És fascinação amor
Um sonho mais lindo
sonhei... Vi o filme ELIS, encantado estou, mais apaixonado fiquei, mais
orgulhoso ainda de ter a baixinha no meu coração. Imperdível é a palavra que
define o filme! Nesse ano de amarguras e descrença me deparei sentado de frente
para a telona do cinema, na boca da Andréia Horta senti meu coração bater mais
forte, minhas pernas tremeram, ela estava ali, resgatada da parede da memória.
O quadro caiu, bateu no meu dedão do pé inchado de levar topadas nesse ano
desgraçado, eu sorri de dor, eu revi a mais linda emoção dentro da maior voz
que já habitou nesse país de merda! O filme segue e fui envolvido, sem respirar,
entre cenas fortes de uma mulher divinamente louca até os mais loucos rapazes
da noite, a vida da arte e a arte na vida eu senti. Quando respirei um pouco
senti o calafrio da repressão militar me torturar, que horror, que vergonha...
Vi aquela mulher sair de casa nos braços do pai e se consagrar a maior cantora
de todos os tempos, a vi trazer ao mundo compositores desconhecidos, acreditar na
música como vida em vida, como um tudo só dela. O amor fez uma combinação
mortal com as drogas e ela desabou como uma pedra caindo do morro derrubando
casas, destruindo corações, me deixando torto de saudades dela, da voz e da boa
música brasileira. Estou duplamente alegre em saber que esse ano termina em
breve e, também, de poder rever minha musa musical, ali revivida neste filme fantástico!
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