Um tema difícil
A Martha Medeiros na
sua crônica “Elogia à memória” tece sua impressão sobre a morte e suas formas: “Se
temos que morrer um dia que seja abraçado às nossas recordações”, é muito poético...
O médico Richard Smith disse que o câncer é a melhor forma de morrer. Será? Ele
tem sua visão com 62 anos de idade, e as crianças doutor? Os que não têm recursos?
Não vejo dessa forma “romântica”, vejam um trecho da entrevista aqui:
Enfim, o que ele
coloca tem um sentido de quem viveu muito e viveu bem. O problema está no aviso
prévio! Você prefere receber uma sentença de morte para daqui a um ano ou enfartar
de vez, morte rápida, sem aviso e, de preferência dormindo daqui a um ano? A
fabulosa Martha diz que gostaria de “contabilizar” erros e acertos, amores e
decepções, etc... Será? Vem à pergunta na minha cabeça: além da porta da vida
haverá recordações? Carregaremos bagagens dessa vida? Teremos força para
entendê-las? Faz sentido isso? Acho muito complexo e até absurdo generalizar
assunto tão facetado.
E a demência, o que será?
Creio que até certo ponto há um auto-entendimento dolorido do processo, tal
qual a administração de um tumor; mas depois a família sofre muito com o
acompanhamento da doença, muito triste para quem fica.
Resumo, o que falta é
uma medicina de pós e contras a favor do adiamento da morte, que possa dar
conforto e até abreviar sofrimentos, sem romantismo e sim com muita certeza de
que fez o certo e o melhor contra a dor, isso sim bastaria.
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