domingo, 18 de dezembro de 2016

A moeda gratidão



A moeda gratidão

 Nas crises financeiras o dinheiro fica curto e, por vezes, acaba nos fazendo pensar nas outras moedas: carinho, amor, gratidão, etc... São moedas de troca e difíceis de serem avaliadas para quem dá e quem recebe, são subjetivas. Então, a gratidão permeia nas conversas, “papai foi bacana comigo e me emprestou uma grana”,” mamãe, tadinha, só pode emprestar o carro uma vez por semana, a vida dela é dura”,” meu irmão, nadando em dinheiro e não ajuda ninguém, um safado, ladrão, corrupto”, e por aí vão às comparações de quem dá e quem recebe, isso nas famílias de boa educação e mínima cultura, os pobres tem outras regras mais claras e diretas: “ esse mês já emprestei 5 kg de feijão pra vizinha, tadinha, está desamparada, sem marido (foi preso), o filho saiu de casa, tadinha”, tudo claro e objetivo, simples assim.

 Voltemos à gratidão perguntando se ela funciona mesmo ou é uma ilusão que criamos? Meu pai dizia “nunca negue um favor, dê um pouco, mas dê, não vão te pedir mais”; o velho sabia das coisas e matava na raiz o problema do “pedinte”, sem magoar, fechando a porta no futuro. Se quer dar não pense em receber! Isso sim vale como regra, o dado não volta, por isso aprendi a não dar presentes no Natal, aniversários, etc... Sou um chato! Pronto! Melhor ser chato do que “ mal visto “ ou passar por bobo. A solução é beber a gratidão e a ingratidão, não trate-a como moeda, não resolve o teu sentimento, beba-a no bar oferecendo seu peito amigo, e só. Uma coisa é certa: a moeda gratidão se transforma em ingratidão no momento que falta o dinheiro no bolso, por isso não empreste, se emprestar esqueça, faça o que seu coração manda, mas lembre-se que coração não tem bolso, nem pernas como na piada do menino que perguntou: “papai, coração tem perna?” e a resposta veio “claro que não meu filho!”, então porque o senhor disse pra mamãe ontem de noite “abre as pernas coração?” Desculpem, mas essa foi terrível! Fico devendo (por gratidão de terem lido até aqui) uma boa piada!


 Feliz Natal

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Massacre em Aleppo



Eu detesto multidão, vejo fotos de homens, mulheres e crianças se unindo em fuga desesperada, o caso é assustador, é na Síria, o homem destruindo o homem, sua própria espécie... É como matar barata , sem dó, se mata gente ; isso é um assombro no mundo em que os poderosos assistem calados como sempre e, nós humanos de coração, sangramos a nossa impossibilidade de sermos mais humanos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

És fascinação amor



És fascinação amor


 Um sonho mais lindo sonhei... Vi o filme ELIS, encantado estou, mais apaixonado fiquei, mais orgulhoso ainda de ter a baixinha no meu coração. Imperdível é a palavra que define o filme! Nesse ano de amarguras e descrença me deparei sentado de frente para a telona do cinema, na boca da Andréia Horta senti meu coração bater mais forte, minhas pernas tremeram, ela estava ali, resgatada da parede da memória. O quadro caiu, bateu no meu dedão do pé inchado de levar topadas nesse ano desgraçado, eu sorri de dor, eu revi a mais linda emoção dentro da maior voz que já habitou nesse país de merda! O filme segue e fui envolvido, sem respirar, entre cenas fortes de uma mulher divinamente louca até os mais loucos rapazes da noite, a vida da arte e a arte na vida eu senti. Quando respirei um pouco senti o calafrio da repressão militar me torturar, que horror, que vergonha... Vi aquela mulher sair de casa nos braços do pai e se consagrar a maior cantora de todos os tempos, a vi trazer ao mundo compositores desconhecidos, acreditar na música como vida em vida, como um tudo só dela. O amor fez uma combinação mortal com as drogas e ela desabou como uma pedra caindo do morro derrubando casas, destruindo corações, me deixando torto de saudades dela, da voz e da boa música brasileira. Estou duplamente alegre em saber que esse ano termina em breve e, também, de poder rever minha musa musical, ali revivida neste filme fantástico!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Recebi uma liminar




Recebi uma liminar

Estava na cidade de Lumiar


Fiquei estarrecido até alguém me iluminar


Vá, meu amigo, até o Renan Calheiros se orientar

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Uma questão de vida ou morte

https://www.youtube.com/watch?v=IF0UFCuypQc

Poema de Ferreira Gullar - Música de Raimundo Fagner
(Album : Fagner - Traduzir-se, 1981)

Uma parte de mim é todo mundo

Outra parte é ninguém, fundo sem fundo.

Uma parte de mim é multidão

Outra parte estranheza e solidão.

Uma parte de mim pesa e pondera
Outra parte delira.

Uma parte de mim almoça e janta

Outra parte se espanta.

Uma parte de mim é permanente

Outra parte se sabe de repente.

Uma parte de mim é só vertigem

Outra parte, linguagem.

Traduzir-se uma parte na outra parte

- que é uma questão de vida ou morte -


Será arte ?

Uma parte de mim é permanente

Outra parte se sabe de repente.

Uma parte de mim é só vertigem

Outra parte, linguagem.

Traduzir-se uma parte na outra parte

- que é uma questão de vida ou morte -


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Esse ano de 2016



Esse ano passou a jato! E o jato caiu... Foi tudo muito rápido, sai a Dilma e entra o Temer, veio alguma esperança de melhora, mas a dobradinha Maia/Renan não colocou gasolina no avião da recuperação, então estamos todos tristes com a tragédia e, principalmente, com os comandantes da nação! Teremos força pra vencer 2017? Não sei...

 Estamos tristes com a sensação de desamparo, ou pior, de descobrir que quem governa é bandido. Isso é muito ruim! Uns acreditam no milagre da recuperação econômica pelas mãos de uns poucos ainda não corruptos, poucos e muito poucos... Chega o verão e vejo que uma ou duas andorinhas não fazem o verão. Não tem saída simples. Espero não rever um desmanche tal que venhamos a ter a força no poder, as restrições, já vimos esse filme antes.

 E agora? O que fazer? Bater panelas e reclamar, prender os corruptos e corruptores, aclamar a justiça como o único caminho, como uma solução, será? Não vejo nada de interessante pela frente, nem um líder, nem um amigo, nada pra nos salvar. As coisas vão se acomodar, em que patamar? Teremos que “cardápio” de opções?


 Acho que vou me candidatar! Pronto! 

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O homem e a máquina



O homem e a máquina

 Vivemos uma relação de amor com as máquinas, quase impossível viver sem elas, desde o carro, o avião e o computador. O matuto lá do interior é que tem risco zero, só se cair um avião na cabeça dele! Misture esse “amor” com o dinheiro, vai ver que teremos umas relações distorcidas, que em muitos casos gera a morte. Quantos morrem em acidente automobilístico porque tem muito dinheiro e compra um esportivo para se matar em uma estrada? Outros vão morrer por trabalhar em excesso e dormir na direção, outros tantos em veículos velhos, a turma da cachaça que bebe pela falta de dinheiro, etc...
 Então temos um tripé perigoso (homem, máquina e dinheiro) para analisar em nossas decisões em nosso dia a dia. O avião caiu e perdemos várias vidas, quem é o culpado?  Eu diria que foi o tripé! Ele falhou principalmente pelo homem encantado com o dinheiro, o contratante foi movido pela falta de recurso e fretou o avião, que por sua vez vive uma crise constante de TER que voar para pagar seus custos, e deu no que deu.
 Choremos todos por vivermos em um país pobre e mal governado, cuidem do seu tripé (não confundir com triplex!), e sobrevivam atentos. Lembrem-se de Gilberto Gil que canta “é preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”.


 A tempo: já fez a revisão de seu carro?

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Para refletir...



Passados pouco mais de 14 anos, este texto permanece atualíssimo.
Ganhei coragem
“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece“, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, ledor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora quando a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos“. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer aquilo sobre que me calei: “O povo unido jamais será vencido“: é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o “povo“ tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo... Não sei se foi bom negócio: o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de televisão que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia o povo e Deus andam sempre em direções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse, na montanha, para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro. Voltando das alturas Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os 10 mandamentos. E há estória do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras idéias. Amava a prostituição. Pulava de amante a amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou... Passado muito tempo Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos... E que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: “Agora você será minha para sempre...“ Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus. Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta. Mas sabia que ela não era confiável. O povo sempre preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhes contavam mentiras. As mentiras são doces. A verdade é amarga. Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos o circo era os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo. O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos. Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro O homem moral e a sociedade imoral observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se “responsáveis“ por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas. Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo, tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Meu amigo Lisâneas Maciel, no meio de uma campanha eleitoral, me dizia que estava difícil porque o outro candidato a deputado comprava os votos do povo por franguinhos da Sadia. E a democracia se faz com os votos do povo... Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói o ideal da democracia. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições – e a democracia - são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade. Uma coisa é o ideal democrático, que eu amo. Outra coisa são as práticas de engano pelas quais o povo é seduzido. O povo é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham. Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus Cristo foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a Revolução Cultural na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar. O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer. O mais famoso dos automóveis foi criado pelo governo alemão para o povo: o Volkswagen. Volk, em alemão, quer dizer “povo“...
O povo unido jamais será vencido! Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos... Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio, não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol (tive a desgraça de viajar por duas vezes, de avião, com um time de futebol...). Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e engolir sapos e a brincar de “boca-de-forno“, à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: “Caminhando e cantando e seguindo a canção...“ Isso é tarefa para os artistas e educadores: O povo que amo não é uma realidade. É uma esperança.
(Folha de S. Paulo, 05/05/2002)

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Sobre o Trump...

 Saiu no jornal O GLOBO de hoje ( 10/11/2016 )


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Presente de Natal



Amigos

 Repassando uma ideia que recebi de um amigo :

 "

Façamos o seguinte para o Natal: Compre os presentes de pequenas empresas e autônomas. Da vizinha que vende por catálogo ou pela internet, de artesãos, da amiga que tem uma loja no bairro, do pasteleiro que faz os doces artesanais, ao rapaz que tem uma banca no mercado ... Façamos o dinheiro chegar às pessoas comuns e não às grandes multinacionais. Assim haverá mais gente que tenha um melhor Natal. Se achas que é uma boa proposta, mande para os teus amigos. Apoiemos a nossa gente.
                                                                                                "

 Vamos ajudar os desempregados que foram vítimas da corrupção de desgoverno no nosso País !


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Meus amigos viraram carroças



 Meus amigos viraram carroças

 Eu também ! Somos pessoas que não temos mais liberdade de ir e vir sem alguém que nos leve ( ou carreguemos... ), isso é da idade ou das circunstâncias da vida moderna ? Hoje o trabalho te escraviza e o laser também! Sempre tem um acompanhante " aderido " ao programa, sempre. Por que ? Simples como a água da chuva que cai do céu : você não sabe mais viver só , nem por poucos momentos, tem sempre uma cobrança direta ou indireta ( celular, internet, etc... ). Aquele descompromisso de sair e não voltar, tomar um destino improvável, ou um porre bem provável, não rola mais... Sua geração não permite isso, e pior: a geração de teu filho vai ser mais escravizada. Exagero ? Quando você pode " chutar o balde " nos últimos anos ? Sem destino e obrigações ? Difícil né ? Pois é...

 A dualidade é que manda, um carrega o outro, o casal perfeito, o amor é lindo. Sim , muito lindo, até você querer respirar, como ? Não tem tempo pra um chope sem horário, uma pelada, um fim de semana com os amigos falando besteiras e tomando todas, quando ? Já era. Tua mulher também sente isso, teu filho idem, eles querem sossego e não sabem onde achar, não conhecem isso. No passado as mulheres eram submissas e os meios de controle não existiam ( fora a vizinha e a sogra ), tudo muito mais fácil, até mais criativo. Hoje é difícil " mijar fora do penico " e se sentir livre por um dia; Chico Buarque diz " pra mim basta um dia , não mais que um dia, um meio dia... " , acho que já previa a modernidade.Hoje tem adolescente se matando por um jogo ou por uma solidão obrigatória, sem amigos verdadeiros, sem perceber que ele está só e infeliz e , se der sorte, vai estar acompanhado por uma " carroça "a carregar. Como assim ? Assim mesmo ! Um celular, um jogo infernal, uma namorada exigente, uma vida travada em coisas previsíveis e sem sabor, na cobrança do sucesso.

 Estamos vivendo um mundo que não nos permitimos ser livres ( sem saber ) e vamos sendo carroças ou carregando uma. Nada fácil de entender e mais ainda de aceitar. Somos máquinas de produzir tudo ou nada, sem bons mecânicos pra nos ajustar, vivendo o compromisso com o tempo e com seus parceiros ( também não livres ), sem ter liberdade, sem viver sem luz e gás, somos componentes urbanos, peças do grande conjunto chamado cidade. E agora ? Vamos reagir ? Sair da rotina imperante e viver uma nova experiência ?

  Pensem, sem raiva, se não estamos, no mínimo carregando a carroça da modernidade, solidão e desprazer, em uma vida sem sentido.

 Liberdade, liberdade abra as asas sobre nós !

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O País da Hibernação



O País da Hibernação

 Não é na Russia nem no Alasca, é aqui em terras tropicais. O vento invernal e devastador do PT fez a economia congelar! As coisas não acontecem, as pessoas tem medo de ganhar e de perder; empresário não investe com uma parca oferta de crédito e sem comprador, lojas fecham, famílias se desesperam e vendem o que compraram, horizonte negro! Vivemos do que temos, não há outra saída se não a de hibernar : mínimo movimento possível, sem gastar energia, sofrer. A palavra é sofrer, no frio vindo dos desgovernos , um joga a culpa no outro, o grande " chefão " não sabe de nada e agora pode ser preso em um aquário ( o molusco é escorregadio ), a culta e amável presidenta está passeando de bicicleta e sorrindo do povo. Os estados na miséria absoluta, o povo vivendo um desemprego de 2 dígitos milionários , e assim vamos com um PIB já retraído e sem muita esperança de crescer, engenheiros sem trabalho, técnicos vendendo pipoca, e gente roubando galinha, que situação chegamos...

 Vai melhorar ?

 Só perguntando para um Urso polar !


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Aprendendo a usar o plano B

 Aprendendo a usar o plano B

 Sempre adorei o plano A, aquele que foi desenhado na sua cabeça para SER. Acontece que com o passar dos anos vamos vendo a vida como uma trilha sem setas indicativas, com muitos abismos e perigos, deixamos de ser andarilhos para sermos aventureiros. Acreditar na primeira opção e brigar por ela é a meta, ganhar, conquistar, ter sucesso e ser feliz, certo ? Meu amigo, a " banda " não toca desse jeito, há de ter uma outra opção e seguir em frente. Aqui no Brasil vivemos o plano B cada vez mais: o presidente é o vice, teu emprego já não existe, tua mulher está te traindo ou querendo, teu time não se classifica, e por aí vai a tua vida sendo redesenhada dia após dia. Quem é o culpado ? É você que nunca aceitou a segunda opção, que, por ser um campeão, só aceita a medalha de ouro! Vale à pena só querer ela ? Será que o mais importante não é competir ? Ser feliz com as conquistas e com os resultados parciais também! Ver o coletivo da felicidade, olhar para o lado e se adaptar à nova onda, ainda assim achar o jogo interessante.

 Voltemos ao Brasil de hoje, esse país que ainda não se definiu, sem personalidade, um lugar bom para viver e ruim para conviver com as desigualdades. Aqui são vários os planos, B, C, D ... Tome letra pra sobreviver, coragem para aceitar as perdas, força para dominar sua vontade de ganhar sempre ! Aqui só tem lugar pra ladrão! Esses são e estão bem por todos os lados, se protegem, são unidos e inteligentes. Pois bem, agora me lembrei, se quiser o plano A saia do país, ainda dá tempo !

 Sorte !

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Como são incompetentes



Como são incompetentes

 Hoje fiz a minha primeira viagem de metrô, na nova linha que nos leva da Barra da Tijuca para o resto do mundo (Zona Sul e centro), uma experiência comparável a um cego voltar a ver, fantástica! Como fiquei abismado com o tempo perdido em inúmeros engarrafamentos, encontros cancelados, consultas médicas adiadas, dinheiro perdido, muita ansiedade depurada pela língua seca e suor na pele, dentro de um carro ou espremido no ônibus. Como viver sem o metrô? Em poucos minutos eu saí do centro de Ipanema e fui agraciado pela contagiante beleza da lagoa da Barra da Tijuca, sorria! Você está na Barra! Lembram da placa que encantavam os motoristas que ao saírem do último negro túnel mergulhavam no imenso mar e céu azul, lembram? A mesma sensação de reviver me invadiu, o coração parou por alguns segundos e a mente se embebedou da beleza cinematográfica da lagoa sendo atravessada pela imensa cobra suspensa, sol, montanhas verdes, até a feia Igreja redonda ficou bonita aos olhos encantados do passageiro. Foi um sonho ou um susto? Acordei...

 Agora temos a solução esquecida nas mãos, para uso e desfrute, o futuro deu seu cartão de visitas para esse suburbano morador da Barra, agora sou gente! Porque não fizeram isso antes? Que incapacidade paralisou os homens do poder, quem não fez e por quê? Deviam estar presos! Meu Deus, agora posso dizer que aquele transporte do século passado existe aqui, é como sair de um jumento para uma Mercedes Bens, da máquina de calcular manual ao último PC da Apple, do celular “tijolão” Motorola para um smartphone, não tem volta!


 Vamos rezar, vamos cobrar, para que o povo vá as urnas votar por quem possa e saiba fazer, por um pouco mais de dignidade urbana, mais alegria e tempo pra viver nesse paraíso chamado de Rio de Janeiro.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Conteúdo e criatura



Conteúdo e criatura

 Hoje vi na televisão a gloriosa Fernanda Montenegro dizer que uma criança tem um conteúdo que não cabe na criatura. Achei uma visão bem inteligente e que nos faz pensar melhor sobre essas figurinhas humanas. Por vezes na vida adulta sofremos com conteúdos que não cabem no nosso interior: dores, decepções, amores perdidos, etc... As crianças sofrem desse mal de crescimento absurdo no interior pequeno, aquelas festas de arromba que você foi quando jovem em apartamentos mínimos, aquele jogo de futebol que você quase não vê a jogada e pula no gol aderido à massa, aquela emoção de ter passado no vestibular, isso tudo na cabeça infantil, no dia após dia do aprendizado da vida. Os homens são assim, tem emoções que sobem pela boca e podem explodir o coração, por isso enfartam ou perdem a memória, a cabeça entra em curto circuito. Agora pensem no adolescente que sofre desse problema arquitetônico (os móveis da casa são maiores que os cômodos) e ficam enlouquecidos com doses cavalares de hormônios, não é fácil não. Agora somos adultos! Que bom ligar a tecla “foda-se” e diminuir ou sumir com os problemas que crescem mais que sua cabeça, devemos tentar isso; digo tentar, pois não é fácil nem simples você caber no seu problema e ele em você. Ioga, respiração, rivotril, cachaça, etc.. São remédios de diminuir o tamanho de teus monstros, ou como diria Fagner “meus infernos diários”, não resolvem, aplacam.

 Voltemos ao ponto, ser ou não ser! Ser e caber? Cuide de seus monstrinhos internos sem perder a candura, sem deixar de ser criança: faça besteiras e ria de coisas bobas, converse com gente alegre, viva leve, pois a vida vai te levar um dia, espero eu que seja sem esse atentado terrorista interno, sem uma autodestruição mental.


 Te desejo saúde ! Amém.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Pagando pra trabalhar



Pagando pra trabalhar

 O nosso Brasil está nessa crise sem fim, sem solução breve, sem muita chance. Hoje vemos um país que vive sem futuro e sem um passado saudável: não temos a cultura da poupança e muito menos capacidade de adaptação (nunca tivemos guerras e somos uma terra tropical). Viver é levar a vida sem muita preocupação, brincar com o destino, ser otimista e feliz como um passarinho na primavera. Somos alegres por natureza e amigos das coisas boas da vida, futebol, cerveja, mulher e samba. Isso é ótimo! Ou era? O mundo mudou, a garotada está toda informatizada, a vida é tão virtual que faz o mundo ter um sabor irreal... Até... Você crescer e ter que sustentar tua vida e família. Ser jovem hoje é duro, poupar também.

 Outro problema é como a economia se autodestrói, dinheiro chama dinheiro, uma roda viva de produção e consumo. E hoje a roda parou, quem trabalha e fecha suas contas em dia é um sortudo ou funcionário público, um felizardo. Têm os ricos e os extremamente pobres, esses não estão por aqui, são peso morto na economia ativa; rico que era rico pode ficar mais rico sem produzir nada, o pobre que era pobre fica ainda mais pobre e não move a roda do dinheiro, sobrou pra classe média e seus sonhos. Sonhos? Que sonhos? Primeiro pagar as dívidas, depois um emprego, para melhorar um curso, outro emprego melhor, o tão desejado carro e a casa própria. Hoje, amigos, não é sonho e sim pesadelo.


 Quem tem trabalho vai pagar para trabalhar, a inflação come teus recursos e o teu patrão te empurra pra baixo, tenta também sobreviver, sofre, enfarta. Estamos virando uma nação de mortos vivos: os vivos pagando o preço para enterrar os mortos e o governo faturando no grande cemitério do planalto central.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Aniversariar é fantástico !




De um amigo sobre seu aniversário, uma beleza de texto:

 É inimaginável a dimensão épica de um aniversário. Aniversariar é, simplesmente, fantástico e, graças a Deus, é uma vez, só, por ano. Fico imaginando ter o ego massageado, desse jeito, a cada 120 dias. Seríamos seres insuportáveis. Desde ontem, experimentei montes de elogios e votos. De toda forma, aos que lembraram, aos que esqueceram, aos que, ainda, virão, por aqui, parabenizar, gostaria de fazer um lembrete. Se inspiro em vocês toda esta, digamos, volúpia elogiosa (rsrs) é porque despertam em mim bons sentimentos e atitudes. Confesso que o MUNDO, sempre, me tratou terrivelmente bem, me deu segundas chances, aos quilos, foi infinitamente compreensivo com meus defeitos, me permitiu corrigir erros crassos e conviver/conhecer pessoas do bem, que me serviram de exemplo e me ensinaram muuuuuuito, demais, mesmo, e, ainda, me ensinam. É claro, conheci gente que não vale à pena, não foram muitas, mas, mesmo estas, me deixaram ensinamentos preciosos de como não ser ou agir. Tenho saudades de tantos, que nem imaginam! Foram pessoas que passaram por minha vida e deixaram, em minha memória, boas lembranças, palavras inesquecíveis e uma variedade de qualidades impressionante. É lógico, não consegui aproveitar tudo, afinal, tenho, cá, meus muitos limites, mas, consegui tirar de vocês, amigos, tudo que, hoje, reconhecem de bom em mim. Pretensiosamente, considero-me o espelho de vocês. Vou precisar e torço muito para ouvir e ver coisas boas, bobagens, piadas e besteiras, afinal, daqui a pouco viro personagem de minhas próprias piadas.
A maldade embutida no envelhecimento passa despercebida quando entendemos ser tarefa inglória segurarmos os anos que, desde que ficamos desesperados por encher a primeira mãozinha, sucedem-se, à velocidade da luz, e nossos aniversários de nascimento, casamento, formatura etc vão se atropelando, sempre nos vindo à cabeça as primeiras festinhas, estreladas por nós. Lembro-me da primeira vez quando comemorei um aniversário fora de casa, o décimo sétimo, em ´72, junto aos meus amigos do "encontro de jovens". Estava feliz e paparicado, mas faltavam os beijos e abraços mais sinceros, que, somente, minha família poderia oferecer. Depois, vieram as comemorações junto aos amigos de faculdade, aos amigos da vida, pelos hospitais, bares, até, no Maracanã. Comemorar é bom demais e quem diz que não gosta, mente descaradamente! Agora, aos 61, consegui comemorar em casa, novamente, apenas, com minha família, resignada, me aturando, falando bobagens o dia todo, contando histórias pela enésima vez, querendo descobrir o que minha mulher estava armando e saber à quantas andam as vidas de meus filhos, Ana Beatriz e João Paulo e de seus namorados,Marcelo e Beatriz. No próximo ano, o 62º, se Deus quiser, quero bagunça. Bagunça grande com meus amigos bagunceiros de sempre, da vida, de infância, colégio, faculdade, trabalho, família, enfim, encher um lugar qualquer onde possamos nos reunir, lembrar de fatos, repetir histórias, orgulhando-nos do que fomos e até onde pudemos chegar. Quero festão, com muita alegria, gente grisalha, choro dos netos (dos outros, é claro), um bolo gigantesco, brigadeiros da Bebel (os melhores do universo), além de testemunhar o crescimento daquela galerinha que vi nascer e, hoje, começa a nos substituir. Desde já, são meus convidados! A festa será de todos. O aniversário é, só, um pretexto, um marco. Vamos celebrar nossas vidas, que tantas vezes ficaram entrelaçadas. Vou ter falta dos que perdi, dos que não pude me despedir, dos que sumiram, mas, certamente, foram importantes em algum momento de minha vida.
O dia de ontem será inesquecível. Foi fantástico, com montes carinhos, telefonemas e mensagens. Talvez, o ano que mais tenha recebido. Como não pude agradecer a todos aproveito para fazê-lo agora, desejando que tenham a mesma sorte que tive, renovando minhas expectativas, cercado por gente que amo.
Até o próximo aniversário, se Deus quiser! Obrigado por tudo. Beijos gerais.


 Dr. Ewerton Mozart Nogueira Martins

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Relacionamento com o sucesso




Relacionamento com o sucesso


 O que vem a ser sucesso? Creio que todos queremos tê-lo, sem entender os motivos, muitas vezes por uma função automática, imposta pela cultura local. O dinheiro é o exemplo mais fácil de provar o sucesso, simples mostrar e demonstrar, contábil e frágil também.  A beleza é outra “moeda” reconhecida e "mensurável” do mundo midiático. A inteligência vem com suas vestes e formas desviadas, difícil de medir por si só, infinitamente mal aproveitada, muitas vezes infecunda. E o resto? Amizades são medidas? Amores, filhos, sorte? A questão permanece difícil no momento em que não temos um objetivo concreto para atingir, ou pior, um desejo irrealizável. Ser bonito quando Deus não caprichou na fórmula original, difícil ser; porém a mente humana é fantástica: que tal se achar bonito? Quebrar paradigmas, ser um vitorioso sem medalhas, se auto-condecorar. Difícil? Talvez, mas não impossível.

 As olimpíadas, com seus astros, foram exemplos de sucesso. Eu me pergunto: pra que? Que vantagem te faz correr uma maratona ou ser o mais rápido do mundo? Que prazer masturbatório envolve essa glória passageira? Aonde vai a nossa capacidade de sermos insuperáveis? Sempre a roda da vida gira e os limites são alcançados, então qual a graça? Quem é o mais vitorioso ? O que atinge a meta ou quem a faz chegar mais perto? Quem é mais feliz?


 Uma coisa é certa: viver é superação diária, e ser feliz é a medalha de ouro! 

sábado, 13 de agosto de 2016

Pé-sujo



Com alegria vejo uma reportagem sobre um pé-sujo, um botequim, a mais tradicional cultura carioca, o que temos de melhor na cidade maravilhosa.  Lá onde o rico é igual ao pobre, as conversas são de todos, o mentiroso é feliz, os intelectuais aprendem ( João Ubaldo sabia disso ), o carioca se realiza. Senhor prefeito, faça um monumento ao pé-sujo, ainda dá tempo !

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O dia chegou !



O dia chegou! Hoje começa um evento de grande simbolismo e será observado por 3 bilhões de pessoas. O Rio se mostrará ao mundo, o Brasil também de forma indireta. Pagamos ( a população ) um preço grande: horas de desconforto e privações para mudar a estrutura da cidade, não temos ainda a resposta positiva da mudança, o tempo dirá. Só resta torcer para que nada de mais grave ocorra e que a festa acabe logo, pois precisamos trabalhar minha gente, pagar nossas contas e esquecer o que passou... Parabéns ao povo sofredor que segurou essa tocha por muitos anos e não vai ganhar nenhuma medalha.

terça-feira, 26 de julho de 2016

O maluco e a barata



O maluco e a barata


  Minha irmã disse uma vez “maluco é igual à barata, você mata uma e logo aparece outra”, menina esperta! Estava e está certíssima: não temos controle sobre os malucos e tão pouco sobre as temíveis baratas. Existe barata do bem? Ou barata-beleza? Eu já tive algumas que se adaptaram ao meu quarto e até me cumprimentavam com suas antenas loucas, ficavam na dela, tímidas talvez, não perturbavam... Doidos também convivi com alguns bem mansos e, vez por outra, engraçados; do bem, sem maldade, calmos como uma lagoa gelada (você admira na fotografia, mas não vai lá nunca), isso é bom para frear a loucura alheia: o sujeito dá uma surtada e você diz “você vai ficar doido que nem... (diz o nome do doido manso)”, o cabra se acalma.


  Vamos lá, a teoria é essa: doido é igual à barata. Falei. Acho que é perfeita e há provas! No calor as baratas saem dos bueiros e ralos, ficam exitadas, doidinhas pra passear e aprontar; os malucos fazem o mesmo! O calor aquece os ímpetos internos e o vulcão adormecido explode novamente. Estão aí os atentados em pleno verão europeu, no inverno a coisa acalma, vão ver. Foi-se o tempo que o deprimido com viés de doido se jogava de uma ponte e deixava sobre o leito uma carta plena de mágoas, dores, remorsos, etc... Agora o doido-barata vai e planeja tudo (no inverno) e grava um vídeo, compra armas (até na internet) e põe o plano em ação. O doido mata e se mata, como uma barata cheia de Detefon ela dança a dança da morte, faz um estrago enorme e morre de barriga pra cima. O mundo mudou minha gente, tomem cuidados e evitem as baratas (vale para os doidos também): não fiquem em locais fechados e úmidos, evite o escuro e as noites, aglomeração traz restos de comida e atraem as baratas, se cuide e, se possível, respeite as baratas e seus amigos doidos.

domingo, 17 de julho de 2016

Frases de meu filho



Frases de meu filho

- Mamãe é tão perfeita, tão perfeita que chego a pensar que ela não existe, pois a perfeição não existe, mas graças a Deus ela existe e é a minha mãe !

- Pai, você fundiu minha cabeça ao colocar o filme do Pink Floyd “The Wall” quando eu tinha 5 anos... Obrigado por isso!

- Pai, você dirige tão devagar, tão devagar que foi ultrapassado na estrada por uma bicicleta carregando um bujão de gás!

- A melhor comida do mundo é a mineira! E quem come não engorda, pois come porquinho, porquinho, a cada três horas.

- Gasparzinho (meu FIAT 500) humilhou os 4x4 lá nos atoleiros de Minas Gerais!

- Num campeonato de doidice os meus avôs ganhariam disparados!

- Fripp (meu gato) sabe abrir porta até trancada com chave, mas não tem medo de passarinho...

- Porque não se pode casar de bermuda????

- Nunca peça pizza com Soris (ex-namorada do meu Tio Maurício), pois ela pede uma fatia e come três das minhas...

- Aprendi com meu Tio Maurício que quando a gente não sabe uma resposta a gente inventa e sempre dá certo!


- O mais importante em uma entrevista de emprego é dizer que gosta de cerveja artesanal e rock progressivo!

sábado, 16 de julho de 2016

Como formar um bandido



Como formar um bandido

  Hoje vi uma cena inusitada: uma mãe jovem com um menino de 3 a 4 anos, ativo e gordinho, uma criança normal. Ao sair do avião essa criatura foi amarrada numa espécie de cinto de alpinista com uma corda de uns 3 metros, o “animal” estava preso e começou a andar, ou melhor, correr, com a mãe que queria pegar as malas e seguir seu destino. A andada foi grande, pois o aeroporto do Rio de Janeiro está em ampliação e, com os jogos olímpicos, creio que já foi planejado um aquecimento para os atletas que por lá vão chegar. Andamos uns 10 minutos e o nosso herói cansou... A mãe chutava a criança para se levantar a puxava pelo braço como se puxa um cabrito, ou um bezerro, sei lá... O animal (vamos ver por esse ângulo) não queria prosseguir, chorava como bode embarcado, e era arrastado pela novíssima e lustrosa pista de granito. Após a caminhada olímpica ele ficou esperando as malas sentado no aço duro e frio do carrinho, chorava de dar pena, e quando se levantava era recolocado (com os ovinhos triturados) ao lado da 1ª mala, berrava... E tome esporro em tudo quanto é língua (acho eu que a mãe era brasileira morando no exterior), tadinho, com fome e amarrado, um cão, um futuro doente mental, ou bandido. Não havia quem tivesse a coragem de abordar a jovem para um conselho ou uma oferta de ajuda, uma milagrosa jujuba talvez fizesse o serviço, quem sabe?

 Agora tenho a certeza que teremos mais pessoas desequilibradas e com graves transtornos no futuro, graças a essas mães doidas e à “coleira” infantil! Alguém já viu esse acessório por aí? Os psicólogos terão um bom faturamento no futuro com esse produto! Deus me livre! 

terça-feira, 7 de junho de 2016

terça-feira, 17 de maio de 2016

Minhas idas ao Recife



Minhas idas ao Recife

Estive lá, no dia das mães, vi minha sogra com quem tenho afeto maternal (quem não tem cão caça com gato!), enfim, uma delícia. A cidade cresceu, peguei um “pé d’água” que inundou tudo, uma beleza; pra carioca não é problema... Já para o Recifense é uma tragédia! Apareceram as piadas: Tubarão nadando na Agamenon Magalhães, Transatlântico aportando na Sé de Olinda, e outras piadas de funcionário público (tenho essa teoria que as piadas são fabricadas nos gabinetes, entre um cafezinho e outro, para gastar o tempo), são boas e curiosas. As melhores piadas são as verdadeiras. Saindo a trabalho descobri que por lá as relações humanas / familiares estão acima de tudo: o sujeito se apresenta e puxa um assunto banal, do tipo futebol ou chuva, não se passam 5 minutos e já existem elos, diretos ou indiretos, amigos, filhos na escola, etc... Todos conhecem todos! A maior rede de contato do mundo! Outra coisa de lá é que rico não casa com pobre, impressionante! O racismo é forte, mas a descriminação social é terrível... Deixa pra lá...
 Vamos à piada verdadeira, no meio da conversa meu cunhado (figura) soltou essa: vocês conhecem o LUVERSON??? E que diabo é isso? Gente???? E ele me respondeu que a criatura é fruto de um casamento, de muito amor e carinho, de LUCIANO e VERA! Aí é que eu fiquei boiando... E por que virou LUVERSON???

 Muito simples:

LU + VER + SON (filho em inglês)

 Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


 Só em Recife mesmo...

Na procura do sono



Por que a procura do sono trás perguntas ?

O que temos a temer do sonho , do tão desejado apagar?

Ele não vem pra que ? Te fazer um chato ? Ou falta o perdão ?

O amanhã baterá na janela, a luz te matará com a espada do cansaço



Qual o objetivo da insônia ? Ela quer te castigar ou matar sonhos ?

Que anjo trará o sol matutino como uma benção divina ?

Ele, o sono , a cama inerte e a incapacidade de pensar

Como não pensar ? Conto carneirinhos ? Onde está Morfeu ?



Venha me aplacar , embebedar meu muito pensar e
Quem sabe
Me ninar...

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Um novo governo




Estamos mais pobres e mais ricos de esperança , os que vão governar já estavam lá , não há um novo líder capaz de revolver a lama e limpar nosso país, mas a incompetência afundou o navio. Agora vamos ter que nadar muito até achar uma terra firme para recomeçar . Vai ser duro, sejamos mais sociáveis e amigos, juntos podemos ajudar na reconstrução, brigando não teremos paz nem solução. Mãos à obra, todos devemos contribuir na direção certa : justiça e vigilância, fé e trabalho , amém !

domingo, 8 de maio de 2016

Mães



Mãe é doação

 planta filhos ,

 protege os frutos ,

 faz com que o impossível vire realidade ,

 fadas ,

 vida em forma de amor ,

 amor em forma de esperança,

 o sempre em forma de sorriso ,

 o tudo em um olhar ,

 a lágrima que salva e sempre a única que aceita o inaceitável ,

 amor maior ,

 mãe de Deus !

sábado, 7 de maio de 2016

Viga bi-apoiada




Viga bi-apoiada

Por ser correta levo a vida em linha reta
Dois apoios, minha segurança, minha esperança
Eles estão lá, firmes e absolutamente opostos, amigos
Sou mulher apaixonada por momentos, idealista

O Sr. Ql2/8 é o mais constante, um homem para toda obra
O PL/4 mais exigente e requintado, elegante e geométrico
São momentos, são amores, fazem parte de minha vida

Os cortantes, a esses jovens que chegam até minha extremidade
Mexem comigo, dão trabalho, às vezes curtos, às vezes duros
Amores de cortar meu coração, de trincar minha alma...


Sou uma viga, simples e bi-apoiada, cuidem de mim

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Somos Brasileiros



Somos Brasileiros

 Simplificamos as coisas, temos como lema o “jeitinho” e acreditamos em Deus (ele é brasileiro). Esse estilo de vida faz com que o pensamento fique curto e que a vida seja longa, a vida é breve e vamos aproveitar o máximo e, para isso, trabalhar o mínimo. A vida é simples e começou na Bahia de todos os santos. Simples assim... Não combinaram com a natureza e suas forças, com os engenheiros que vão se adaptar a essa realidade e, fundamentalmente, com o poder. Tudo se pode por aqui! O governo faz e desfaz sem muitos problemas, mente e desmente, a vida segue sem muita preocupação, somos felizes para sempre.
 Agora queremos ser ricos, projetamos obras de vulto, fazemos ciclovias na beira do mar, sempre com a alegria do sol e do mar. O mar quando quebra na praia é bonito, é bonito (Dorival Caymmi)... É doce morrer no mar... Brincamos de sermos competentes e morremos por isso.

 De quem é a culpa? Acho que de Pedro Álvares Cabral.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Falando sobre o que não entendo



 Falando sobre o que não entendo

 Papo de botequim, jogar conversa fora, divagar. Não entendo da morte, da lógica maluca que permeia a cabeça dos torcedores fanáticos, do amor. Entendo um pouco de poucas coisas, com isso faço minha vida e tento me explicar, o que não quero fazer agora nessas poucas linhas; quero falar do que não entendo, sem compromisso, com o desabafo do sofrimento, na vida que passamos em nosso país. Vamos lá.

 O país está parando, os negócios são poucos, a economia vai navegando devagar na procela da política torta; de um lado os petistas querendo defender a tese do golpe, do outro a justiça tentando acuar os ladrões e as pessoas de bem atônicas com a verdade escancarada do dinheiro desviado. O senhor Luis Inácio se vestindo de super herói para salvar sua própria cabeça, para continuar enganando o povo que não entende muito, que vai a busca de promessas e se identifica com o palavreado popular (às vezes chulo) de seu comandante das profundezas marítimas, essa lula escorregadia, difícil de pescar com as redes da justiça. E a justiça, o que ela é? Uns dizem que o Juiz Moro quer alcançar a gloria, aparecer, crescer politicamente, ser o outro super herói do bem; outros estão certos de que há maldade na palavra da justiça, que há um golpe de estado, que estão derrubando o poder legítimo da senhora “presidenta”! Confirmo que estou falando sobre o que não entendo, nem você aí, meu caro leitor, saberia falar desse assunto. Fica a pergunta: quem entende o que está acontecendo? Quem de nós sabe separar a mentira da verdade, a vantagem pessoal do bem comum, que vai domar essa grande loucura que estamos metidos, separar o bem do mal, limpar nossas mentes. Quem? Cadê a salvação? Só vejo duas saídas: manter a bagunça que aí está e aplaudir os “vermelhos” ou repensar um futuro melhor na esperança de que o salvador da pátria vai chegar, processo lento, cansativo... Continuo dizendo que não entendo do que estou escrevendo, só o faço na esperança de que alguém ajude e traga uma esperança real de solução pacífica (sem ditadura ou radicalismo),e isso é tão certo como a certeza de que não estão dando golpe no país, bem como a lava-jato não afundou a economia: isso sim é conversa de botequim.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Uma cena emocionante !


 Novela o Velho Chico
" Nesta terça-feira (14), os telespectadores se emocionaram novamente, e a primeira grande cena exibida no episódio focava no núcleo inicial de Belmiro (Chico Diaz) e Piedade (Cyria Coentro), que, juntos, enfrentam uma crise real em plena virada da década de 60 para 70, no contexto da seca no sertão. Desesperado, o homem, orgulhoso e sem nenhum pensamento atual de abandonar suas terras, tenta cavar buracos profundos para encontrar pelo menos uma gota de água, sem sucesso, até a chegada de sua esposa, aos gritos, que faz questão de reclamar da ausência de seu parceiro, mas não consegue aguentar as dores de contração, entrando em trabalho de parto e deixando a cena ainda mais emocionante, pois reúne dois lutadores, tendo que utilizar as próprias mãos para dar à luz um filho, em meio a um cenário desértico, cheio de dificuldades.
Uma cena brilhante, diga-se de passagem! Parabéns ao diretor Luiz Fernando Carvalho, que soube utilizar todas as estruturas necessárias para unir excelentes atuações em um cenário condizente com a realidade presente na história brasileira, e uma trilha sonora de tirar o fôlego. "
 Amigos, não percam essa saga do nordeste, tão realista quanto triste. A cena do parto com o homem ensandecido em busca de água para sobreviver, água essa que o governo garantiu que tinha, é emocionante! Vemos como a mentira mata ( e já matou ) muitos nesse país, a cena nos faz refletir sobre esse governo de mentiras que nos assalta todo santo dia !

terça-feira, 8 de março de 2016

Para elas no dia delas



Semeadora na vida
Portas o caminho do homem
Infinitas possibilidades de prazer
E a dura luta no viver

Mãe de Deus
Tens o poder mais divino
O de dar sem receber
E  amamentar o futuro

Flor de criatura
Inocente e capaz de matar
No seio do lar, poderosa
Na vida só amor a plantar

Hormônios doidos
Confusões, sonhos, verdades e loucura
Tens o dom de mover
Tens o dom de também endoidecer

Mulher de fibra
Capaz de criar teu próprio mundo
Capaz de imaginar o futuro mais improvável
Fazer o impossível e mesmo assim

Continuar sendo uma mulher

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Comemorando 48

Comemorando 48

 Recife é sempre uma visita agradável: a família e os amigos completam as histórias curiosas. Pois bem, um primo de minha mulher (Fred) tem um apelido interessante “Fred mosquito”, ainda bem que ele já é adulto e não sofre com o “ bulling “ nesses tempos de aedes aegypti que infesta a região. Vamos aos fatos: o nobre rapaz tinha um companheiro de banca no colégio Marista que era um atleta, e, segundo a sua versão, comia a merenda que a mãe dele enviava... Tadinho, ficou magro, muito magro, tão magro que também é conhecido como “ Fred Pirrita “ (Diarréia, merda mole, cu mijando, fininha ,piriri ) , ficou ainda mais magro com a idade. Outro dia ele fez uma comemoração espetacular: a festa dos 48 ! O rapaz já tem mais de 50 anos, por que comemorar ? Sim, comemorar o fato de conseguir , após um dieta rigorosa, atingir seu máximo, sua meta, seu peso objetivo de 48 Kg ! Já pensou um sujeito de 1,75 m com 48 Kg ! É ou não é para comemorar ????

 Coisas do Recife !

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Coco verde na cidade maravilhosa





Meu amigo José Luiz nos presenteou ( nós ex-alunos do colégio de São Bento ) com o delicioso texto abaixo :

Queridos Colegas :


Hoje, parei num quiosque desses da praia para um refrescante coco verde, acompanhado de minha netinha.

Oito pratas na criança, geladinho, delicioso.

Os cocos por natureza apresentam um formato e consistência que favorecem sua abertura em cima, por onde umbilicalmente ficam ligados ao cacho.

Observei desatento ter sido o coco servido com uma incisão em sua lateral, suficiente para introdução de um canudo, mais ou menos na altura da sua "cintura".

Necessário tomar cuidado para que a hipoestaticidade do corpo em relação ao orifício em posição desnatural não verta o tão caro conteúdo.

Também consumir mais tempo até a certeza (ou desistência) de saber esgotado o precioso líquido, posto o visual ser zero e por meu absoluto despreparo haver esquecido o endoscópio em casa.

Solicitei ao rapaz do atendimento que providenciasse a abertura do coco, apreciador que sou de sua película interna que, nas boas praias tupiniquins costuma ser ingerida com o auxílio de uma "colher raspadora", obtida por entalhe na lateral do próprio produto.

Surpresa: "Doutor, agora existe uma lei que nos proíbe de abrir cocos, de utilizar facões, por isso é que temos que fazer o furinho do canudinho".

Entendo, afinal moro no Brasil, sou carioca, estão empeixeirando ciclistas, estamos em ano olímpico...

Desiludido porém jamais derrotado, pergunto :

Por acaso essa lei diz que eu não possa abrir o coco?


Grand Finale :  

Atirei o coitado umas três vezes ao chão - não o rapaz, apenas o produto do coqueiro...

Ao primeiro arremesso a plateia começou a formar. 

E só fez aumentar, com alguns se aventurando a externar o que imaginavam acontecendo...

Em verdes tempos, arremeso de coco é muito mais ecológico...

Tendo rachado, fácil a separação das partes.

Uma colher metálica apareceu rapidinho...

Deliciosa polpa, poupa-me daqueles que penam sem pena de nós...


Ave Benedictorum