Como são incompetentes
Hoje fiz a minha
primeira viagem de metrô, na nova linha que nos leva da Barra da Tijuca para o
resto do mundo (Zona Sul e centro), uma experiência comparável a um cego voltar
a ver, fantástica! Como fiquei abismado com o tempo perdido em inúmeros
engarrafamentos, encontros cancelados, consultas médicas adiadas, dinheiro
perdido, muita ansiedade depurada pela língua seca e suor na pele, dentro de um
carro ou espremido no ônibus. Como viver sem o metrô? Em poucos minutos eu saí
do centro de Ipanema e fui agraciado pela contagiante beleza da lagoa da Barra
da Tijuca, sorria! Você está na Barra! Lembram da placa que encantavam os
motoristas que ao saírem do último negro túnel mergulhavam no imenso mar e céu azul,
lembram? A mesma sensação de reviver me invadiu, o coração parou por alguns
segundos e a mente se embebedou da beleza cinematográfica da lagoa sendo
atravessada pela imensa cobra suspensa, sol, montanhas verdes, até a feia
Igreja redonda ficou bonita aos olhos encantados do passageiro. Foi um sonho ou
um susto? Acordei...
Agora temos a solução
esquecida nas mãos, para uso e desfrute, o futuro deu seu cartão de visitas
para esse suburbano morador da Barra, agora sou gente! Porque não fizeram isso antes?
Que incapacidade paralisou os homens do poder, quem não fez e por quê? Deviam
estar presos! Meu Deus, agora posso dizer que aquele transporte do século
passado existe aqui, é como sair de um jumento para uma Mercedes Bens, da
máquina de calcular manual ao último PC da Apple, do celular “tijolão” Motorola
para um smartphone, não tem volta!
Vamos rezar, vamos
cobrar, para que o povo vá as urnas votar por quem possa e saiba fazer, por um
pouco mais de dignidade urbana, mais alegria e tempo pra viver nesse paraíso
chamado de Rio de Janeiro.
Parabenizo-o pela lucidez.
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