hoje, lendo o jornal, deparo-me com linda foto de um mais lindo ainda por de sol, nas páginas policias, com o título “Do amor ao Rio ao inferno da violência”. Já sabia do fato, mas ao ler tenho sensação de desespero e muita vergonha de morar no Rio de Janeiro, e mais ainda de ser brasileiro. Um casal de jovens é barbaramente atacado na noite, dentro de um van, a caminho da alegre e descontraída Lapa. Trajeto: Copacabana-Lapa, dentro do eixo mais turístico da capital mundial dos grandes futuros eventos esportivos. A moça linda e americana, já falando bem o Português; o rapaz francês e muito jovem (22 anos) e o filme de terror começa. São torturados mentalmente, sofrendo violência física e sexual, roubados, humilhados, dentro do sonho de morar no Rio. A garota foi seguidamente estuprada por vários e eles ficaram 6 horas nas mãos do bando... Ela chegou a pedir “não façam isso comigo...” enquanto tiravam sua roupa. O rapaz a tudo assistiu...

 E agora? Aparecem outras vítimas do mesmo golpe. E depois? Quem garante a nossa segurança? Se fosse em Paris? Lá na perto do Sena a caminho da Champs Elysées? O que seria da imagem da mais visitada cidade do mundo? E o Brasil fica como? O Engenhão caindo, a vida seguindo normalmente, a nossa incapacidade de reagir sendo a mesma.

 Acho que seremos uma vergonha exposta ao mundo. Tudo que depende das mãos do governo é falho e com segundas intenções. A nossa seleção de futebol segue o mesmo caminho e sorrimos... A economia então...

 Então Tamô Fu, estou certo?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A melhor idade




A melhor idade ou a maior piada de todos os tempos

 Hoje ouvi no rádio um programa governamental para incentivar o turismo na “melhor idade”. Nada contra os velhinhos passearem e gastarem o suado (ou não) dinheiro de suas economias, sem deixar para os filhos ou nos cofres dos bancos. É isso aí “garotada”, vamos torrar a grana e conhecer o mundo! Maravilha! Agora dizer que a “melhor idade” é depois dos 60 anos, tenha santa paciência, muito mal gosto... Quem aí se acha na melhor idade depois de velho? A idade melhor é a que te traz mais alegrias, certo? O que de bom temos na vida? Eu acho que são os sonhos realizáveis, sexo, comida e bebida! Tudo isso regado com muita saúde e disposição! A inocência também é bacana, aquela ilusão de que o mundo é resolvido por papai e mamãe, os jogos infantis, as brincadeiras sem maiores consequências, nossos heróis e fantasias.
 E você? Qual a tua melhor idade? A das conquistas ou a do desfrute? Queres se aposentar e viver a vida sem preocupações? Tomando conta dos filhos e lambendo os netinhos? E aquela hérnia de disco? O intestino rebelde que te assusta? O medo de ser assaltado e ficar paralisado pensando que nem correr você pode mais, legal isso né? E os amigos que se vão tolhidos pelas doenças, os médicos que tudo proíbem, animado isso! Ora, amigos, a melhor idade é aquela que você trabalha e emenda uma farra com amigos e está novinho no dia seguinte, com poucas horas de sono. Sair com a linda garota e não fazer feio na cama, correr, pular e quando quebrar a perna ficar bom com três meses! Delícia de churrasco, comendo aquela costelinha de porco lambendo os beiços, uma feijoada sendo repetida e nada sentir, traçar um pote de doce de leite sem medo de ser feliz! Isso é bom. Ficar velho é para os fortes e para quem viveu bem, que tenha boa memória e lembrar-se das glórias passadas, e só! O resto é uma boa merda!
 Então, não me fale da melhor idade com essa cara de que"minha Tia viveu 100 anos e deu para o Oscar Niemayer!" Não, não gosto dessa alegria passada e cada dia que chega vamos podando um pouco nossa arvore da vida. Feliz? Todos podem ser. Na melhor idade é que você vai ter que acreditar muito na Dilma, no teu pé de meia para andar com muita gente chata, em navios abarrotados de “atividades” da terceira (ou quarta idade), jogando baralho...
 Eu estou fora!