terça-feira, 10 de junho de 2025

Lágrima seca

 Lágrima seca 


Derramo minha lágrima seca

Nas mãos sujas do mendigo 

Ao ver a freira, escrava de Cristo 

Na criança que chora de fome

Sobre o chão seco do sertão 


Uma lágrima seca e esturricada 

Ao ver o destino torto do país 

De tanto chorar para o amanhã melhorar 


Minha lágrima seca não vai, engulo

Ela representa a morte da alma

O absurdo da falta de amor

A vitória do desamor

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