Contando os anos
Fazemos no fim do ano e nos aniversários. Passamos na matemática da vida com mais um ano. Bom. Muito bom, mas o que nos serve essa lógica anual? Porque não contamos dias e talvez horas? Simples: nunca achamos que o fim pode chegar... Só o fim do ano! Maravilha, promessas, pensamentos positivos, sete pedidos, pulando ondas. Não tenho muito desejo de ver essa contagem programada pela mídia, pelos homens normais, não gosto, fiquei chato. Talvez triste...
Do outro lado vejo infinitas formas de acumularmos vitórias, estórias e fracassos. Que tal contarmos cervejas? Tomou quantas esse mês? Piadas? Riu muito essa semana? E sexo? Legal essa conta, bem interessante. Tenho a teoria da milésima trepada, você já deu? Vamos lá. Começou o filme quando tinhas 15 anos, lento. Até os 20 anos computaremos 5 anos x 1 por semana x 4 x 12 = 240 cópulas... Daí você se apaixonou passou a ter a namorada na belíssima conta de um dia sim e outro não em mais 2 apaixonantes anos: 2 x 3,5 x 4 x 12= 336 transas. Um total de 240 + 336= 576 relações sexuais! Mais da metade do caminho foi percorrido! Que sucesso, rumo à milésima!!!
Então, vamos casar? Que tal passar o primeiro ano dando uma todo dia? A mulher é linda e o pinto é jovem! 1 x 7 x 4 x 12= 336 “totadinhas”!!!! Chegamos então nas 912 trepadas colega! Show de bola e você só tem 23 anos! Casado e com a vida pela frente, delícia! Agora estamos próximo do gol 1000 ! Tudo certo com a vida e você já pode se declarar um “amante latino”! Sim, aquele que faz a mulher subir pelas paredes com uma mordiscadinha na orelha!!! Cabra bom !!!
Contar milhões pensou? Tem gente que estoura champagne no primeiro milhão de dólares (só vale dólar, certo?) e segue ganhando dinheiro e talvez problemas (esses não dão prá contar). E amigos? Já contou? Notou que você tem muito mais dedos que amigos? Olha a sinceridade colega! Não valem os amigos das vacas gordas no pasto não! Tem que contar na seca braba mesmo. Você vai descobrir que nessa conta se diminui mais do que se soma, a máquina da vida é severa e quando observas os amigos são falsos ou corredores. Cuidado...
Pois é, tudo é convenção. Eu gosto é de contar estórias e observar passarinhos no céu, sem a maldita matemática dos anos com os cabelos brancos. Como diz o ditado “um dia de cada vez”, isto me basta!
Vamos contar estrelas no céu?
Feliz ano novo, só para não ser mais chato com o amigo leitor.
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