segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Coronel Siqueira Brito

 Coronel Siqueira Brito


Essa figura viveu no nordeste e, dono de terras, era respeitado como tal. Na época um dos seus filhos, um rapaz franzino e de muita " sensibilidade" foi estudar em Paris. Anos se passaram até o retorno do agora doutor no porto do Recife. O herdeiro da macheza do pai desceu do navio com o diploma nas mãos, pele alva e mãos muito finas, a voz estridente já dizia tudo " que saudade painho ", com um aceno pouco atrativo para o pai. O coronel colocou o filho nos trilhos dizendo " vamos deixar os abraços lá pra fazenda" e acenou para o motorista buscar a viatura. O rapaz entendeu que o pai não tinha mudado muito, mas a vontade de contar as novidades da terra dos perfumes e da moda era muita e, assim, desandou a falar na viagem. O coronel na frente, ao lado do motorista, calado. A estrada de terra e o calor não ajudava o tempo a  passar e a voz delicada do passageiro veio em solicitação " painho, eu preciso urinar ". O coronel, de pronto, respondeu " meu filho aqui no nordeste se mija, entendeu? E mijo quente e grosso..." Em francês o suspiro " ó mon Dieu"... É urgente painho... O coronel mandou encostar o Ford e saltou do carro para abrir a porta para a criatura se " aliviar" no mato. "Vá pra traz da moita pra se desanuviar". O moço saiu um tanto o quanto com andar apertado e o coronel atrás com a arma na mão... O motorista, ao ver a cena, gritou " Coroné não faça besteira! ", O coronel respondeu curto e grosso " se acocorar eu MATO ! " 😁

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