quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Calçadão e ciclovia



Calçadão e ciclovia


 Adão e Eva, Cosme e Damião, Feijão com arroz, calçadão com ciclovia, e outros exemplos de casamentos perfeitos... Rio de Janeiro com mar, lagoas e vistas inebriantes: o lugar perfeito para uma caminhada ou pedalada ao ar livre, certo? ERRADO ! Hoje, meu amigo, o mundo mudou para pior, não há sol e brisa marítima que faça o carioca ser leve e solto como era no passado: praia, mergulho, um chopinho na esquina e a alegria de morar no lugar mais lindo e aprazível do mundo! Exagero, diria algum Recifense... Qual nada! O Rio era “ The Best “ até ficar desassistido e pobre. Hoje o nosso governador de pé grande (antes fosse da terra do saudoso Garrincha) está sem pagar suas contas, o milagre do pré-sal não aconteceu; nosso prefeito (quase perfeito!) esburaca a cidade toda e, pensando nas glórias olímpicas, levantar uma faixa presidencial futura, faz a ciclovia mais linda desse mundo! Sim, amigos, vocês já passaram na av. Niemeyer? Não? Que pena... Deixou de ver a vista do mar azul e das ilhas Cagarras ao longe, da briga incessante do mar socando as pedras, o verde que cobre montanhas ao longe... Hoje você verá uma ciclovia tapando quase tudo, então vá de “bike”, certo? Não, colega, errado novamente: a tal pista é estreita e as colisões serão espetaculares (acho que há uma ponta de dinheiro do Globo para aumentar a audiência do Faustão nas vídeo-cacetadas); teremos de tudo um pouco: ladrão, camelô, andarilhos, gringos, skates, motoqueiros, samba de roda (de bicicleta é claro!), putas e outros frutos da terra, menos um calçadão! Aí é que mora o problema! Uma ciclovia CONFINADA! Sabe aquelas motos que se cruzam na “roda da morte” em circos do interior, zummm, zummm, e você tonto esperando a colisão, sabe? Nunca viu? Venha pra cá que será mais divertido! Onde tem ciclovia sem uma calçada do lado para servir de escape? No Rio teremos ! A cidade maravilhosa vive sua festa dominical no formigueiro humano que troca a areia pela calçada quente e atravessa a ciclovia para chegar à rua, com a turma que volta no ciclo contrário (rua-ciclovia-areia); isso transversalmente à orla marítima, já no paralelo tem de tudo: velho, criança, sorveteiro, gringo, mulher quase nua, etc... Uma verdadeira festa! Isso porque existe um casamento perfeito (volte para a primeira linha). Agora acabou a calçada e a ciclovia ficou viúva... Solitária vai viver sofrendo e enfeiando a nossa linda Avenida Niemeyer; só tenho pena dos ciclistas desavisados que vão frequentar aquela serpente que margeia o mar, vão sofrer com esse casamento desfeito (calçadão com ciclovia) e trarão péssimas lembranças do passeio... Que Deus os protejam !

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