Não quero forçar a barra
Nem quero invadir
Só quero mostrar beleza
Por isso
Com licença grade
Eu sou
A
Lua
Na vida o mais importante é o desejo, é o oxigênio das realizações. a imagem de colher a flor sempre me marcou. A flor é, e deve ser, sempre intocável, linda e viva. Sempre amei as Camélias, elas me ensinaram que a sensibilidade é algo para ser sentido e perseguido a todo momento. Não colha a flor, alimente-a, regue, reze por ela, deseje-a, faça disso uma regra, e se possível use-a para os homens!
Nem quero invadir
Só quero mostrar beleza
Por isso
Com licença grade
Eu sou
A
Lua
Tinha um sol lá no horizonte
Umas gaivotas fazem pinturas no céu
O mar sendo coberto de ouro solar
Neste cenário uma onda atrevida
A onda joga no quadro sua assinatura
Secular encontro da natureza
Em um dia tão lindo
Sobre a cadeira espio o nada
Ele me olha por trás da janela
O tempo passa como o vento
Sem compromisso com o nada
E muito menos com o tempo
Espio...
Terra de rara beleza
Massacrada por edifícios altos
Visto ao longe sua pena
Seu sofrer na faca fincada
Ó Recife bela das tardes
Morena nas curvas dos rios
Mulher formosa não mereces
Essas lanças em teu corpo
" Entender a brevidade da vida e a eternidade de um olhar puro "
No cadenciado do relógio pendurado na parede
Sustento meu pensamento
No pulsar imediato dos segundos nunca percebidos
Eu descubro meu nada
Vou entrar no tempo e neste avião viajar
Eu nu
Aterrizo no chão insólito e vazio
O nada é duro pedra
O tudo é vento
Terra tempo
Tempo sem terra
Neste mundo o possível não existe
O mais louco sonho é uma flor
As músicas são sentidas na pele
O Sol se respira agradavelmente
O que faço hoje se evapora
O que nunca fiz é real
A solidão sumiu de vergonha
O amor tem peso de chumbo
No mecanismo do tempo tropecei
As forças não tem lei nem gravidade
A maior energia é o engano
Voltei mais tropego que fui
Agora na parede os ponteiros me acusam
Fui viajar sem o passaporte do fim
Não levei nada e tudo lá deixei
Fui entender o tempo interior
E
O interior me fez de tolo
Tão
Tolo que acreditei
No
Meu
Sorriso
Depois de chuvas mães
Floriu
A tal flor cresceu no vento
E só, e tão só, pariu nuvens
Nuvens brancas em profusão
Uma chaminé exalando nuvens
E florindo o céu azul
Na postura insólita braços líquidos
Na água a cortina sólida
Nas pernas o eixo
Do vazio perdido
No fim do túnel
No encontro dos corpos a harmonia
As formas são complementos do amor
Linhas deslinhadas em curvas retas
A força do ato no ato de força
Sexo