terça-feira, 17 de setembro de 2013



Coisas que invejo

 O sossego dos simples, uma sombra mineira, um cigarro de palha
O carinho de mãe no gesto do perdão eterno, na aceitação do erro
A esperança de amar o amor impossível, com o ídolo da banda no coração
A aceitação incondicional de amor ao clube querido e rebaixado

 O sorriso do catador de lixo no seu “bom dia doutor”, desarmando-me
Os cânticos de fé da hora do almoço nos canteiros de obra que passo
A maquiagem exagerada da feia-linda que vive feliz como faxineira do hotel
Os mais alegres dos tristes enfermos em hospitais abandonados...

 A preguiça dos felinos bem alimentados e o mastigar eterno das vaquinhas
Os olhos intrigantes das corujas e o passo descompassado da girafa meio bêbada
O eterno balançar nos rabos dos cães de rua farejando comida e doando atenção
Passarinhos que voam tão simples, com coração tão rápido, por vocação divina

 A velha baiana que amassa o camarão para dar sabor ao vatapá perfeito
 Quem inventou o Caruru? Era um doido ou gênio desconhecido da humanidade?
 Os homens que acreditam na cura, mesmo as mais impossíveis, na pura fé
 Os que amam sofrendo e os que sofrem amando por simplesmente amar

 E por final a sua boa vontade de ler esses pensamentos que escrevo sem direção
Admiro por demais!
Obrigado!

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