sábado, 4 de maio de 2013

A cor do amor







A cor do amor

Boca minha e boca tua
Desejam-se escravas do amor

Língua minha e língua tua
São soltas e indefesas no “exclamor”

Braços meus e braços seus
Apertam-se tal parafuso de aviador

Pernas minhas nas pernas suas
Enlaçam-se como macarrão no escorredor

Vida minha dentro da tua
Planta-se no jardim do lavrador

Tua vida dentro da minha
Colhe-se no jardim do caçador

Vamos vivendo no  amor e dissabor
O que não sabemos nem mesmo a cor
Do que chamam de amor

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