terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Reciclar

Reciclar
 Essa palavra é tão importante quanto ser feliz, amar, ter sucesso, etc... Ela envolve um conceito maior: o querer reciclar. Alguns lixos indicam, aqui plástico, ali lata, acolá detritos orgânicos, acho bacana e racional no mundo em que jogamos tudo fora. Basta querer e fazer no tempo certo a reciclagem da vida. Sim. A vida é uma eterna reciclagem, para aprender ou rever conceitos, quem sabe resgatar amigos do passado. Nada será como antes, nem você se esforçando muito; sua bunda vai cair, cabelos brancos virão, uma dor aqui, uma depressão, um novo amor! Basta reciclar para entender que não dá mais para correr no mesmo pique, que a ressaca vai se tornando mais cruel a cada dia, que Pelé foi o maior e hoje não vale mais. Que merda é perder os ídolos! Eles se vão (menos o Keith Richards, claro) e outros ficam por falta de um melhor, na música é assim, tão ruim que a garotada gosta de Pink Floyd e Led Zeppelin como se fosse eu na juventude. No carnaval a coisa fica crítica! Não “rola” uma marchinha bacana e os sambas estão fracos, então só resta cantar “me dá um dinheiro aí” ou “quem não chora não mama”, o jeito é reciclar!

 Uma coisa não se recicla: a maldade humana! Estão queimando gente viva como no passado, cortando cabeças, matando em nome de Deus! Outra que nunca mudou é a solidão... Hoje ela vem disfarçada em aparelhos celulares e facebooks, pensamos que temos amigos “virtuais” e ficamos horas na frente da telinha se sentindo querido; no futuro teremos enterros virtuais! O parente vem a falecer e a família manda “on line” a cerimônia fúnebre para todos, sem desgastes e com possibilidade de condolências em vídeo conferência, vai ser bacana. Casamento não terá mais, talvez uma festinha para os pais, o resto é despesa e aporrinhação. Formatura já deveria ter acabado há muito, coisa chata e enfadonha, é bom reciclar esse conceito já! E o Brasil? Vai reciclar? Negócio complicado... Vamos falar de carnaval, das bundas pneumáticas e do pau de Selfie, pois reciclar dá muito trabalho!

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