quinta-feira, 29 de abril de 2021
A pergunta
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Menina
O sorriso é solto
Cabelos longos jabuticaba
O chapéu acompanha
Meu sorriso livre
O banquinho de madeira
De lei
A lei é ser feliz
A laranja madura me diz
Meus pezinhos são tímidos
Os dedinhos cruzados
Conversam sobre formiguinhas
Eu sou o riso da luz
O verde mata
A mata verde
Do mato, menina
terça-feira, 27 de abril de 2021
Desilusão
Meu choro apaga o fogo do coração vadio
Meu riso acende minha ilusão no amor
Molhado ele não sabe se é tristeza ou paixão
E hoje conhece a desilusão
Roberto Solano
domingo, 25 de abril de 2021
Ponte de Praga
Atravessar o rio Vltava pisando nas suas pedras
Revivendo os Santos e seus milagres
Flutuando meus sentimentos em Praga
Kafta
Dvořák
Quem virá me despertar ?
O relógio astronômico dos meus sonhos.
sábado, 24 de abril de 2021
A moeda tempo
domingo, 18 de abril de 2021
Degelo do coração
Foi no degelo do coração
O calor do olhar no perdão
Naquele beijo se deu
O rio verde da calma
A praia branca da paz
A verde esperança de amar
sábado, 17 de abril de 2021
Caçando estrelas
Fui caçar estrelas
Lanterna em punho
Coração aberto
No lilás da luz
Te vi
Lá no cantinho
Escondida
Mirei em ti
Foquei
No sonho
Acordei
segunda-feira, 12 de abril de 2021
Sem voar
Na asa da ave Flôr
Eu descanso
Sem voar
Só olho o céu passar
Sou passarinho
Sou do ar
Mas agora
na asa flor
vou descansar
segunda-feira, 5 de abril de 2021
A bolha
A bolha
Vivemos na bolha que criamos, um mundo de isolamento social criado pelas facilidades da internet e coroado na pandemia. Não sabemos do amor absoluto e das promessas eternas, das esperas nas calçadas, do sonhar estar junto, nem que fosse somente um perfume guardado no lenço, do namoro com hora marcada e do medo do flagra. Hoje é a bolha que manda, o mundo reduzido nas facilidades das amizades infindas nos likes e troca de fotos, sem o tato, sem o olho no olho, sem calor. Sexo na bolha é quase uma demonstração de beleza e virilidade, uma performance olímpica sem medalhas, gestual e mecânico, por vezes virtual, em nudes, orgasmos planetários que serão esquecidos na próxima experiência. Amigos, os amigos de ontem não serão de amanhã, será que são amigos mesmo? No sacrifício somem da bolha, afinal tudo é troca e descarte, o exercício do perdão é mais inútil que fazer calistenia, sem a paciência de ouvir e menos de entender as amizades viram desilusão, sempre. A bolha é assim e não perdoa. Agora não adianta pensar fora da bolha, poesia não, ação sim, com açaí e malhação. Sonhar? Se for para materializar sim, só por sonhar não. Dinheiro pra gastar no muito do trabalho pouco, orgulho do trabalho? Só ? Sem graça isso. Viver na bolha e na solidão... Que falta faz um abraço e um beijo no velho amigo que, se leu até agora o texto não vive na bolha e sim no coração.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
Pensamento
Pensamento confinado na cachola
É ave presa na gaiola
É tristeza que demora
É mendigo sem esmola
É criança sem escola