Mestre Pastinha
“Pastinha já foi à África prá mostrar capoeira do Brasil” canta Caetano Veloso. Verdade mesmo! O nosso capoeirista maior fez história.
Eu sempre admirei as artes marciais e hoje tenho que admitir que cada uma tem seu valor; porém, a melhor para uma boa briga de bar é a capoeira. No confinamento de um bar ou festa o “pau come” como se diz na minha terra. Já vi brigas em bailes de carnaval, lá no Recife e as cadeiras quebram nas costas dos adversários, garrafas são partidas e usadas como facas, furam, cortam, no vale tudo da velha e boa “porrada de botequim”. Se você, caro leitor, tivesse que escolher a luta que mais te salvaria nessa selva de animais humanos alucinados, qual escolherias? Judô? O velho e bom jiu-jítsu? Boxe? Ou uma boa malandragem???? Eu fico com a última! A capoeira, com seus saltos e gingas, rabo de arraia, rasteira, jogo de angola, santa Maria, São Bento pequeno e Cavalaria: capoeira prá matar! Essa técnica te permite defesa á distância, fuga estratégica, usar uma navalha na ponta do pé. Meu mestre Guino (shiran em Judô) me contou que foi ver, lá pela década de 50, uma demonstração do mestre Pastinha e assombrado ficou ao analisar a luta e compará-la com as técnicas de corpo-a-corpo dos nipônicos. Ele disse “Para enfrentar um homem desse só com uma arma de fogo!”. Isso foi quando o pastinha colocou uma navalha no pé esquerdo e convidou quem queria enfrentá-lo com faca. Alguém aí se habilita? O grande mestre ali “avoando” como um pássaro cortante, dançando na frente do povo incrédulo e mostrando até aonde o adversário podia chegar perto, com um ventilador alucinado você se assusta! O Japonês se assustou...
Então, na vida de hoje, a garotada deveria prestar mais atenção à beleza cultural dessa dança autentica brasileira, que pode virar um boa luta depois de muito treino. Nos vale-tudo da televisão é outro papo, aquilo é falso, não é a vida de um mortal não. Na vida temos que ser malandro, atacar, recuar, fugir, fingir, tudo isso você encontra lá, na velha e boa capoeira.
sábado, 3 de março de 2012
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