domingo, 2 de fevereiro de 2014

Dois amores


Dois amores

    Sortudo eu! Disse-me em um momento de breve reflexão: tenho uma mulher adorável e ganhei “de brinde” uma sogra fantástica! Como? Uma sogra??? Dirá o desconhecido leitor... Como pode? Eu também não sei explicar, mas loterias acontecem. Sempre disse para mim mesmo “sorte no azar” é o que carrego em minhas preces diárias para São Judas Tadeu (santo forte) e São Bento (meu irmão de colégio), casei: azar! Sogra: sorte! Me dei bem.

    Os amores são esses, falo de mulheres, o que é difícil. O amor feminino é, como diz Gilberto Gil: “O amor é como uma rosa no jardim, a gente cuida, a gente molha, agente deixa o sol bater prá crescer... A rosa do amor tem sempre que crescer!” E eu, jardineiro de primeira, cuido das duas. Existem as ervas daninha sempre invejando e querendo contaminar esse jardim. Eu reajo! Vou capinando e levando, a duras penas, esse trabalho tão digno de cuidar dessas flores sensíveis, e com espinhos! Cuidado. O Chico Buarque, em Nicanor, dizia: “Onde andará Nicanor? Tinha mãos de jardineiro quanto tratava de amor...” Então vou levando, tal qual Nicanor, meus dois amores vida a diante.

   Agora ELA está aniversariando com 80 velinhas (não velhinhas, por favor!) e, triste estava com esse novo adereço de velha. Oitenta anos, quem? Eu? Via seus olhos verdes marejar... Matutei, matutei e descobri (São Bento lá de cima me cutucou) que oitenta em Frances é 4 x 20. Entenderam? Ela entendeu! E passei a chamá-la de “Madame quatre-vingts”! Não é lindo! Ela está novamente sorrindo, a caminho dos seus quatre-vingts- dix neuf, com certeza e a ajuda, neste caso, de São Judas Tadeu, amém.

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