terça-feira, 14 de setembro de 2010

Virando uma página

Virando uma página

Virando uma página

Sim, da vida. Recebo notícias de sobrinhos e filhos de amigos casando, “meninos” de 25 anos que buscam uma vida nova, fora do antigo e saboroso lar materno, é o amor (canção sertaneja!) que bate mais forte, e a vontade de mudar de construir o novo, ser adulto. Casar é comprar responsabilidades e problemas, que estão nas prateleiras desse enorme supermercado que é a vida, hora de crescer e assumir, e assim é que tem que ser.
Vamos falar um pouco dos Pais que vão virando essa página da vida. O dever de alimentar, educar, dar, é forte, mas o desejo de posse é grande, explico: Os pais têm um lado “material” de amar filhos, querem TÊ-LOS; é difícil comandar e depois ser promovido à recruta! Assim me sinto, um recruta que já foi general e vê seu colega de quartel ser promovido a cada dia, mandando em você, com medo, mas sereno, e tendo a certeza que vai largar a farda. Você vai ficar um General sem tropa, e isso dói, pior mesmo é ficar sem guerra. No teu quartel, solitário lar, vais assistir os “meninos” partirem, seguros e de armas na mão! Vão lutar em outras batalhas e prometem cartas e notícias, quem sabe umas visitas á cantina do forte? Comida é sempre bem-vinda, não é mesmo? Até porque eles não gostavam muito desses serviços pesados da cozinha. Os Pais, ficando na solidão que é o único caminho previsível. E as Mães? Essas são as menos preparadas para o desmame, querem ter a cria junto, sofrem mais.
Estou falando do óbvio, dirá o leitor. Certo! Respondo com uma certeza absoluta da página virada, mais uma etapa que começamos a viver, nessa caminhada para a velhice. Sorte dos que casam, vão ter filhos, e você Vôvô vai ser um General das fraldas!

Roberto Solano

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