sábado, 16 de julho de 2016

Como formar um bandido



Como formar um bandido

  Hoje vi uma cena inusitada: uma mãe jovem com um menino de 3 a 4 anos, ativo e gordinho, uma criança normal. Ao sair do avião essa criatura foi amarrada numa espécie de cinto de alpinista com uma corda de uns 3 metros, o “animal” estava preso e começou a andar, ou melhor, correr, com a mãe que queria pegar as malas e seguir seu destino. A andada foi grande, pois o aeroporto do Rio de Janeiro está em ampliação e, com os jogos olímpicos, creio que já foi planejado um aquecimento para os atletas que por lá vão chegar. Andamos uns 10 minutos e o nosso herói cansou... A mãe chutava a criança para se levantar a puxava pelo braço como se puxa um cabrito, ou um bezerro, sei lá... O animal (vamos ver por esse ângulo) não queria prosseguir, chorava como bode embarcado, e era arrastado pela novíssima e lustrosa pista de granito. Após a caminhada olímpica ele ficou esperando as malas sentado no aço duro e frio do carrinho, chorava de dar pena, e quando se levantava era recolocado (com os ovinhos triturados) ao lado da 1ª mala, berrava... E tome esporro em tudo quanto é língua (acho eu que a mãe era brasileira morando no exterior), tadinho, com fome e amarrado, um cão, um futuro doente mental, ou bandido. Não havia quem tivesse a coragem de abordar a jovem para um conselho ou uma oferta de ajuda, uma milagrosa jujuba talvez fizesse o serviço, quem sabe?

 Agora tenho a certeza que teremos mais pessoas desequilibradas e com graves transtornos no futuro, graças a essas mães doidas e à “coleira” infantil! Alguém já viu esse acessório por aí? Os psicólogos terão um bom faturamento no futuro com esse produto! Deus me livre! 

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