Você tem sido um forte?
Nós temos medo, é natural, é a defesa da inteligência menor. Os bichos são assim: ao menor ruído correm e escondem-se, se estão feridos ou fracos viram presas fáceis. A vida continua com uns devorando outros e os mais competentes sobrevivem. Não falei nada até agora, não é? Então vou pegar pesado.
Você se acha um forte? Tens vitórias de heroísmo e pouco egoísmo para mostrar? Sabes gerenciar uma crise familiar com atitudes duras e corretas? Choras escondido para não demonstrar o teu lado frágil? Suporta gritos e desesperos com absoluta postura de quem entendeu o problema e pode ajudar? Efetivamente teu colo é aberto ao desespero alheio? Tens candura no olhar e firmeza e otimismo nas palavras? Sabes dar conselhos sem serem imbecis e fáceis do tipo “Isso vai passar”!”ou” Não fique assim minha querida (o) amanhã tudo se resolve, tem fé! “ . Complicado mesmo...
O forte, antes de mais nada deve ser um ator. Isso é claro. O ator sabe fingir e convencer a platéia: faz chorar, faz rir, passa confiança, convence. Isso basta para ser o vencedor? Não, claro que não, mas garante uma vaga na semifinal do campeonato da vida. Um pai molenga e bobão vai educar melhor que um enérgico? A mãe que chora mais que a criança ferida será bem lembrada no futuro? O beijo confiante de boa noite, mesmo sabendo que o dia seguinte será mais dolorido, é uma atitude de amor, mas depende da Fernanda Montenegro vestida de mãe, ali, forte e presente como o papai Noel imaginário na cabecinha infantil. Educar é dar exemplos! Como fazê-lo se estamos fracos, com problemas, tristes por motivos mil? Sendo um bom ator!
Estou tentando melhorar a minha capacidade de passar otimismo. Tenho que melhorar o visual: você acredita em professor de ginástica gordinho? Vou ser mais calmo e ponderado no falar: você crê em um “esporro bem dado”? Serei mais atuante: alguém acha que acordar tarde e trabalhar pouco trás o sucesso? Vou sorrir muito! Melhorar as minhas piadas meio imbecis... Enfim, quero ser um bom ator.
Quem indica uma escola?
domingo, 12 de fevereiro de 2012
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