Como formar um bandido
Hoje vi uma cena
inusitada: uma mãe jovem com um menino de 3 a 4 anos, ativo e gordinho, uma
criança normal. Ao sair do avião essa criatura foi amarrada numa espécie de
cinto de alpinista com uma corda de uns 3 metros, o “animal” estava preso e começou
a andar, ou melhor, correr, com a mãe que queria pegar as malas e seguir seu
destino. A andada foi grande, pois o aeroporto do Rio de Janeiro está em
ampliação e, com os jogos olímpicos, creio que já foi planejado um aquecimento
para os atletas que por lá vão chegar. Andamos uns 10 minutos e o nosso herói
cansou... A mãe chutava a criança para se levantar a puxava pelo braço como se
puxa um cabrito, ou um bezerro, sei lá... O animal (vamos ver por esse ângulo)
não queria prosseguir, chorava como bode embarcado, e era arrastado pela
novíssima e lustrosa pista de granito. Após a caminhada olímpica ele ficou
esperando as malas sentado no aço duro e frio do carrinho, chorava de dar pena,
e quando se levantava era recolocado (com os ovinhos triturados) ao lado da 1ª mala,
berrava... E tome esporro em tudo quanto é língua (acho eu que a mãe era
brasileira morando no exterior), tadinho, com fome e amarrado, um cão, um
futuro doente mental, ou bandido. Não havia quem tivesse a coragem de abordar a
jovem para um conselho ou uma oferta de ajuda, uma milagrosa jujuba talvez
fizesse o serviço, quem sabe?
Agora tenho a certeza
que teremos mais pessoas desequilibradas e com graves transtornos no futuro,
graças a essas mães doidas e à “coleira” infantil! Alguém já viu esse acessório
por aí? Os psicólogos terão um bom faturamento no futuro com esse produto! Deus
me livre!
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