sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Tesão, ambição e preguiça


Tesão, ambição e preguiça

Os três pilares do nosso mundo aqui na terra. Tudo se resume aos três pontos de equilíbrio que eu, você, teus amigos, temos que entender e saber explorar para uma vida melhor e de sucesso.

Palavras, sempre as malditas palavras tentando explicar o inexplicável: o mundo. Mistérios divinos sempre existirão, os sábios estão aí estudando a razão dessa vida terrena e a que virá lá na frente, coisas de Deus e seus santos, não vou “futucar” nisso não...

Voltemos ao tripé TAP, não para voar para Lisboa e sim voar em pensamentos, ajudem-me!

Tesão: sempre! Desejos, vontades, sexo, reproduzir, comer, criar, etc... Posso ficar um dia todo falando desse pilar fundamental da obra que agora começo a construir (papo de engenheiro). Esse pilar tem que ter a maior fundação do prédio e ser o componente estrutural principal para absorver todas as cargas verticais (idade, doenças, etc...) e as horizontais de ventos e terremotos (perdas e mortes). Pilar central, bem firme, vertical e, se possível, estaiado em amigos e família. Remédios para a firmeza do bicho: antidepressivos e Viagras farão que ele cresça forte, rumo ao céu.

Ambição: Por falar em céu, olha ele aqui, como limite! Ou seja, teu prédio vai crescer até o infinito, sem parar. Vide o grande Oscar Niemayer com seus incontáveis anos e sem pensar em parar seu prédio já enorme, 104 andares amigos! Fantástico! É a ambição... Pode estar no dinheiro, nas mulheres, nos carros e coleções, viagens mil: poder sempre no querer mais e mais. Infinito não basta. Tudo é pouco. Não há ponto final nessa trilha que vai construindo tua edificação, apoiada no pilar tesão. O ser humano tem essa qualidade-defeito chamada de ambição. Digo isso, pois é sempre bom tê-la e saber que ela machuca muito quando mal administrada. Vem a inveja, os ciúmes, os ladrões, sempre corroendo teus pilares, enferrujando as armações, trincando vigas e paredes, querendo te derrubar.

Preguiça: Fazer o prédio prá que? Lá dentro deves abrigar toda a melhor tecnologia de conforto: elevadores rápidos, ar condicionados perfeitos, restaurantes maravilhosos, piscinas térmicas, salas de musculação e massagens, tudo funcionando para que a tua vida (prédio) tenha sentido. O prazer. O desfrute. Isso é que devemos colher nesse pilar quase ornamental e arquitetonicamente perfeito, bem no meio da fachada! Viver com o bom da vida, com Paris no coração, fantásticos vinhos sobre tua mesa. Viajar... Tudo para ficar de papo pro ar gozando a vida. Como dizia um Tio “tem que ter embocadura para saber viver...”! Verdade. Saber viver é para poucos, para os que sabem o real valor da preguiça e dos confortos do mundo material.

Amigos. Façam suas perguntas. Não sou dono da verdade e posso até viajar pela Air France; porém a TAP é a melhor companhia aérea para viajar nos teus pensamentos e refletir sobre as nuvens que cobrem o nosso mundo. Veja teu imponente prédio lá de cima, crescendo, juntos com os outros. Tenha orgulho do que já fizestes e pense grande. Deixem perguntas e respostas lá na caixa dos correios do meu prédio: Av. Sorte Grande 69, esquina com a rua da amizade, bairro da saúde (antigo encantado), Rio de Janeiro (cidade maravilhosa), Brasil.

Sejas feliz!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Contando os anos

Contando os anos

Fazemos no fim do ano e nos aniversários. Passamos na matemática da vida com mais um ano. Bom. Muito bom, mas o que nos serve essa lógica anual? Porque não contamos dias e talvez horas? Simples: nunca achamos que o fim pode chegar... Só o fim do ano! Maravilha, promessas, pensamentos positivos, sete pedidos, pulando ondas. Não tenho muito desejo de ver essa contagem programada pela mídia, pelos homens normais, não gosto, fiquei chato. Talvez triste...

Do outro lado vejo infinitas formas de acumularmos vitórias, estórias e fracassos. Que tal contarmos cervejas? Tomou quantas esse mês? Piadas? Riu muito essa semana? E sexo? Legal essa conta, bem interessante. Tenho a teoria da milésima trepada, você já deu? Vamos lá. Começou o filme quando tinhas 15 anos, lento. Até os 20 anos computaremos 5 anos x 1 por semana x 4 x 12 = 240 cópulas... Daí você se apaixonou passou a ter a namorada na belíssima conta de um dia sim e outro não em mais 2 apaixonantes anos: 2 x 3,5 x 4 x 12= 336 transas. Um total de 240 + 336= 576 relações sexuais! Mais da metade do caminho foi percorrido! Que sucesso, rumo à milésima!!!

Então, vamos casar? Que tal passar o primeiro ano dando uma todo dia? A mulher é linda e o pinto é jovem! 1 x 7 x 4 x 12= 336 “totadinhas”!!!! Chegamos então nas 912 trepadas colega! Show de bola e você só tem 23 anos! Casado e com a vida pela frente, delícia! Agora estamos próximo do gol 1000 ! Tudo certo com a vida e você já pode se declarar um “amante latino”! Sim, aquele que faz a mulher subir pelas paredes com uma mordiscadinha na orelha!!! Cabra bom !!!

Contar milhões pensou? Tem gente que estoura champagne no primeiro milhão de dólares (só vale dólar, certo?) e segue ganhando dinheiro e talvez problemas (esses não dão prá contar). E amigos? Já contou? Notou que você tem muito mais dedos que amigos? Olha a sinceridade colega! Não valem os amigos das vacas gordas no pasto não! Tem que contar na seca braba mesmo. Você vai descobrir que nessa conta se diminui mais do que se soma, a máquina da vida é severa e quando observas os amigos são falsos ou corredores. Cuidado...

Pois é, tudo é convenção. Eu gosto é de contar estórias e observar passarinhos no céu, sem a maldita matemática dos anos com os cabelos brancos. Como diz o ditado “um dia de cada vez”, isto me basta!

Vamos contar estrelas no céu?

Feliz ano novo, só para não ser mais chato com o amigo leitor.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vai uma Lagosta aí ???????

Nordeste, Porto de Galinhas, e o melhor " Mar e bar " do Mundo !!!!

Porto de Galinhas




Queria dizer


Um pouco da vida já vivida, esqueço

Da saudade crucial dos que se foram, saudades

Do calor ainda abrasador dos que ainda estão

Na vida, curta ou não, com o sem dor, mas nua.


Palavras são bolhinhas de sabão ao vento

Dizer para falar o que ? Se o todo está preso no coração

Talvez chorar, chorar muito, como protesto, em forma de alegria

Sorrisos em lágrimas marítimas, revendo família, contando tesouros

Como a vida ainda me quer, marinheiro e aprendiz.


Agora sou Recife, pedra dura, parte sargaço

Outra ouriço de tantas algas perdidas do mar

O mar de Porto de galinhas me abre o coração

E vendo-o azul conforta minhas dores pulsantes...


Agora estou família, sou Novaes, forte em olhos calmos

Vendo o horizonte lá longe misturado com jangadas

Acreditando no impossível, no sonhar como arma única

Armando meu coração para crer mais e mais no que vi


E agora, no Recife dos fortes, ainda sentir o beijo do Pai

Com o calor da Mãe colocar tudo no colo e pensar...


Pensar em Porto, dentro dos meus quase sessenta anos

Em primos, tios e amigos que viram essa soma se formar

Em uma união única, sólida e misteriosa como o mar

Rever para crer, crer para sonhar, no mar sem fim de lá

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Loteria

Loteria

Nunca acreditei em loteria e ganhos fáceis. Meu Pai dizia “jogue sempre um pouquinho: sem jogar a chance é ZERO!”, uma teoria correta. Não tenho jogado em nada, nem conversa fora, estou pouco otimista. Enfim, a vida é um grande jogo, preste bem sua atenção e use a sorte para outras coisas, decline das loterias, eu desisti.

Um pouco de sorte em tudo, isso é bom, isso te salva. Hoje mesmo, quase atropelei uma criança descuidada. Ontem quase bateram no meu carro, que susto! Quase o meu amigo escorregou na porta da Igreja, casamento quase adiado... Eu quase fali... Quase recebi um piscar de olhos da Grasi massafera, quase... E a vida segue com as coisas eternamente incompletas, ou completas, depende do teu ângulo de vista e das pitadinhas de sorte.

A sorte. Como defini-la? O acaso vestido de azul? Anjos te empurrando no caminho da felicidade? Papai do Céu que, em breve momento, deixou de atender sua lista infinda de pedidos, caridades, etc.. E, por bondade divina (dele mesmo) afastou umas nuvens chatas e te deu uma dedada! Sim dedada de Deus, maravilha! Tudo se resolve e ele nem olha prá você, já notou nos quadros de Leonardo da Vinci? O soberano e todo poderoso faz seus milagres sem muito esforço, assim meio sem achar graça, sem te dar atenção. Diz a bíblia “Senhor, eu não sou digno que entreis na minha casa, mas dizei uma só palavra que minha alma será salva”... Verdade, Deus é muito ocupado com aqueles que não tiveram sorte, os que foram “fisgados” pela teoria do quase: não deram sorte, sem loteria da vida: os que moram do outro lado do mundo, o do azar. Merda. Merda pura, esse tal de não dar certo, do azar... Explica muita coisa triste, mas não explica um filho nascendo cego, uma perda pré matura de uma Mãe calorosa, um Pai alcoólatra que bate em todos, os maremotos e vulcões que assombram a nossa vida.

Não creio na sorte e menos ainda no azar: tudo é falho, tudo é volátil e breve, o ar que se respira pode te levar para o tudo ou para o nada. Não duvido da fé, senhora poderosa, ela é confiante em seu taco e vai, por aí, mudando rumos, trazendo o mal para o bem, confundindo o capeta, driblando o azar e sempre plantando a vida, passo a passo, no credo de viver melhor, sem loteria.

Meu Pai, homem de coração, pagou a cirurgia de um desconhecido que estava ao lado dele em BH para curar a vista. O velho pai, com um coração mole, se envolveu na estória de um rapaz que já cego de um olho e tinha um espinho encravado na outra vista aguardando na fila da caridade no mesmo hospital de ponta. Pagou e ficou feliz pela recuperação da vista dele próprio e do pobre desvalido camponês de Minas Gerais. Meu Pai era especial, manobrava a sorte e trocava figurinhas com azar. Bom coração e fé no sempre “dar certo”. Obrigado meu Pai.

Hoje, vou rezando na sorte e suplicando para que o a azar venha casadinho com ela. Sorte no azar. Basta-me. Sem loterias, sem milagres, com fé na sorte cobertor, cobrindo o frio do azar. As minhas noites bem dormidas é o que peço para meu bom Deus, todos os dias. E não atravessar essa vida dependente da sorte e lamentando do azar, esses dois irmãos do nada, da nossa cabeça simplista e comum, da loteria idiota da vida.

Roberto Solano

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Então é Natal...

Então é Natal...

Então é Natal e Ano Novo também, pro velho e pro novo... E segue a musiqueta na minha cabeça tocando...

Chegou o fim do ano, por convenção e religiosidade vamos rever amigos, parentes, mostrar a nossa cara. Sim, estamos mais velhos ou mais novos? Gordinho ou saudável? Bonitos sempre! E os outros? Chegou o festival de avaliações de final de ano, prova final! Como um mal aluno não gostava de prova final... Como um sentimental sofria. Medo de não passar de ano, de ser um incapaz e burro, dentro de um colégio rígido e maravilhoso: São Bento. Sofria muito e agora estou novamente sofrendo, o teste vai começar. Atenção! Cuide-se para os olhares alheios, fique bonito, bem vestido e bem apanhado! É isso, bem apanhado, adoro o termo. Quando você vai ao supermercado pega o que? O mamão popozudo, o queijo minas afrescalhado, o pão amoroso e quentinho... Todos muito bem apanhados: escolhidos por olhos críticos e severos. Eu me sinto exatamente como uma fruta do Conde: bonito por fora e mole por dentro, durando pouco... E assim vou visitar a família na banca da feira livre da vida. Vou ver muito chuchu, laranja e bananas, tem de tudo nesse mercado livre (nem tanto livre assim). Os velhos são magros (carne seca) ou gordos (lombinho), alguns defumados que nada mudam ano após ano e fica chato isso. Essa velha não fica velha não? Só eu??? Que coisa...

O bem apanhado fruta do conde vai tentar agradar esse ano. A cara cheia de rugas como a fruta, roliço tal qual ela e o coração mole por dentro. O caroço está duro (quisera eu que essa rigidez atuasse em áreas mais úteis do corpo...) e espalhado. Cuidado! A fruta do conde é deliciosa, mas requer uma boca seletiva para separar a carne branca e saborosa dos duros caroços que podem doer teu dente ou te engasgar. Eu sou assim, difícil de saborear, necessito de tempo para ser percebido, de uma boca exploratória e uma língua seletiva. Sou realmente especial! E você aí, vai de que nesse Natal? Qual a tua fruta ou legume companheiro? Um nabo duro? Uma cenoura vermelha ou uma maçã arredondada e sexualmente atraente, pecadora...

Amigos, não vou sofrer por antecipação. Quem quiser que desfrute dessa fruta do conde ainda gostosa, ou fiquem agradando as jacas moles da família; puxando o saco do chefe do trabalho (pescoço de frango) ou olhando o rabo da linda secretária (mulher melão), tem de tudo na família ou no trabalho, nas festinhas chatas de fim de ano. Uma coisa é certa: escolha sua fruta e fique muito bem apanhado, certo?

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tocando em Deus

http://www.youtube.com/watch?v=I6Njg1LFxFk&feature=related


Tocando em Deus

Uma leve sensação de liberdade

Um breve calor no coração

Beijo materno...

Ele lá todo poderoso

Por cima de tudo e todos

Um leve tocar...

Eu só em sonhos

Flutuo

Nado em nuvens

Canto

Encanto-me

Só de ouvir

Schubert em Serenade

Tocando em Deus...

Lindo!!!!


http://www.youtube.com/watch?v=oBDmAxSFt6A

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Brigando pela vida

Brigando pela vida

Todos os dias brigamos pela vida: o pão, a saúde, nossas conquistas e outros desejos. Eu me pergunto: qual a pior briga? Quem tem armas melhores? Sabe você usar as tuas armas?

O gladiador era uma forte entre fortes, um espetáculo vivo da luta humana no desastre de nossa existência. A platéia quer sangue, ver a morte ali. Na dor espetacular do herói morto, na certeza da fragilidade. É isso, queremos ser um forte e eterno e, em contra partida, ver o mais forte cair. Isso é uma loucura que devemos dominar. Sempre sofremos com a perda do ídolo, da nossa referência de capacidade total, para, instantes depois, nos certificarmos que estamos vivos sem sermos “o herói”. Ver a desgraça alheia nos faz menos tristes, mais conformados, com nossas deficiências. Ver o feio te faz mais belo. Isso é certo? Conheço farejadores de dor. Sim! O sujeito não pode desconfiar de um problema que corre atrás da notícia maior, do fato real e duro, da dor encravada no peito alheio para dar seu conforto, sua condolência e outros despréstimos à família do infeliz. Minha Mãe chamava-os de “Urubulinos”, aqueles que tem prazer na derrota alheia. No passado distante um primo bastardo de meu Pai adorava dar a notícia da morte. Loucura, doença mental, mas o sujeito até pagava para, no interior de Pernambuco, subir em um cavalo e galopar léguas para bater na porta “ Noite, noite, plá, plá... Ô de casa... Louvado seja nosso senhor Jesus Cristo” e saindo de dentro do casebre a voz cansada “ Para sempre seja louvado!”. Em seguida o portador dizia “É da casa do Zé das castanhas? Ele está?” Em seguida o Zé chegava para ouvir a voz certeira” tua Mãe morreu Zé, que descanse em paz...” E vinha o choro, os abraços, as estórias da Mãe, a vida dura e Severina da mulher calejada. Um café forte com um naco de bolo e o portador da voz sinistra voltava, galopando, sorrindo, e feliz da vida. Meu Deus...

Nunca entendi direito o prazer mórbido de se afeiçoar pela dor alheia. Existem essas figuras nesse mundo desalmado. Os humanos são complexos e o mal habita gente ruim, espalhadas por aí, evite.

Vou subir o tom e lembrar o grande Gilberto Gil “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte... “Linda música! Isso é importante, viver cada dia como eterno. Dormir com os anjos e acordar agradecendo o Sol nosso de cada dia. Não pensar na fragilidade e não acreditar na capacidade de viver perfeito, sem falhas e sem dor. Viver é difícil, muito.

Então amigo, vamos tocando os anos qual boiadeiro a sua boiada, meio sem rumo, tangendo o gado, levando o que não é teu para outras terras, correndo o risco da perda, sem medo, sem pensar muito, só de olho nos bois...

Pirangueiros Club


Pirangueiros Club

Primeiro vamos definir o PIRANGUEIRO: na minha terra nordestina é o famoso pão duro, mão de vaca, ruim de jogo, aquele que não se coça nunca! Na hora da conta é o primeiro a atender um celular e correr para o banheiro (golpe antigo), ou seja: um sujeito CONTROLADO!!!! Esse termo é o mais polido para o cidadão que conta centavos e adora promoção e 0800. Ser convidado para um evento de luxo é o sonho do pirangueiro.

Conheci e conheço vários! Tenho uma teoria: essa “doença” é genética, não tratável e contagiosa. Os que nascem pirangueiro morrem pirangueiro como o Pai ou a Mãe do clube também. Sim amigos, há um clube secreto de pirangueiros, não tenho dúvida, eles se encontram para discutir a forma mais econômica de viver essa vida curta (por economia do criador) e difícil. O grito de guerra do Clube é “É ruim hem!”, colocando a mão rapidamente no bolso, como um Hi Hitler ao contrário. No bolso trancado não sai dinheiro, entendes? Os encontros secretos devem ser em uma caverna junto de uma estação do metrô e a luz de velas para não gastar energia. Esses “morcegos” do capitalismo vão para os encontros preparados para discutirem as promoções da semana, o “peixe-urbano” do dia, o aniversário do Guanabara (leva quase três meses), o melhor aparelho falsificado do camelódromo, a pizza mais vantajosa (compre uma e leve três), a gasolina mais barata da cidade, os aparelhos com o carimbo da Procel, papel higiênico que raspe menos, etc..

Amigos, podem se inscrever no Pirangueiros Club, a inscrição é grátis! E você gozará das alegrias do custo ZERO! Alías o zero é o número da sorte, 0800 uma maravilha! A vida fica mais leve (você emagrece) e as alegrias virão sempre dos amigos, dos presentes, das colaborações. Pense grande e gaste pouco, esse é o lema! Meu cunhado (Tota) é o diretor financeiro do clube, cabra bom! Viajou a Europa toda, quando jovem, sem pagar 1 hotel ou abrigo! Sabia dormir em estações de trem e praças públicas, mochileiro de verdade: sabe acampar sem Camping e sem barraca! Ele conseguiu ir com a mulher para Buenos Aires e não deixar a coitadinha comprar nada! Nem uma bolsa de couro... Bota? Nem fudendo!!!! E ela voltou conformada... Assim como na cidade maravilhosa fez o percurso Leme-Leblon à pé! Parou para tomar um chope e aparecer na foto. Meu herói!

Temos o presidente honorário, meu sogro. Tem um busto, logo na entrada do clube, com ele de mãos cerradas sobre a placa de Latão (bronze é muito caro, ou very expensive!) com os dizeres “Gastar prá que?” Um orgulho na família! Até a letra dele é miúda, o sujeito é capaz de escrever a bíblia em um guardanapo de papel (que é “di grátis” em qualquer botequim da vida). Saco de supermercado, cafezinho, prova de queijo, margarina, vinho e suco, maravilha! O pirangueiro adora um supermercado. Eu, como aprendiz ainda, adoro promoção relâmpago: “Queridos clientes, vai começar a promoção do bacalhau da Noruega, aquele delicioso bacalhau de domingo está AGORA por R$25,00/Kg. Venham correndo que o estoque é pequeno e está de graça”. Eu saio atropelando as velhas, um empurra-empurra gostoso até agarrar o rabo do bicho e dar uma pisada no dedão da negona que, sabidamente, deu uma chave de sovaco no peixe salgado... Levo meu troféu prá casa todo feliz! Azeite de R$ 14,9 por R$ 7,80 é uma alegria só!

Enfim, hoje sou bem mais feliz por pertencer a este seleto clube de economias e alegrias: Pirangueiros Club!

Venham! Os 10 primeiros ganham um porquinho-cofrinho na inscrição. Meu sobrinho Dédé, ganhou novinho do Pai e já encheu o dele: está rico! Um promissor executivo de uma Multinacional do petróleo, menino de ouro (o Pai fala todo orgulhoso) que, se Deus quiser, vai ficar milionário com o Pré-sal e quem sabe me pagar um cafezinho...


Roberto Solano

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Que venha o verão


Que venha o verão

Com seus calores e odores

Suas fêmeas aquecidas, coxas doiradas

Machos atentos, talhados ao sol

Sexo ao vivo e em cores praianas

Venham logo as cervejas geladas

As brisas suaves e aquecidas

Coqueiros verdes e sandálias

Os pés queimando, o mar chamando...

Que tudo seja breve

Que o Sol se ponha

Que os amores durem

Que o outono volte

Que venha o mês de Maio

Logo, correndo, apagando o fogo

Fogo do Verão que tanto amo

Mas esqueço e troco pelo mês das Noivas...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O julgo


O julgo

Nascemos todos com o direito de escolher o dito certo ou errado. Falo dito, pois fomos educados para fazermos nossos julgamentos calcados em sólidas lições de família. Um dia vamos saber julgar e classificar os atos certos ou errados, tudo muito complexo e difícil, para uns. Outros sabem o que é certo e massacram o erro, como se mata uma barata imunda. Loucura...

Eu vivo pensando em não ter muita certeza de nada, de classificar todas as verdades como uma paixão passageira. Tenho convicção que sou um mutante nas idéias e a minha verdade é falsamente temporal: hoje acho certo e amanhã vou reaver o meu conceito e desfazer a minha verdade, sem pudor! Agora mesmo já estou arrependido de começar a escrever sobre assunto tão sério e delicado. Vou em frente!

Julguei e tenho certeza que você está errado! Pronto, danou-se tudo, tenho que manifestar? Fico calado ou digo o que acho e fodam-se você e teu mundo? Vou engolir esse amargo purgante para manter a nossa amizade ou o nosso negócio? Enfim, sempre é difícil, e pior, vem a rebordosa... A raiva do depois... Devia ter falado, era a hora certa: fui fraco e medroso. Merda! Agora quem está errado sou eu! Frouxo e burro, deixei-me levar pelo medo ou compaixão. Que ódio!!!!

É colega, julgamos tudo e todos para no final sofremos por não entender o mundo e as pessoas, cremos em uma realidade que não existe nunca! E pior, ficamos doentes com os dissabores da nossa consciência errada.

Ser Juiz é difícil e duro. Sofrer pelos teus erros é pior. Então que tal usar da sua capacidade de ser um errante, que tal? Admita que és fraco, creia na tua força instantânea e duvide da tua palavra eterna e totalmente verdadeira, seja um tolo. Temos que nos dar o perdão fácil e tranqüilo. Vamos usar a noite bem dormida para reparar erros das nossas verdades despejadas nos outros. Apagar nossos erros de avaliação como um corno manso bebendo sua dor no botequim da esquina, e rir para não chorar.

Pois é, mais uma vontade de mostrar que nada é definitivo realizando esse desejo no papel. Espero, sinceramente, que você não me julge mal, que não me condene ou tenha raiva de ti, por ler até aqui, por acreditar que esse louco que escreve iria te trazer boas novas ou uma verdade verdadeira nesse imenso mundo de mentiras.

Pense nisso, é o que te peço amigo! A verdade não existe sem a mentira, o certo sem o errado, o preto sem o branco, só um arco-íris de misturas insólitas que pode te salvar: só o poeta dentro de ti é que vê certo. Seja mais criativo, leve, solto, como o vento que derruba as folhas da vida e que apaga tudo. Seja feliz!