sábado, 19 de junho de 2021

Sou lixo


 O desespero nas mãos

Não tenho rosto

Vivo do lixo

Sou o que não há 

De humano


A pobreza é dura 

A miséria vira  meus calos

Sou gente e não lixo

Vivo do lixo dos que comem


Sofro.


Foto de Noilton Pereira

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