segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sou do tempo




Sou do tempo

 Sou do tempo em que Selfie era foto 3 x 4
 Havaianas eram para os pobres e trabalhadores
 Um telefonema servia para resolver problemas
 Um carro para mostrar aos amigos: “esse é do meu pai”

Sou do tempo em que havia tempo prá tudo
Conversar na varanda, contar piada, ir ao Maracanã sem medo
Sou do tempo em que o medo estava escondido no imprevisto
O ladrão era até camarada e poderia te reconhecer na pelada

Os olhos eram para ver outros olhos e admirar belezas
Sorrisos verdadeiros, a cara limpa, a moça bonita por natureza
Academia para os fisiculturistas, fortões das praias, exceções
Ser machão era ato de baixinho folgado, chutando a canela do grandão

Não tinha cinto de segurança, nem a palavra segurança: só o conselho de mãe
As doenças matavam com rapidez: a foice da velha afiadíssima, corte preciso
Dieta para os doentes, comida sem remorso, colesterol? Nome de xarope?
Beijo de mãe passava a dor, conselho de amigo sempre, havia amigo

Sou do tempo que dormia no ônibus e me acordavam no ponto final
Na praia virava camarão, sentava na esteira, usava pomada minâncora
Sp2 não era símbolo matemático e sim supositório de FNM
Trepar podia-se, mas o risco era tão grande e chamava-se tesão

 Hoje vivo sem tesão, em frente da televisão, andando num carrão
 Passeando de avião, hemorroidas de montão, remédio pro coração
 Dinheiro não conto não! Não toco mais violão, do pau falo não!
 WhatsApp, Instagram, hashtag, facebook, email, Selfie, Iphone 4,5,6

 Socorro !!!!! Cadê meu amigo, meu irmão, o negão da pelada?

 Chamem o ladrão !!!!



domingo, 28 de setembro de 2014

Querendo a morte

Querendo a morte

 A maioria não a quer, mas ela te busca, dia após dia
 Não é trabalho fácil, é uma dura busca, com final certo
 Ela te quer e você não a quer, desamor sem fim
 Pense nela, pois ela te ama e te quer para o todo sempre

 Nesse amor confuso tens que acreditar no final feliz
 Não será na igreja, não haverá anéis nem chuva de arroz
 Cerimônia oculta, sem convidados talvez, sem festa, simples
 Simples e definitiva, teu casamento com a dama da foice

Quero vê-la por pouco tempo, não vou namorar para casar
Que seja uma paixão fulminante! Tão forte que eu desmaie
Tão violenta paixão que me entorpeça e fulmine meu amor
O amor de relance, de adolescente, no olhar rápido trocado

Tenho que querê-la, pois ela me quer, sem recusas, sem fuga
Tenho que amá-la sem conhecê-la, dar-me todo, sem pudor
Amor meu, venha ceifar teu adorado, venha cumprir teu dever
Venha sem volta, para todo sempre carregar mais um infeliz



sábado, 20 de setembro de 2014

Amoo



Amoo

 O esquema dos dias atuais é simplificar, nada de escrever muito, perder tempo com “frescuras” de mandar cartas (coisa antiga...) ou recados amorosos. No meu tempo tinha o torpedo! Esse cidadão oriundo dos mares em guerra era aplicado, via garçom, da sua mesa para a mesa de sua futura conquista. Eu confesso que nunca dei muita sorte com a tal arma do amor e, infalivelmente, recebia o tal objeto bélico na minha mesa, lançado por um canhão-mulher... Nunca dei sorte...

 Os tempos mudaram, o amor é um mero acaso e o sexo é o prato do dia. Simples de mais, a cantada é direta, via redes sociais e outras manobras virtuais, não se gasta muito para abater a presa, é fácil, fácil. Isso é bom e broxante por outro lado: o fruto proibido é mais saboroso... Até o xuxu da visinha cai bem no prato. Como estou “fora do mercado” não posso opinar. Os tempos são de gostar das coisas e das pessoas... Amoo, adorooo, etc... Descobri este vogal-artificil nas redes sociais ( estou modernoo ): você dobra a vogal “ o “ e pode agradar em cheio! Nada de firulas, elogios, etc... Tempo é dinheiro e dinheiro serve para comprar Iphone e outros recursos para ficar plugado na internet, tensão total, não há tempo para dirigir ou andar sem ficar hipnotizado pela telinha... Plimm é um whattsapp (chato prá caralho!!! )... Triiimmm é o celular... Plooong é aviso de mensagem (conta vencida ou a mulher detonando o cartão de crédito)... Não há vida sem a porra do celular: detestooooo.

 Então ficamos assim: nada de escrever, falar, etc... Envie sua foto (selfie de preferência) com o AMOOO e junte os sinais de beijinhos, ok, bonequinho rindo e outras babaquices infantis, afinal o nosso papai é o papai GOOGLE (com dois os), entendeu?


 AMOOOOOOOOOOO!  

O sacerdócio



O sacerdócio

 Mal consigo escrever, não menos entender a tal palavra. Vem à mente a Igreja e o padre, e nesse mesmo conjunto as rezas. Fui criado por família católica e convivi com os padres beneditinos (sorte minha) que eram trabalhadores, na fé de Cristo. Devo muito (ou quase tudo) para essa gente reclusa e sábia. Sem maiores traumas: eu sou de índole calma, outros amigos não suportaram a disciplina rígida, nem o cheiro de mofo das batinas. Passou. Hoje sou homem feito e posso pensar mais sólido. Quantas rezas foram perdidas na obrigação e no medo? E o padre santo? Ele é mais competente na sua capacidade de falar com Deus? O bispo tem linha direta? O papa deve trocar figurinhas com ELE. Isso eu não discuto, é o caminho da fé. Só penso no sacerdócio físico e mental, aplicado na vida do homem comum. Acreditar é o foco, repetir é a vida, pensar uma opção. Pergunto ao leitor se a vida é assim tão regrada na repetição, na missa diária, no exercício do acordar com café e enfrentar a condução exaustiva até o trabalho duro, brigar como chefe e calar a boca com o feijão de Chico Buarque. Qual a fé maior? A do humilde e explorado trabalhador na sobrevivência ou a do padre contrito em seus pensamentos: um na vida e o outro na promessa da eterna companhia divina. Quem será o sacerdote? Quem sofre mais? Pouco importa essa comparação de atitudes sem mostrar a virtude, existem homens e homens que morrem por objetivos, muitos por obediência, burramente. O que fazem os pobres infelizes jornalistas com o pescoço à mostra nos vídeos mortais? São frutos da loucura de um grupo fundamentalista que não sabe ver a vida por outro ângulo. Hoje matam gente como baratas, pela fé. Acho que sempre nos matamos para viver, ou via exploração ou via credos. O ser humano é muito ruim, só avançamos nas tecnologias via guerras: matar com eficiência gera benefícios para todos! Muita doideira!

 Sacerdotes da fé e os da vida... Estão, no segundo grupo, lá na África maldita, tratando seres humanos renegados à vida os médicos e voluntários da saúde. O vírus Ebola matando os seres humanos mais pobres e, talvez, sofridos da terra. Castigo divino? Maldade dos homens poderosos que não vão gastar muito com pobres. Pobre é lixo, sempre foi assim... Esses heróis são os verdadeiros sacerdotes da vida: os que brigam por ela! E os de Deus? Estão brigando por Deus... Muitos matando em nome dele, como se isso fosse o caminho da salvação. Vamos rezar ou agir? Que tal fazer os dois? “Ora e labora” está lá nas regras de São Bento, e mais:

"Não quero a morte do pecador, 
mas sim que se converta e viva".

 E assim perguntamos para Ele:

"Senhor, quem habitará na vossa tenda 
e descansará na vossa montanha santa?"

Resposta direta,

"É aquele que caminha sem mancha 
e realiza a justiça; 
aquele que fala a verdade no seu coração, 
que não traz o dolo em sua língua, 
que não faz o mal ao próximo 
e não dá acolhida à injúria 
contra o seu próximo".

E muitos ainda matando em nome DELE... Viva a sabedoria de São Bento! Amém!



sábado, 13 de setembro de 2014

O Desconhecido

O Desconhecido

  Hoje bateu uma vontade de falar do desconhecido, daquele que nunca vimos e só de pensar nele tememos. Porque será? Esse medo infantil do que não conhecemos, tal qual uma sombra ou um vento frio na madrugada quente? Se não o conheço não posso temê-lo! Sou forte para me defender, me basto. Simples pensar assim, mais ainda acreditar que nada te derrubará, isso faz a vida muito mais fácil; o melhor é não pensar neste senhor “O Desconhecido”, esquecer que ele existe e viver a ilusão da claridade, sem pensar na escuridão. Ele, de fato, não existe! Até você vê-lo e talvez admirá-lo. Surpresas boas acontecem, sejamos positivos, otimistas e, sobretudo valentes. E quando o teu inimigo mora dentro de ti? Teus fantasmas e medos aparecem nos dias mais ensolarados... Complica muito viver assim. Se, além disso, você tem que viver a penúria de poucos recursos, na família desajustada, sem apoio de amigos e muito menos da sociedade: a loucura aponta a sua arma contra o indefeso. É o fim do desconhecido para você começar a viver tua própria vida sem vida, a depressão.
 Voltemos ao ilustre e misterioso cidadão “O Desconhecido”, sujeito de grande família: sua mãe chama-se “Dna Morte”, a temida e poderosa, infalível cidadã, dona do tempo e de todas as vidas; a irmã mais velha é a “Madame Fobia”, mulher esquisita, vive escondida e gosta de aparecer de repente, atrapalhando as festas, sempre acompanhada da sua amiga “Loucura”, essa mais popular; o irmão “Medo” é terrível, daqueles que dão porrada em todo mundo, assustador criatura do mal, um pit-boy. O Pai do Desconhecido é muito conhecido: vistoso senhor “Imponderável”, casado com “Dna Morte” vivem felizes (com a desgraça dos outros) para todo o sempre, ele um homem fiel (ela nem tanto), admira tanto a mulher que não tem olhos para as outras. Ela não é flor que se cheire, e que ninguém fique sabendo (ela é vingativa, viu?) já pulou a cerca com outros homens, como o Mister Fatalidade, Doutor Acidente fatal e um famoso professor de medicina o Dr. Infarto Agudo do Miocárdio. Essa mulher não dá sossego, vai com todos, na moita e o maridão Sr. Imponderável, não vê ou finge não ver (ele é imponderável mesmo), deixa prá lá.

 E assim falei um pouco desse cidadão tão desconhecido, viveremos com ele, tentando conhecê-lo e sempre falhando na tentativa. O melhor é esquecê-lo, ou fingir que ele não existe (como o Imposto de Renda) para ficar espantado no encontro e dizer, olho no olho, seu filho da puta! Vá tirar tua mãe da zona! E, ao vê-lo sair, tomar fôlego e dizer todo feliz, “dessa vez foi por pouco!”.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Olho não é balança



Olho não é balança

 Uma coisa me incomoda: você fala algo e esse ser dizer “pega mal” na outra pessoa! Pior ainda! Você acha que está agradando e dá o maior furo... Chato isso. Mulher é um bicho complicado mesmo. Se ela é gostosa você não pode falar, só fica babando e pensando “que mamas”,” nessas coxas eu me perdia”,” sou fiel, mas com essa mulher a minha patroa perdoa”, e outras bobagens (não falei das sacanagens que você imaginou em frações de segundo). Seria justo o amigo dizer “Pô Paulão! Tua mulher é um fodão mesmo!”, ou (na maior sinceridade do mundo)” Carlinhos, tua namorada tem uma bunda magnífica, um monumento, benza Deus”, de coração aberto, sem maldar. Não pode! Vais levar uma porrada ou perder o amigo (que, a essa altura alcoólica, tem um tesão no pezinho da sua digníssima esposa, só no pezinho, viu?). Não compreendo a maldade humana, tudo que falamos tem duplo (ou triplo) sentido. Se você disser que o João é um cabra “arretado”, amigão e até “ vistoso “... Fudeu! A mulherada (que não vê graça no cidadão e acha você um frangote) já dá aquele risinho de lado... Pensa... Esse aí é GAY! Pô, que maldade! Só porque o rapaz é forte, atlético, barriga de tanquinho, torneira grande, sorriso largo, simpático, rico e GOSTOSO você é Gay ???? Sacanagem isso! Mulher sempre distorcendo as coisas.
 Voltemos ao olhar. A moça era magrelinha, cambitos finos, peitinho limão e volta das “europas” bem fornida! Coxas grossas de salsichas com mostarda preta (sei lá o que ela comeu! Ou quem comeu), peito durinho e prá frentex, bunda (não tinha) e algumas celulites. Falou ao pau! Ficou comível! E você diz: “Como você está linda! Até engordou!”. Foi sincero, de coração aberto, ela ficou gostosa... Mas... FUDEU! A moça fica brava! “Gorda, eu???” Nunca diga isso, meu amigo, é o mote de sua morte precoce. Não existe mulher gorda nesse mundo, entendeu? E, se existe, você NUNCA VIU! A regra é clara: mulher não é gorda, se for é inimiga! Às amigas tudo, às inimigas os culotes! Um detalhe tenho que falar: as gordinhas são as mais simpáticas e tem as amigas mais gostosas! Coma uma gordinha e terás uma penca de gatinhas miando nos teus pés e te chamando de cachorrão! Maravilha de conselho!!!
 Muito bem. Meu olho não é balança, entendeu?Não tenho o poder de achar que a velhota perdeu 5 kgs e está se achando “poderosa “... Eu digo que ela está bem, não mudou nada... Merda! Ela fica” P” da vida, pois não percebi que está mais magra! Ora porra ! Nem percebi que ela existe quanto mais que está mais magra! Feia! Chamar de feia é melhor do que gorda.Nunca entendi isso... Meu olho pode perceber belezas ou não; porém saber do regime da criatura e seus resultados é de lascar mesmo, tenho que treinar mais... As mocinhas também são ligadas nas palavras deferidas pelos mais velhos: Linda, chique, elegante, uma gracinha... Todas são aceitas... Agora tente falar: forte, robusta, um poço de saúde... Tás fudido, meu colega. Não existe mulher forte (ela luta Box, toda malhada, coxas grossas, etc) MAS é PODEROSA, sacou ? Robusta? Jamais, sem comentários... Poço de saúde é prá pedir para sair da festa! Vamos agradar? Então diga: você está malhada, qual seu personal? Linda qual o teu segredo? A dieta secreta???    E outras babaquices. Peça para ti um “ selfie “ com a criatura, aí vais acertar em cheio, o tal do “ Selfie “ é malandro: só tira foto de cima prá baixo, fácil, fácil. Um detalhe, as gordinhas sempre ficam por trás nas fotos, cadê a barriga? Selfie é um show! Só sorrisos e peitos apertados, todas lindas e magras. Bom demais!
 Agora chega de falar de gordas e magras, somos todos iguais! O amor é lindo! Teu príncipe encantado vai chegar e ele vai te achar magra, viu? O sapo aqui não te perdoa!!! Gordinha !!! Eheheheh...

 Foi mal, viu?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A moeda ingratidão



A moeda ingratidão

 Moeda corrente, pouco apreciada e conhecida. Existe, é fato! Está em todos os nossos momentos, desde pequenino você a conhecerá primeiro: o brinquedo emprestado e não devolvido, a bala que você ganhou só uma e teu amigo várias, o carinho maior que a tua irmã recebeu e você passou batido... Antes de aprender a somar essa moeda (ingratidão) vai ter que aprender a perder, sofrer e invejar o outro. Normal, c’est la vie, certo? Não! Errado colega, muito errado! Não é dando que se recebe: se vai praticar o “dar” faça sem pensar em retorno, ficarás mais leve e sofrerás muito menos, pode até ser o caminho da felicidade (o mais difícil de todos), Deus está vendo, só ele. Ponto.
 E a relação de amor maior? Aí complica demais... Amor de mãe, esse é o maior de todos: por força da nossa sobrevivência, pela febre dos cromossomas, por necessidade da vida seguir. A mãe é tudo e se faz maior ainda. Ela se doa em sacrifícios mil, em noites mal dormidas, vivendo a vida dos filhos e colhendo a ingratidão mais natural de todas: a do filho. Não há filho melhor que possa retribuir esse amor, são moedas diferentes, contabilidade doida, sem saldo positivo no balanço final, e ela (a mãe) perde. Mas não pensemos assim! Nunca haverá retorno na doação materna, ela é a força natural contra a aceitação racional: o filho racionaliza os ganhos da mãe e, eventualmente, do pai. Normal e correto, na base do “eu mereço” vai recebendo e querendo mais e mais. Troco? Volta? Tem não... A mãe nunca pode racionalizar as doações, é fundo perdido, é a regra da vida. Triste? Fique não querida leitora, você fez a sua parte e essa é a maior, ele vai contabilizar alguns carinhos e te ver como a melhor mãe do mundo! Mentira! Você é uma mãe no mundo, tal quais milhões iguais, a porteira da vida, a cicerone, uma guia, o trilho do vagão vida, até ele criar asas e te olhar de cima para baixo. Teu avião-filho agora voa no céu, longe, vai pousar alguns poucos momentos no teu aeroporto, para abastecer, faxinar o coração sofrido, regular as turbinas e voltar para o ar distante. Sorria e não pense na palavra retribuição, esse será o seu “castigo”: só dar. Viva tua sina na terra, mãe ou supermãe, tanto faz, tua moeda é o amor puro (18 quilates); e se tiveres sorte colherás algumas moedas de prata ou latão mesmo. Assim é essa matemática do coração. Fique feliz, pois quem aqui escreve tem a coragem de admitir que não é um filho perfeito e acredita que todas as mães são maravilhosas; solidário sou a ti mulher, e ganhe uma nota mil de minha gratidão, que não vale lá muita coisa não... Beijos!


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Palavra perdida

Palavra perdida

 Palavra perdida, dita da boca maldita, escapulida
 Saiu sem volta, bala perdida, ferina, voando solta
 Parida, feia e torta, gritando, faminta criatura
 Nasceu de boca minha, sem volta, vagabunda

 Escapou do cativeiro, ave de rapina, caçadora
 Agora está pousada em coração ferido, garras e sangue
 Quem te caçará, carcará, bastava um tiro certeiro...
 Não há caçador, nem bala, nem solução, eu feri teu coração

 Nasceu então o arrependimento, grande e forte, de boa família
 Esse vem do meu coração, em passos largos, na direção tua
 Para aplacar a dor, pousar curativos na tua pele, sanar feridas
 Menino bom, de olhos claros, arrependido, com uma flor na mão

 A do perdão.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Concurso da APPERJ

 Amigos

 Essa poesia foi selecionado para o concurso da APPERJ concorrendo ao prêmio Francisco Igrejas de 2014, a ser realizado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 26/09/2014, auditório Machado de Assis. Estão todos convidados!

 Obrigado pelo apoio e leitura do Blog.

 Abraço de Roberto Solano




5/5


 Um sol costureiro rasga minha cortina
 A manhã virando claridade na retina adormecida
 Sábado de sol, mês de maio, ano 2012
 Acordo tonto, sem acordar, acordando...


 Abro janelas vendo o ar frio penetrar a casa
 Finjo não ver lá fora para não me despertar
 Quero sentir o torpor do meu sono ainda vivo
 Estou meramente de pé com a mente acamada...


 Agora não posso mais fugir do apito da chaleira
 É manhã de Maio e tento coragem para ver o céu
 O céu que vai adentrar no coração cansado, triste
 Ele está lá, imponente, me esperando, calmo e tranqüilo


 Agora sou eu! Um só desperto, preparado para o embate
 Levanto a cabeça e vou até a janela aberta, na visão maior
 Na mais linda cor de azul, recém lavada pelo orvalho em noite fria
 Lá está a minha alegria maior! A esperança em forma de cor: azul


 Não é azul comum, nem do mar, nem das flores atrevidas, nem azuis talvez
 Ele é algo que penetrando os olhos vai se dissolvendo em outra cor maior
 Maior que o céu, mero pano de fundo, e do mar, seu admirador eterno
 O azul de Maio! O único e venturoso! Indescritível na manhã clara portenha


 Venha ver-me todos os anos dessa vida de tantas cores
 Socorra aos que tem coragem de te entender
 Traga passarinhos e ventos frios
 Mas volte, volte sempre
 Salvando minh'alma
 Carioca


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Poesia Falada do Rio de Janeiro

ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE POETAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Fundada em 11 de abril de 1989

Site referendado pela UNESCO no Diretório Mundial de Poesia
Reconhecida como de Utilidade Pública Municipal, através da Lei n° 3353 / 2001

Os 20 melhores textos, do VII Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro, concorrendo ao Prêmio Francisco Igreja / 2014 e que serão apresentados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro, a partir das 16:30h, no Auditório Machado de Assis (entrada pela Rua México)

poema
autor
UF
Barulhinhos
Wladimir M. Santos

Belo Horizonte/MG
Espelho
Banaiote Gazal
Rio/RJ
Pedra sobre pedra
Geraldo Trombin
Americana /SP
O sarau dos pirilampos
Jorge Cosendey
Rio/RJ
Tapera
Ileides Muller
Campo Grande/MS
Lição
Luiz Otávio Oliani
Rio/RJ
Poesia II
Blener Dumont
Rio/RJ
Sem asas borboletas
Marcelo Gomes Jorge Feres
Rio/RJ
5 de maio
Roberto Solano
Rio/RJ
Humano
Wladimir M. Santos

Belo Horizonte/MG
Pindoba
Wladimir M. Santos

Belo Horizonte/MG
A visita
Banaiote Gazal
Rio/RJ
Rara sedução
Luiz Poeta
Rio/RJ
Injúria
Rita Gemino
Rio/RJ
Suçuarana
Bernardo Miller
Rio/RJ
Madrigal silente
Bernardo Miller
Rio/RJ
Piscina de alegria corrente
Eliane Silvestre da Costa
Brasília/DF
Aldeia
Eliane Silvestre da Costa
Brasília/DF
Às vezes
Jósa Jasper
Rio/RJ
Avessos e direitos da Emília
Amélia Luz
Pirapetinga/MG

Obs: apperjianos concorrendo ao Troféu Francisco Igreja — OBSERVAR REGIMENTO INTERNO/APPERJ (VERIFIQUE NO SITE)
Jorge Cosendey, Luiz Otávio Oliani e Jósa Jasper

A APPERJ solicita a confirmação da presença, no encerramento do festival, dos poetas acima classificados, caso não possam comparecer, deverão indicar o seu intérprete ou solicitar à Diretoria de Comunicação Social que indique um.

Evoé, poetas! Sucesso!
Até dia 26/09/2014