sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Copacabana me engana

 Abundantes criaturas aflorando da areia

Copacabana me engana, esconde o super amendoim

O Cristo Redentor faz sua presença, se faz crer 


Só quem aqui vive entende

O belo no insólito

A imaginação da natureza

O homem criativo 

Sobrevivendo na areia


De Copacabana



Foto de Luiz Bhering

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Desfolhando sonhos


Desfolhando sonhos 

Desfraldando esperanças

Fui pra lá do além

Sem medo de ouvir


Estava no caminho nublado

Do amor

Deslizando nas palmas

De outros corações

Galopantes


E no trevo do saber

Escolhi

Na estrada da vida

Descobri


Que sonhar para amar

É amar pra sonhar

Simplesmente


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Verde verdejante

 Verde olhos, verde água

Verde Garcia Lorca

Que te quer verde 


O verdejante do olhar

A tépida água

Emana amor


Um amor tão grande

Tão descaradamente puro

Que o verde mais verde ficou




O amanhã

 Do manhã não digo

No hoje respiro

Ontem, suspiro


Posso ver o nada

Sem nada dizer

Medito


O infinito dividido

É ainda infinito

Já o amor...


Então viva 

Ame

Sem amanhã

Só o hoje

Infinito

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Botão de flor

 Botão de flor


Como uma grávida tu és

Sensível, a flor da pele

Em botão invades corações

Apaixonadamente bela 


A flor que serás 

A invasão de cores

O devaneio de amores

Tudo em ti, botão


De flor, cores e amor

No amanhã de sol

Terás mais e mais

A alegria da vida

Árvore seca

 Sou árvore seca 

Vou pescar o Sol

O mar vermelho abrasando

E peguei o peixe Sol


Pescaria difícil

Escorregadia criatura

Não é que ele fugiu...

Foi engolido no horizonte

Bicho danado e bravo


Que só




Foto de Joel schavianato trentin

O silêncio das letras

 O silêncio das letras


No silêncio das letras guardo segredos

São tantos quanto as entrelinhas

Escondidos no susto do parágrafo

Entre vogais mudas


Preciso do silêncio das letras

Elas são surdas e obedientes 

Se falam não sei, só gritam

No ranger das vírgulas 


Preciso do silêncio das estrelas

Da tinta que choram

Pra escrever minha dor

Na ponta da caneta 

Lágrimas sem cor

Desespero e desamor