quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Coco verde na cidade maravilhosa





Meu amigo José Luiz nos presenteou ( nós ex-alunos do colégio de São Bento ) com o delicioso texto abaixo :

Queridos Colegas :


Hoje, parei num quiosque desses da praia para um refrescante coco verde, acompanhado de minha netinha.

Oito pratas na criança, geladinho, delicioso.

Os cocos por natureza apresentam um formato e consistência que favorecem sua abertura em cima, por onde umbilicalmente ficam ligados ao cacho.

Observei desatento ter sido o coco servido com uma incisão em sua lateral, suficiente para introdução de um canudo, mais ou menos na altura da sua "cintura".

Necessário tomar cuidado para que a hipoestaticidade do corpo em relação ao orifício em posição desnatural não verta o tão caro conteúdo.

Também consumir mais tempo até a certeza (ou desistência) de saber esgotado o precioso líquido, posto o visual ser zero e por meu absoluto despreparo haver esquecido o endoscópio em casa.

Solicitei ao rapaz do atendimento que providenciasse a abertura do coco, apreciador que sou de sua película interna que, nas boas praias tupiniquins costuma ser ingerida com o auxílio de uma "colher raspadora", obtida por entalhe na lateral do próprio produto.

Surpresa: "Doutor, agora existe uma lei que nos proíbe de abrir cocos, de utilizar facões, por isso é que temos que fazer o furinho do canudinho".

Entendo, afinal moro no Brasil, sou carioca, estão empeixeirando ciclistas, estamos em ano olímpico...

Desiludido porém jamais derrotado, pergunto :

Por acaso essa lei diz que eu não possa abrir o coco?


Grand Finale :  

Atirei o coitado umas três vezes ao chão - não o rapaz, apenas o produto do coqueiro...

Ao primeiro arremesso a plateia começou a formar. 

E só fez aumentar, com alguns se aventurando a externar o que imaginavam acontecendo...

Em verdes tempos, arremeso de coco é muito mais ecológico...

Tendo rachado, fácil a separação das partes.

Uma colher metálica apareceu rapidinho...

Deliciosa polpa, poupa-me daqueles que penam sem pena de nós...


Ave Benedictorum