segunda-feira, 27 de maio de 2013

Barriga negativa




Barriga negativa

 O que tenho visto nas chamadas das revistas é a “barriga negativa”, um sonho de consumo (segundo eles) das mulheres. Eu me pergunto e o resto tem que ser negativo? A bunda serve negativa (no Japão é comum) e o peito? Imaginem as mulheres negativadas, sem peito, sem bunda e com a barriga encostando nas costas. Que absurdo! Essa moda é uma furada meninas! Tenham as contas bancárias positivas e comam o suficiente para “alimentar” seus atributos! Nada como uma barriguinha “aparada”, sim com seus volumes bem distribuídos, moldada em um chopinho comportado, na mulher revolta. Sim a mulher que é positiva terá seus atributos positivos. A cabeça é que faz a felicidade, a mulher “moldada” é só para fazer as academias ganharem dinheiro e vender revistas. Meninas reajam! Fora as barrigas negativas! Vão à luta por uma vida normal e repleta de emoções, sejam felizes com o que Deus te deu e aproveitem. Homem gosta de mulher inteligente (culta demais é perigoso), de bunda, peito e bom humor. Uma barriguinha bem comportada é o suficiente, mirem as fotos da Leila Diniz e vejam que mulher perfeita!

 Meninas reajam! Não ao negativo e sim ao positivo! E parem de olhar para as nossas proeminências, tá?

domingo, 26 de maio de 2013

A liberdade



A liberdade

 Muito se fala dela, pois têm-se a impressão de que ela existe
Todos procuram tê-la de forma pura e quase infantil, no amar
Ela foge de todos com passos largos e de mãos dadas com o outro
Nunca a terás, pois não é de ninguém, é fugaz e mentirosa, ardilosa

Só talvez no ato extremo da morte possamos ser livres do corpo, da dor
Talvez lá no infinito incerto da linha do horizonte a tenhamos nas mãos
Viver é nunca ser livre! Temos que comer, beber e amar: não tê-la nunca
Somos todos dependentes do outro e nunca seremos livres, nesta vida

Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós, venha em sombra aplacar o sol
O sol que queima a alma de quem se acha e pensa ser livre, solto e dono de si
Somos todos amarrados no meio e sem possibilidade de fugir acabamos presos
Presos na dor, no amor e na eterna ilusão da vida, sonhamos ser livres sempre!

Assim padecemos,


Amém.

sábado, 25 de maio de 2013

O homem fruta




 O homem fruta

 Mulher melancia todos sabem, mulher melão dá para encher um caminhão! Tem até mulher filé! As mulheres são assim: versáteis. E os homens? Não “rola” um frutinha não? Homem caju! Esse tem um beijo cravoso. Homem sapoti, não fica bem; morango é desproposital! Cerejinha é totalmente fresco! Homem banana tem muitos, alias todos eles são bananas mesmo e se casam! Jaca mole eu vi alguns, do tipo gordinho e de bom coração: todos gostam e usam da sua bondade. Mas, na verdade, nunca tive uma demonstração clássica de um homem fruta... Até hoje!

 Muito bem, abro o jornal e ele me aparece em um novo filme. A foto não engana, é ele, um grande ator, conquistou o coração das mocinhas da minha geração. Era um pão! Mostrei para minha mulher que confirmou “Ele ainda é lindo, cheio de charme, adoro...” e tome elogios. Lógico que nada tenho contra o cidadão que ainda está batendo um bolão. O filme chama-se “The company you keep”, que no tradutor do papai Google fica “A empresa que você mantenha” será correta? Eu não sou bom no inglês e muito menos vou discutir a tradução que fizeram “Sem proteção”. É o filme em questão. Tradutores à  parte vamos ao foco do nosso herói! Robert Redford o “Homem Maracujá!” Sim, colega! Veja a foto, é incrível como o moço (ex) está enrugado, amarrotado, amassado e... Lindo! Sei não... Disso prefiro não comentar, só fiquei com uma dúvida cruel: estou sendo Justo? Ele é o verdadeiro “homem maracujá?” E lembrei-me do Rod Stewart, fui lá pesquisar (papai Google) e não estava errado: o cantor é arrepiado e deve ter feito plástica, está mais para um pássaro selvagem do que para uma fruta! Então fiquemos assim, o Robert Redford fica como homem maracujá. E outras frutas, quem se habilita? O Faustão já foi um melão e murchou... Quem mais? Ajudem-me a continuar essa crônica! Grande Otelo uma verdadeira jabuticaba, não é mesmo! Quem mais???? Quem mais????

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Upgrade




         Upgrade

     Amigos, um “ upgrade” quem não quer, não é? E um “desolée” ninguém quer” claro”! As línguas e suas curiosidades. Vou vestir um “fato-macaco”, pois está muito frio! Inglês, francês, espanhol e português (de Portugal). As línguas são muitas e podemos eleger nossos termos preferidos. Você prefere um “je t’aime” ou um ”I Love you”? My dear ou “mon amour”? O Francês vai à frente disparado como a língua mais charmosa e talvez a mais sonora. Agora o povo faz a língua e dá sua interpretação à mesma. A “fila do pardon” é o que eu chamo da forma educada de te atropelarem  e pedirem  desculpas ao mesmo tempo! Já andou de metrô em Paris? Então não fique do lado esquerdo não! O Francês vem atrasado e te dá um “catiripapo” com um sonoro” pardon” e te atropela! O inglês grita “keep right” no meio da escada rolante para avisar que o lado esquerdo tem que ficar” free” para os executivos (lá só tem gente fina!). E agora? Vamos fazer nosso “upgrade” para ficarmos globalizados? Hoje temos que falar inglês e espanhol, se falar mais uma língua como alemão você é um “cabra preparado”, se falar mandarim um gênio! Russo? Sei não...
     Vamos às curiosidades? Quem não falou algo errado achando estar certo? O espanhol é um prato feito, na revista Veja  tem as pérolas como “Quiero pagar com cartón de crédito” ou” um sorbiete, por favor”. Eu já fiz minhas besteiras em terras argentinas; uma foi dizer para um “gardelon” que a diferença entre Pelé e Maradona é que o Pelé come e bebe e Maradona só cheira... Corri risco de vida! Outra feita peguei um taxi e, na boa tática de que um chato é sempre respeitado em qualquer lugar do mundo, comecei a falar para que o pobre velhinho me levasse para o hotel sem fazer muita volta; como um bom chato ele aturou minhas besteiras até eu dizer que o hotel  ficava entre a av. Corrientes e a Tutancâmon! O coroa deu uma freada e corrigiu “pero Tutancâmon és uma múmia!”, com raiva, pois Tucumán é uma rua de lá: “San Miguel de Tucumán é a capital da província de Tucumán na Argentina e a maior cidade do Noroeste Argentino”. Mancada...
 Lá tem um teste com essas “dicas”:
- Que calle larga.............................................................. A rua é comprida
- Que comida exquisita................................................... Deliciosa!
- Um cortado................................................................... Café pingado
      Leia lá ,colega! E vá passear em terras Argentinas para conhecer uma nação culta que, com a Cristina, está fazendo o oposto do título dessa pequena crônica (deve ser um downgrade).  Reze  para a nossa Dilma não seguir o mesmo caminho, com ou sem nossas empregadas domésticas, com ou sem esse “ regalo” que vai acabar em breve...
Tamo Fu !!!! Sem tradução!

Roberto Solano

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sonho e pesadelo





Sonho e pesadelo

 Leio sobre Marta: “Eu tinha tudo. Sempre fui de classe média. Carro hipoteca, viagem de férias, família feliz. De um dia para outro a nossa vida começou a desabar como um castelo de areia... Hoje não tenho nada e se não fosse por meus pais eu não tinha nem como dar de comer às crianças”. Marta não é africana, nem indiana e menos ainda brasileira. Marta é casada e tem um marido também falido (arquiteto) que já tentou o suicídio, ela é contadora e desesperadamente sobrevive sendo mais uma espanhola endividada.
 Os números assustam: 6,2 milhões de desempregados (27 %); 10% das famílias com todos seus membros desempregados; 11 milhões abaixo da linha de pobreza; 26,5% dos menores de 16 anos em risco de exclusão social! Essa é a dura realidade de uma parte da Europa falida, sem perspectiva, com cultura e sem trabalho, com uma história sólida de vitórias e amargando derrotas. Portugal vai pelo mesmo caminho (estamos cheios de engenheiros portugueses por aqui no Brasil), a Grécia já foi para o brejo e outros países na fila. O que houve? O mundo quebrou? Ou “brincaram” de ricos com o euro dos ricos (Alemanha e França). Não sou economista e não entendo os motivos, só sei que perder é muito duro. Quando se é pobre há sonhos e conformação, já a classe média sonha menos e sofre mais com as perdas. Um projeto “Tempos de crise” é a fonte de apoio para os desesperados, tentando direcionar a mente das pessoas para viver pobre como pobre, a população está deprimida e a dívida agora é social. Como se adaptar? E quem não tem um ente familiar para ajudar? Dizem que as filas dos “sopões” estão cheias de empresários, a vida agora será cavada de pequenos” bicos” e negócios informais sendo que e esses empresários jamais pagarão suas dívidas, é uma situação sem solução. O mestre Vanzolini tem um samba que diz “eu sei ser pobre sem raiva e só sem tristeza” é difícil mesmo. E a vergonha? Complicado, diz à reportagem que as pessoas evitam andar nas ruas para não ter que explicar sua situação financeira; colocam o carro na oficina e não vão buscar; tiram os filhos da escola privada e colocam na pública. Ficam deprimidas! Os “loqueros” estão cheios (psicólogos), a sociedade de consumo sem consumo é podre.
 E agora? Até quando vamos nós brasileiros  gastar nosso real hipervalorizado na Europa? Eu tenho vergonha de ser brasileiro por saber que não temos estrutura para enfrentar uma crise como eles lá estão enfrentando. É amigo, cuide-se para os tempos das vacas magras, pois o pasto é mutante e a economia é cruel. Se o espanhol com cultura, vinho e um “pata-negra” está sofrendo tanto, imagine nós sem cultura, cachaça e rapadura... Viva o povo nordestino, que tem raça e sobrevive sua Espanha, de sol a sol, sem chuva todos os anos.

sábado, 4 de maio de 2013

Breve


Breve
Foi a felicidade que trouxe o breve amor
Breve
Como a mais breve estrela que no céu passou
Breve o instante comovente da paixão
Instante que redime
E faz sofrer e faz chorar o coração
Breve
Como a perdida flor
Que longe floresceu
E o homem não colheu pra o seu amor
Breve foi a felicidade
Como longa essa saudade
Como triste o nosso amor

 Geraldo Vandré




A cor do amor







A cor do amor

Boca minha e boca tua
Desejam-se escravas do amor

Língua minha e língua tua
São soltas e indefesas no “exclamor”

Braços meus e braços seus
Apertam-se tal parafuso de aviador

Pernas minhas nas pernas suas
Enlaçam-se como macarrão no escorredor

Vida minha dentro da tua
Planta-se no jardim do lavrador

Tua vida dentro da minha
Colhe-se no jardim do caçador

Vamos vivendo no  amor e dissabor
O que não sabemos nem mesmo a cor
Do que chamam de amor

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Paulo Vanzolini


Comentários sobre letras de Paulo Vanzolini

 Um grande cronista musical, colocando de forma simples e poética fatos, amores e relações humanas tão comuns e pouco percebidas.
- Bandeira de Guerra: Fala sobre a imprevisibilidade do amor de coisas incertas nasce as mais certas...

 “Foi numa esquina da vida
Uma mulher em hora perdida
Um homem em ponto morto”

 É lindo quando Deus coloca duas almas frente a frente e ,do acaso ,frutifica uma sólida relação amorosa.
- Quando eu for eu vou sem pena: Muitos fazem pouco e na verdade fizeram muito e são orgulhosos!

O que eu fiz é muito pouco
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito”

 Vejam a profundidade no dizer que fazemos muitos inimigos por andar direito... Dá para escrever  um livro!
- Samba erudito: Tentando explicar a luta insana do amor não correspondido, com a classe de um literato.

Você foi demais
Pra paciência do inglês
Aí, me curvei
Ante a força dos fatos
Lavei minhas mãos
Como Pôncio Pilatos”.

 Não há santo que suporte um amor não correspondido!
-Valsa das três da manhã: O homem largado nas ruas, triste e solitário que bebe para reviver o amor perdido, absolutamente lindo!
Vou andando na neblina das ruas
Conversando com você
Cantigas da perdida felicidade.

- Dançando na chuva:
Chora não, meu bem.
No lugar em que eu estava
Bem na hora em que eu estava
Vai ver que não tem ninguém”.

 Não é assim que você me derrota!

- Morte é paz:
- Talvez a mais límpida versão da vida esgotada por anos
 Vida comprida e vazia
Dias e noites iguais
Vida comprida e vazia
Dias e noites iguais
Morte é paz  
                   “

Viver é sonhar, sempre!

- Amor de trapo e farrapo: O amor descrito como ele é em forma de louca paixão.
Amor debaixo d'agua
Amor no meio dos infernos
Amor de meter susto ao padre eterno
E já se vê
Só pode ser o amor de eu e você

 Até Deus pai se assustou...

- José: morreu de saudades...

- Longe de casa eu choro: Declaração de amor à São Paulo.

Sinto falta de são Paulo
De escutar na madrugada
Uns bordões de violões
E uma flauta a chorar prata”

- Ronda: nada a declarar...Lindíssimo!

- Tempo e espaço: Só um gênio poderia criar essa música.
Prá viver no teu tempo é que eu faço
Viagens no espaço,
De dentro de mim. “

 Poesia pura é assim.
- Cravo branco: O amor declarado e firmado com a morte, uma crônica da violência que vem das maiores paixões.
Ele olhou no revólver,
Dava tempo e não correu,
Dobrou o joelho, desabou no chão,
Os olhos redondos,
E o cravo branco na mão “.

- Juízo final: Uma grande piada de amores na passagem para o Céu!
Aquela ingrata hoje está
Trabalhando de salsicha
Espetadinha no garfo
Satanás fritando a bicha
Ô demônio: capricha!

 Ela merece!

- Valsa sem fim: para os românticos um hino!

 Espero que gostem! E se possível mostrem para seus filhos.