quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Ano novo
Nunca entendi o porque de existir o " ano novo " ... Seria melhor admitir que todo dia fica novo quando nasce e velho quando escurece. Seríamos mais verdadeiros e sinceros: daríamos presentes de aniversario quando a vontade chegasse , soltaríamos fogos comemorativos nas quarta feiras mais tristes, espantando tristezas e fabricando alegrias! Não tenho obrigação de comemorar o ano que " nasce " com o coração cheio de esperanças se estou triste, tão triste. Não vou me submeter as convenções! Prefiro ser uma metamorfose ambulante , cheio de surpresas e criando a esperança no dia a dia . A morte nos permeia como uma brisa do mar no cair da tarde, ou da manhã violenta , quem sabe na noite do meu bem ? ( viva Dolores Duran ). A vida se abre a cada segundo te " futucando " , acorda , levante a cabeça e tenha coragem " é preciso estar atento e forte , não temos tempo de temer a morte " ( cantou Gal Costa ), esse passa a ser meu novo ano novo: o presente. O futuro nada mais que um dente na engrenagem que avança os ponteiros do relógio vida. Fácil assim: nada de ano novo vida nova e sim vida nova a cada segundo novo, cada batida no coração , em cada abraço amigo, cada beijo e no pensamento positivo. Vida por valer a pena no momento , sem convenções , sem papai noel e outras datas estabelecidas para sermos felizes. Que se dane o coelhinho da pascoa ! Comam chocolate agora! Vamos tentar mudar isso ? Feliz segundo novo !!!!
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Ho, Ho, Ho ...
Ho, ho, ho...
“A mentira tem pernas
curtas!” Lembro minha mãe dizer... Saudades... Hoje, concluo que ela (a mentira)
tem pernas curtas, barriga enorme, barba e cabelo branco e chama-se Papai Noel.
As crianças sofrem com essa mentira das terras frias; aqui é diferente, não
temos chaminés e renas, só calor, e muito! Vamos aos fatos.
Cena no Shopping
lotado: papai Noel cansado e dando seus micro-cochilos, lá está em sua poltrona
vermelha recebendo os “pimpolhos”.
- Qual o seu nome?
- Duda
- Como? (todo papai Noel é surdo ou se faz de surdo)
- Eduarda, mas pode me chamar de Duda!
- O que que a linda menina vai quer do papai Noel?
Do lado de fora a Vó
grita: Duda, Duda, olha o passarinho... Tentando que a Dudinha olhe para o
babaca do pai de posse da sua Nikon de última geração com aquelas lentes
maiores que a barba do velho. E nada de sair a foto... O sujeito fica de
joelhos, de ladinho e não acha o ângulo perfeito. Vamos Paulo, tira logo essa foto!
Tenho que ir à Renner, diz a mulher cheia de sacolas nas mãos.
- Papai Noel eu queria uma bicicreta.
- O que???
- BiciCREta !!! (Duda já falando alto, suada, tadinha...).
- Você foi uma boa menina? Pergunta o velho fedido com
algumas gotas de suor na testa.
- BICICRETA!!!! BICICRETA !!!! Já gritando a Dudinha, ou
Duduzinha, tanto faz.
Duda, Duda, Dudinha,
Duduzinha da vovó, sorria pro papai... O papai, a essa altura, já está trocando
desaforos com um Negão que pagou para ver sua menina no colo do cansado ator de
fim de ano e tirar uma bela foto com sua máquina automática comprada na Casa e Vídeo.
- Ô meu... Tira essa foto logo... Aperta esse botão vermelho
e pronto! Disse o negão.
O Pai olha o
monumento de baixo pra cima e solta essa: “você sabe com quem está falando?”
Vejam que situação...
- Ô da fotografia, vê se resolve teu problema familiar e sai
fora antes deu te explicar com que TU estás falando!
O pessoal da fila já
interfere, deixa pra lá, olha o espírito natalino, etc...
O papai Noel já ligado na confusão não dava atenção à pobre
Dudinha, já estudando a forma de não levar uma porrada do Negão e fugir da
briga eminente.
- BICICRETA !!!! BICICRETA !!! BICICRETA !!! Eduarda estava
falando grego??? Este velho fedido não ouve nada... Buáaaaa... Buáaaaaa...
Começa a chorar, muito invocada com a propaganda enganosa, velho chato!!! Batendo
as perninhas.
Você machucou
Duduzinha !!! Gritou a velha encrenqueira! Um absurdo! Chamem o segurança!!! A
sogra do nosso fotógrafo gostava de um bafafá! A essa altura o negão já tinha
levantado o oficial de justiça pelo gógó, a velha gritava mais que Duduzinha !
Papai Noel já tinha levado uma mordida na bochecha e sem o gorro mostrava uma
careca descascada de praia, a ajudante de papai Noel (linda mocinha com pernas
cinematográficas), já nervosa, queria tirar fotos da confusão para colocar no facebook!
Chegou a segurança,
as coisas se acalmaram, Papai Noel todo xixado com Duduzinha mais vermelha que
um pimentão no colo, o pai lívido, a mãe sem as sacolas na mão corria para
pegar Eduarda ( depois descobriu que afanaram uma sacola dela, um absurdo! ), a
velha dizendo “ vou processar o shopping “ ! Tudo na santa paz... Afinal é
Natal.
Conclusão: Papai Noel
é uma furada! Seu filho (a) não merece passar por isso, nem você! Compre o
presente dele(a) e não vá passear em shopping essa época do ano não; e,
principalmente, não minta nunca! A mentira tem pernas curtas...
Feliz Natal
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Isso é vida
O maior dos meus erros foi ter errado pouco
O maior dos meus ódios foi não ter amado a tempo
Arrependimentos
A menor dor esteve ao lado calada da maior
A maior lágrima foi derramada sobre um belo sorriso
Sentimentos
O melhor amigo sempre esteve invisível e junto
O maior inimigo também, só que desse não percebi...
Ilusões
O amor mais forte foi-se em um breve sonho
O amor menor cresceu na compreensão e no pão
Realidade
Só resta ver os lados opostos com os olhos da insanidade
A verdade tem uma sombra que quer ser mais clara que o dia
Noite e dia, dia e noite
Amando o desconhecido do amor
Isso é vida!
domingo, 14 de dezembro de 2014
Vai doer de novo
Vai doer de novo
Dezembro, calor, Rio
de Janeiro, Brasil. Estamos vivendo o caos urbano das obras que prometem um
futuro melhor. A roubalheira está em cada pagina do jornal, o país brincando de
ser rico e socialmente correto, as contas não fecham: há inflação e crise na
economia, esquecemos tudo, pois é Natal! Assim foi na Copa do mundo, os
revoltados foram para as ruas e depois nada aconteceu... Levamos uma surra de sete
gols, nada mal para um Brasil que se acha uma potência, somos melhores no
futebol! Essa alegria já era...
Então é Natal! Vamos
fingir uma felicidade que é falsa, como de hábito, fazemos um bom teatro. A
família, os amores, o dinheiro que virá, festas e mais festas, estamos felizes,
como sempre. Eu não! Estou revoltado com o rumo da nação, com o esquecimento
quase natural dos erros, com as eternas desculpas, com os governantes, com a
moral e a falsa ética. Comemorar o que? O ano vindouro? Nossas esperanças? A
Petrobrás quebrando e minha vida vai bombar! Tenho eu uma bela aposentadoria?
Meu filho vai viver neste descalabro ou pula fora? Estamos sem rumo, ou quem
puder que vá buscar seu rumo em outras praias...
Ano novo também!
Estaremos mais fortes e convictos da sociedade melhor, no trânsito caótico, no
assaltante que pode te matar na esquina, no Brasil do PT. Tomarei champanhe e
darei sete pulinhos, sete pedidos, quão feliz estarei, cheio de alegrias e
otimismo... Eu não! Não gosto de contar anos e de repensar o que fiz projetando
o que farei. Cansei.
Pro velho e pro novo
! O velho já era, o novo também. Queria ter nascido no Brasil que me
prometeram: um país do futuro! Rico e cheio de oportunidades. Burro fui eu,
acreditei! Tinha que ser ladrão ou político, talvez funcionário público, talvez
jogador de futebol, isso pode dar certo. Para estudar é melhor sair, ter pai
rico e se criar no exterior, voltar por cima e se ficar por baixo vive da grana
do pai. Show!
Fica aqui meu recado
de desesperança, não há solução (fora dentro de um avião) para melhorar. Se você ainda
acredita reze, se não chore. Tudo muda e aqui no nosso querido Brasil nada vai
melhorar. Aperte o cinto que o País sumiu!
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
O rock progressivo
Vejam como a boa música é sempre eterna! Um belíssimo arranjo com músicos clássicos e teremos um rock virando quase uma obra de Mozart...
https://www.youtube.com/watch?v=i3KiUYiIyLA
domingo, 30 de novembro de 2014
Devagar devagarinho
Devagar devagarinho
Grande Martinho da Vila!
O mestre do samba tem adeptos na medicina: “ Slow Medicine “ é o nome da
medicina menos invasiva e decidida com o paciente. O Dr. Marco Bobbio diz “Os
médicos estão arrogantes. A postura dos especialistas é comparável à dos socialistas,
para quem só há uma única solução para um problema, e ela é perfeita, sem
discussão”. Pergunto: são eles Deuses? Sabem de tudo? Volta o Dr. Marco falando
“Os pacientes acreditam que os exames dão sempre uma resposta definitiva... No
caso do resultado negativo o paciente vai pra casa tranquilo quando, na
verdade, pode ter mesmo um câncer”. Tem mais: “1 em cada 5 exames são falsos
positivos ou falsos negativos”
Vamos lá tentar
entender: 20 % dos exames são incorretos, os médicos são donos da verdade e os pacientes
acreditam na ciência. Então vem a pergunta: até onde devemos crer nos exames e
nos prognósticos? Os tratamentos são corretos? Estamos demasiadamente otimistas?
Devo investigar doenças precocemente? Diz ele que só a mamografia e a
colonoscopia têm eficácia comprovada. O resto é desnecessário. A melhor postura
é “Tente levar uma vida serena. Deve-se comer um pouco de tudo”. Relaxe colega!
Nada de temer a doença, seja leve e curta a vida como ela se apresenta, veja
sua vulnerabilidade com a alma calma e ouça o mestre Martinho:
É
devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Devagarinho
É que a gente chega lá
Se você não acredita
Você pode tropeçar...
É que a gente chega lá
Se você não acredita
Você pode tropeçar...
E
tropeçando
O seu dedo se arrebenta
Com certeza não se agüenta
E vai me xingar...
O seu dedo se arrebenta
Com certeza não se agüenta
E vai me xingar...
É
devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Eu
conheci um cara
Que queria o mundo apagar
Mas de repente
Deu com a cara no asfalto
Se virou olhou pro alto
Com vontade de chorar...
Que queria o mundo apagar
Mas de repente
Deu com a cara no asfalto
Se virou olhou pro alto
Com vontade de chorar...
É
devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(4x)
Sempre
me deram a fama
De ser muito devagar
E desse jeito
Vou driblando os espinho
Vou seguindo o meu caminho
Sei aonde vou chegar...
De ser muito devagar
E desse jeito
Vou driblando os espinho
Vou seguindo o meu caminho
Sei aonde vou chegar...
É
devagar!
É devagar!
Oh! Oh! Oh!
É devagar é devagar
É devagar é devagar
Devagarinho...(2x)
É devagar!
Oh! Oh! Oh!
É devagar é devagar
É devagar é devagar
Devagarinho...(2x)
É
devagar!
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(10x)
É devagar!
É devagar é devagar
Devagarinho...(10x)
"Divagar e sempre " Millor Fernandes
domingo, 9 de novembro de 2014
Economia comportamental
Economia comportamental
Que tal? Você já
pensou nisso? Tua mão paga o que tua cabeça manda! Simples assim... Meu pai
fumava muito e certo dia filosofou: “A mão fuma mais que a boca” e mostrava um
cigarro aceso entre os dedos e outro, também acesso, repousado no cinzeiro. Li
o artigo do Dr.Ariely (Doutor em economia pelo Instituto de Tecnologia De
Massachusetts – MIT) na Veja, e certos pensamentos me transportaram no tempo
pela nave PAI, através da qual (o do qual) aprendi aconselhamentos que “casam”
com as teorias do nobre doutor, vamos lá:
- Recompensa imediata – É a “mola” do capitalismo! Eu,
quando em terras Norte Americanas, fiquei impressionado com a cultura do
costume de comprar, não se vê pessoas em NY sem uma sacolinha na mão... Falando
com os “american Boys” se descobre que o prazer tem que ser imediato! Comprar,
dirigir carrões, ir às festas (quanto melhor) e gastar, gastar e gastar.
Entendeu? Se você parar para pensar não vai ter tempo de consumir. Poupar?
Coisa de pobre, colega. É irracional, mas quem disse que o ser humano é
racional?
- Quanto mais caro melhor – Essa meu pai usava para
medicamentos e médicos. Ele dizia “Remédio barato não presta!”, médico então
nem pensar! Diz lá o “guru” do MIT, “ Se o preço do produto é alto, as
expectativas sobre o grau de satisfação que trará elevam as chances de uma boa
experiência”. Uma pesquisa feita por ele com pessoas doentes tratadas com
placebo, um barato e outro caro, quem melhorou? O grupo que pagou caro! Meu pai
tinha razão...
- Efeito manada- “A desonestidade é altamente contagiosa,
espalha-se como praga, em efeito manada.” E lá ele aponta as bolhas financeiras
como um bom exemplo. Esse nobre doutor tinha que vir conhecer a relação “amorosa”
do PT com a Petrobrás... Vixe...
- Olho no outro – “A felicidade é uma questão de comparação,
é na comparação que calculamos valores”. Eu acrescentaria a inteligência nesse
estudo, o meio influência o homem, você vai se comparando ao colega do lado e
tentando melhorar seu desempenho (com grandes riscos de decepção, que é um belo
aprendizado). E complementa o “guru” com o seguinte: “Para saber se o que eu
ganho é adequado, se estou feliz com meu salário, o que conta mesmo é saber
quanto ganha o meu colega ao lado”.
Fácil assim! O que
vamos fazer em um País em que “ser competente” é “ ser esperto “? Se o teu
colega do lado está para ser demitido, se teu salário acaba antes do final do
mês, e se você estudou pouco e os EUA está muito longe? Não é mole não! Meu
pai, antes do doutor Ariely sapecou essa “Meu filho, nesse país o rico fica
sempre mais rico e o pobre mais pobre, você deu sorte de não nascer pobre”. Em
termos comparativos estou rico! Em valores absolutos não! Esses americanos são
geniais! Nunca olharam para o lado pobre deles mesmos, MAS estão ricos, ou pelo
menos assim se acham!
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
terça-feira, 4 de novembro de 2014
O olho do gato
Vi no olho do gato o que não vi na coruja
Vi na cor do mar um pouco do céu...
No céu vi uma coruja que olha o olho do gato
Vi o gato que não me viu...
A coruja que viu o gato me viu e partiu...
domingo, 2 de novembro de 2014
A armadilha
A armadilha
Sempre fiquei aflito
com animais presos em armadilhas covardes. A liberdade é podada na fome, na
facilidade. E vão ficar presos ursos, onças e raposas: é a grande sacanagem do
caçador, usa a fome + a facilidade para, sem maior esforço, pegar a presa. Sou
contra a incapacidade de se defender na vida. Imaginem o homem contra o homem,
a cidade como a grande armadilha e você, caro leitor no meio da armadilha...
“Hoje li no jornal
“Carros têm mais incentivos do que transporte público”, isto me abriu os olhos
e na sequência da leitura vem à bomba de efeito moral:” Redução do IPI e o
subsídio da gasolina custaram R$ 19,38 bilhões, quase o dobro dos R$ 10,2
bilhões investidos por governos federal, estados e municípios”. A cada ano
entram 3,7 milhões de carros nas ruas e o brasileiro perde 1,5 horas do seu dia
parado, engarrafado, feito frango de granja, morrendo um pouco a cada viagem.
A grande sacanagem é
muito simples: o governo ajuda as indústrias e não investe em infraestrutura,
muito menos em transporte público de qualidade; lá na frente ele vai arrecadar
em impostos tudo que investiu, pegar a “presa” na armadilha, sem muito esforço
e ainda agradando os” poderosos da indústria automotiva”. Muito inteligente
isto: você trabalha feito um corno para comprar um carro financiado, fica feliz
e vai passear com a família no fim de semana... Parado na rodovia com a mulher
reclamando e os filhos chorando, sem dinheiro para o seguro do carro, mal sabe
dirigir e... Entra na traseira do carro da frente! Vem o Bradesco com a
propaganda “Vai que seu super-herói está ocupado... Melhor ter um seguro do
Bradesco”. Sacou? Todos ganham colega! Você é a vítima do sistema. O outro
compra o carro para trabalhar e logo descobre que é uma ilusão, só ficou mais
confortável ouvindo música no carro invés de no ônibus... O garotão quer um
carro para conquistar as meninas e depois descobre que o amor dele foi estudar
em Londres e, atualmente, namora um gringo que não tem nem um carro! Nem o
pequenino do Mr. Bean! Shit! E por aí vai a nossa vida de idiotas alimentando
um esquema perfeito para o poderoso (governo, multinacionais e bancos),
sofrendo o caos sem solução e, ainda por cima tendo que aturar aquela criatura por
mais quatro anos... PQP !!!!
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
A jura secreta que não fiz...
https://www.youtube.com/watch?v=v7HeKUqGdCw
A vida é feita de coragem, erros e " aquela que meu coração não diz "
Nada é feito sem o ato, a mão e o coração atrevido, amor sem volta
Fico triste em ver o mundo ser o que não vivi, não vou ver, nem saber
Só uma palavra me devora : aquela que meu coração não diz...
A vida é feita de coragem, erros e " aquela que meu coração não diz "
Nada é feito sem o ato, a mão e o coração atrevido, amor sem volta
Fico triste em ver o mundo ser o que não vivi, não vou ver, nem saber
Só uma palavra me devora : aquela que meu coração não diz...
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
O País dividido
O País dividido
Agora com a Dilma
mantida no poder e com a “mancha vermelha” no Norte e Nordeste fala-se da
divisão do Brasil. Eu pergunto: essa divisão sempre existiu ou não? Eu creio
que sim! Vivi os dois lados, frequento os dois lados e gosto deles. Uma coisa é
comum: rico gosta do mais rico e pobre ajuda o mais pobre. Rico que ajuda pobre
só tem um: o que gera emprego e que não rouba sua própria empresa, o resto é
caridade. Pobre que ajuda rico eu nunca vi! Um operário ou um serviçal só fica
no emprego por comodidade ou promoção (deixa gradualmente de ser pobre). A
empregada doméstica vai melhorar de vida enquanto os ricos ficarem mais ricos e
procurarem por elas e não as acharem! Aqui no Rio de Janeiro faltam domésticas
e ganham bem mais que a mesma no Nordeste. Isto é fruto do desenvolvimento! Vá
morar em NY e vais ter que lavar teu banheiro, colega. Aqui ainda tem classe
dita média com carro e motorista, vai ver o salário do cidadão, a educação do
mesmo, ele se veste bem e faz tudo. Lá no nordeste até tem, MAS sem tantos
predicados e o salário baixinho. Carteira assinada? Por lá não cola... O
próprio empregado não faz muita questão e o patrão relaxa com um bom scotch. O
lucro não faz mal! O que nos divide é a distribuição da renda, do governo
manipulador que tira do pobre e alimenta suas dívidas com os banqueiros, quando
sobra o empregado melhora de vida.
A maior divisão de
águas é de quem poupa e vive com o que ganha e dos que estendem as mãos para a “esmola
governamental” e compra mais do que pode pagar. Os que vejo melhorar de vida
são os porteiros que não pagam o aluguel e não fizeram 10 filhos; os
encarregados de obra que trabalham os finais de semana para aumentar a renda; o
vendedor de churrasquinho de praia que quando não faz sol vai vender tralhas
chinesas no sinal, enfim: trabalho em local de renda! A minha ex-empregada
vivia sendo perseguida pelo banco e eu negociei a dívida dela pagando menos da
metade; até a boa moça pedir para sair e logo após os telefonemas choverem, na
busca desesperada pela endividada. Não tem jeito! Minha casa minha dívida! Médicos
cubanos lançados para acabar com os jovens que pretendem ganhar mais. As
“lulinhas” (o menor aprendiz) que tenho que empregar para cumprir meta! Os
incapacitados, outra meta! Tudo para que faça a minha parte social, já que o
governo não faz... Liguei para o SENAI pedindo carpinteiro e pedreiro para
trabalhar na construção civil, sabe o que a moça me propôs? “O senhor não tem
um encarregado para ministrar as aulas? Estamos sem professores para abrir uma
turma...” O que fazer? Fiz escolinha profissionalizante, classifiquei vários
profissionais, pra que? A construção civil vai piorando e o operário que instruímos
vai ficar desempregado e abrir uma barraca de produtos chineses na feira.
Deixemos o choro pra lá! Estamos divididos e endividados! Não há crescimento
sem dívida neste país! Só ganham os que poupam... Que tal criar a “bolsa poupança?”:
uma parte da renda doada ficaria retida em uma poupança que poderia ter seu
valor ampliado com vetores de correção como frequência dos filhos nas escolas e
nível de escolaridade. Isto é só um sonho meu, como aquele outro que terminou
nos céus de Santos...
sábado, 25 de outubro de 2014
A Catalunha é aqui
A Catalunha é aqui!
Conversa de botequim
sempre é cultural e divertida. Em véspera de eleições tenho o prazer de trocar ideias
com um amigo (não direi o nome) que tem solução pra tudo, depois de algumas
cervejas o diálogo foi esse:
- O Brasil está assim
porque não foi dividido!
- Como?
- Na Espanha há o movimento de libertação da Catalunha, certo?
- Sim
- Aqui deveria ser o mesmo...
Peço mais uma cerveja
e imagino o que virá pela mente inteligente e absolutamente simplista do amigo,
já meio bêbado:
- O esquema é o seguinte: de Sergipe pra cima uma país, do
Espírito Santo pra baixo outro...
- Sim, e a Bahia?
- Neutro e independente! Eles não trabalham mesmo...
- Rapaz, você está sendo muito radical!
- Radical, eu? Maluquice do povo que não vê a invasão!
- Invasão???
- Sim, dos políticos do norte e nordeste para o sul e sudeste!
- Collor, Sarney, Lula, Renan...
- Todos eleitos!
Outra cerveja, por
favor!
- Essa é a questão: eleitos para o país errado! Se eles
ficassem por lá... Que beleza! Bolsa família para todos!
- E nós?
- Aqui seriam outros mandantes, ladrões também, mas o
problema já seria resolvido pela metade!
Eu paro para
pensar... Um país do nosso tamanho, tantas culturas diferentes, gente de todo
tipo, é complicado demais...
- E tem mais: Aqui não tem mulher feia!
- Ô amigo, eu sou casado com uma nordestina! Respeite-me!
O “cabra” sentiu a
pressão e mudou de assunto.
- Vamos ao nome da nova capital do nordeste: Piauítalunha ou
Cearátalunha ????
- O que?
- Sim! Uma nova capital! Independente! Viva o novo Brasil! A
nova política de desenvolvimento!
Tenho a coragem de
perguntar as vantagens...
- Ora, muito simples: eles de lá resolvem os problemas de lá
e os de cá os de cá.
-????
- São Paulo podia comprar água do Nordeste!
- Bicho, você pirou?
- Não! Hoje a natureza explica: a água do São Francisco não vai
para o Norte, pois a lei da gravidade não ajuda! Desvia a obra da Dilma e manda
para São Paulo! Tudo resolvido, fácil assim...
- Rapaz, você bebeu demais...
- Outra melhor ainda! Vamos salvar Sampa! Pega o gasoduto e
coloca água no bicho! Sem gás o paulista vive, tudo meio fresco mesmo, só comendo
pão com mortadela e tomando banho. Beleza pura meu!
- Essa água vem da Bolívia?
- Sim, derrete o gelo e bota um pouco de cocaína na mistura!
Os paulistanos vão trabalhar em dobro e o país cresce!
- Que país, o da Catalunha ou o outro?
- Sei lá ...
Garçom, a conta, por
favor.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Por que eles não falam tudo?
A questão é simples:
você vai fazer um exame e o laboratório diz que necessita de 6 horas de jejum e
1 hora antes tomar seis COPOS D’ÁGUA! O cidadão vai e fica bebendo água de
barriga vazia, sentado junto de um monte de mulher grávida, sem poder mijar.
Nome, plano de saúde, assina aqui, espera ali e nada de chamarem seu nome... O
tempo passa e você já encharcado, mas feliz comparando a sua barriga com a
loura prenha do lado, inchada, pesada, com falta de ar, bufando. Será que estou
grávido? Fico imaginando a minha barriga com um moleque dentro e rio nos meus
pensamentos.
Sr. Roberto! Sr.
Roberto
A chata da atendente (mal
fodida) te chama para assinar as guias e pergunta “já tomou sua aguinha???”,
tão simpática ela, um amor! “Já sim senhora, posso mijar”? E o sonoro “não” vem
com um olhar de reprovação! “ Vai demorar” pergunto. E não vou perguntar mais
nada, pois a cara de Pitbull diz tudo: “vá se sentar e aguarde sua chamada pelo
nome”. Lá vou eu procurar uma cadeira... A loura está suando e o maridão (que
tinha ido urinar) na maior alegria passando a ridícula mão naquele caroço
abdominal da criatura. Fiquei de pé! Não sei o que é pior para conter a urina
se sentado ou de pé, uma coisa é certa: cruze as pernas! Ajuda! Aperte o pinto
e não respire muito fundo, medite, em terras secas, nada de pensar em riachos
límpidos com água corrente, tente lembrar os livros de Graciliano Ramos, “Vidas
secas”, ajuda.
Como num jogo de
videogame você vai para a 2ª fase: “suba e entre na sala de exame, tire a roupa
e espere o médico, não mije”. O babaca que vos fala segue a risca e fica
trancado no pequeno banheiro anexo com frio, o quarto de exame é uma filial da
Sibéria e o banheiro um Canadá... Que situação... Olho o vaso, ele me olha, de
bocão aberto esperando meu tiro certeiro... Não posso mijar, não posso mijar...
Decido ir para a sala de exame para livrar-me da tentação, lá tudo limpo, uma
cama o tal aparelho e um frio de lascar o cano: o pinto sumiu... A vontade de
mijar também. Cadê a porra do médico? Deve estar esfregando a barriga da loira,
que não sente frio. Porque não estou grávido?
Chegou o cidadão de
branco, nem olha prá você.
- Deita de barriga prá cima
Eu obedeço e espero
as ordens. Acho que esse corno é Cubano! Filhote de Fidel, será? Passa um gel
mais frio de sorvete de limão na minha barriga e começa a olhar uma tela. Vira
para outro lado, agora outro. Vai urinar!
Volto para o banheiro
todo sorridente com a barriga molhada daquela gosma que parecia leite de mamão
verde, todo melecado... Ufa... Mijei e voltei.
- E agora doutor?
- Vamos começar tudo de “nuevo”.
Aí eu pergunto:
doutor pode-se beber cerveja para fazer esse exame? E ele diz, “usted puede
tomar cualquier bebida, incluyendo la cerveza “. Opa! Uma boa notícia! Não
falam isso... Logo ali que tem uma cervejaria do lado da clínica, por que não
fazer um convênio? Você ficava tomando sua cerveja gelada com um bip na mão (pegou
na clínica) e dali iria direto fazer uma visitinha em Havana... Podiam até
vender uns charutos cubanos...
Esses médicos nunca
falam tudo...
domingo, 19 de outubro de 2014
O aviso prévio
O aviso prévio
Vou ser demitido,
pressinto a crise na empresa e fora dela, serei em breve mais um desempregado
no dolorido mercado de trabalho.
Fui ao dentista e ele
já avisou: “tens que extrair o ciso incluso”. Vai doer na boca e no bolso.
O vestibular está
chegando... Só falta um mês... Uma semana...
Vou casar no ano que
vem, está difícil, meu pai está duro e mamãe muito estressada... Meu emprego
sei não...
Minha sogra é bronca!
O que fazer com ela? O sogrão já disse o famoso “te cuida e fica esperto!” Aí
Jesus...
O joelho começou a
incomodar, uma dorzinha aqui e outra lá, está rangendo mais que porta de pobre,
acho que é o menisco...
Fiscalização amanhã!
Ufa, que loucura, quantos documentos... O contador está cobrando! Meu chefe
viajou e disse “não quero me contrariar, te vira!” O que faço???
Uma pontada, duas...
Um copo d’água... Um alívio... Uma dor mais forte... É chegada a hora de
parir... Deus me ajude!
Eu aqui no frio, na
calçada esperando o Marcão que não chega! Ligou e disse “estou atrasado,
trânsito infernal!” E agora? Moro com ele e não tenho aonde ir... Essa dor na
barriga é certeira, caganeira na certa, suor frio, aí Jesus... Marcão, são 2 da
matina! Aí meu Deus!
Meu primeiro pênalti! Jogo empatado, bola na mão, tenho de
fazer esse maldito gol... Uma voz grita “É tua meu filho!”... Que situação...
Acorda João! Vai
perder a hora! O emprego, corre querido, corre...
Pai, teu filho, olha
prá mim, respira, por favor...
Filho, teu pai, olha
prá mim ouça, não se faça de bobo...
Pai, Filho e Espírito
Santo, orem por mim e livrem-me do aviso prévio !
domingo, 12 de outubro de 2014
Não temos tempo mais pra nada
Não temos tempo mais pra nada
Descobri isto lendo um livro
fantástico do mais ainda Millor Fernandes. Um sujeito realmente muito além do
seu tempo, e com sapiência, condensou as informações. Não temos tempo prá nada,
menos ainda para ler um romance longo e prazeroso... Imagine a Montanha mágica
de Thomas Mann... Então vamos de Millor?
”Foi no Nordeste brasileiro que se
inventou a lavagem a seco”
Essa tecnologia vai se aplicar, e
muito, lá em Sampa!
”A democracia começa com 3 refeições
diárias”
Boa para nossas eleições atuais...
”O pé do atleta tem cura, mas o
cérebro não”.
Um tanto dura para os amigos
inteligentes que malham muito, porém um dia vão ter que optar!
”O ego é a única coisa que vaza pra
cima”
Isso é tão fácil de entender que até
o grande físico Newton aceitaria...
”O dinheiro não só fala como manda
calar a boca”
Essa é a maior verdade do mundo
capitalista!
”A invenção da poltrona acabou com
os heróis”
Sem comentários, até porque estou
sentado em uma...
”A morte é hereditária”
Existe alguma forma mais simples de
explicar a vida?
”Livre como um táxi”
Essa é ótima!
Finalizando:
”Como são admiráveis as pessoas que
não conhecemos muito bem!”
Espero que você ache isto de mim!
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
See me, feel me...
See
me
Feel me
Touch me
Heal me
Touch me
Heal me
Esta letra é do legendário conjunto The Who
que me emocionou quando jovem, principalmente no festival de rock Woodstock:
A tradução é:
Veja-me
Me sinta
Me toque
Me cure
Me sinta
Me toque
Me cure
Agora vivemos exatamente o contrário com a
propagação do vírus Ebola, a última coisa que pensamos é ter que conviver com
essa doença em sociedade. Curioso o medo da morte: todos têm, mas a “fantasia”
da proximidade dela é muito ampliada. Um avião passa sobre sua cabeça, um carro
passa por poucos centímetros da tua perna apressada e você não teme. Já o
Ebola... O mais triste é que ele acontece no lugar mais miserável, entre negros
famintos, meninos subnutridos, malária, diarreias, água suja. Deus está
castigando? São infiéis? Não, nada disso! A morte agora tem passaporte, vai
passear pelo mundo todo, do taxista Inglês degolado ao imigrante da Guiné que
chegou ao Brasil com febre. Temos um medo terrível de não contar com a cura!
Hoje tudo tem cura, ou quase cura, vacina prá tudo, radioterapias e
quimioterapias, cirurgias mágicas, tudo, tudo e mais alguma coisa... Para um
rico! Branco, americano de preferência e bonito! Aí esse beneficiado cidadão
vai tomar drogas, comer fast-food e... Se food! E o pior: ele se acha imortal
em sua Ferrari a 200 km/h! Como se joga fora a sorte no mundo!
Meu sonho era que, de dentro da mais fechada
floresta Africana brotasse uma planta mágica que ingerida por negros da região
os curasse do vírus mortal, com um porém: só da urina deles é que um branco
seria salvo! Ou melhor: beijo na boca! Um monte de gente indo para Serra Leoa
tomar mijo ou beijar os negões (ou negonas). Que bacana seria isso! 1000 dólares
na barraquinha do beijo da negona desdentada! Casamento com um negão custa 1
milhão de dólares! E ainda leva um saquinho da erva e cura sua família toda! Os
mais conservadores poderão tomar o drink “Sossega Ebola” que nada mais é que (urina
+ caracu), uma beleza! Cientistas enlouquecidos querendo isolar o antídoto e
nada! Só no beijo e no xixi!
Eu vou, com meu disco debaixo do braço e
cantarei no meio da praça:
See
me
Feel me
Touch me
Heal me
Feel me
Touch me
Heal me
Será que ganho um beijo “di grátis”?
sábado, 4 de outubro de 2014
Será arte ????
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
https://www.youtube.com/watch?v=9rYwWUlXRiI
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Sou do tempo
Sou do tempo
Sou do tempo em que
Selfie era foto 3 x 4
Havaianas eram para
os pobres e trabalhadores
Um telefonema servia
para resolver problemas
Um carro para mostrar
aos amigos: “esse é do meu pai”
Sou do tempo em que havia tempo prá tudo
Conversar na varanda, contar piada, ir ao Maracanã sem medo
Sou do tempo em que o medo estava escondido no imprevisto
O ladrão era até camarada e poderia te reconhecer na pelada
Os olhos eram para ver outros olhos e admirar belezas
Sorrisos verdadeiros, a cara limpa, a moça bonita por
natureza
Academia para os fisiculturistas, fortões das praias,
exceções
Ser machão era ato de baixinho folgado, chutando a canela do
grandão
Não tinha cinto de segurança, nem a palavra segurança: só o
conselho de mãe
As doenças matavam com rapidez: a foice da velha
afiadíssima, corte preciso
Dieta para os doentes, comida sem remorso, colesterol? Nome
de xarope?
Beijo de mãe passava a dor, conselho de amigo sempre, havia
amigo
Sou do tempo que dormia no ônibus e me acordavam no ponto
final
Na praia virava camarão, sentava na esteira, usava pomada
minâncora
Sp2 não era símbolo matemático e sim supositório de FNM
Trepar podia-se, mas o risco era tão grande e chamava-se
tesão
Hoje vivo sem tesão,
em frente da televisão, andando num carrão
Passeando de avião, hemorroidas
de montão, remédio pro coração
Dinheiro não conto
não! Não toco mais violão, do pau falo não!
WhatsApp, Instagram, hashtag,
facebook, email, Selfie, Iphone 4,5,6
Socorro !!!!! Cadê
meu amigo, meu irmão, o negão da pelada?
Chamem o ladrão !!!!
domingo, 28 de setembro de 2014
Querendo a morte
Querendo a morte
A maioria não a quer,
mas ela te busca, dia após dia
Não é trabalho fácil,
é uma dura busca, com final certo
Ela te quer e você
não a quer, desamor sem fim
Pense nela, pois ela
te ama e te quer para o todo sempre
Nesse amor confuso
tens que acreditar no final feliz
Não será na igreja,
não haverá anéis nem chuva de arroz
Cerimônia oculta, sem
convidados talvez, sem festa, simples
Simples e definitiva,
teu casamento com a dama da foice
Quero vê-la por pouco tempo, não vou namorar para casar
Que seja uma paixão fulminante! Tão forte que eu desmaie
Tão violenta paixão que me entorpeça e fulmine meu amor
O amor de relance, de adolescente, no olhar rápido trocado
Tenho que querê-la, pois ela me quer, sem recusas, sem fuga
Tenho que amá-la sem conhecê-la, dar-me todo, sem pudor
Amor meu, venha ceifar teu adorado, venha cumprir teu dever
Venha sem volta, para todo sempre carregar mais um infeliz
sábado, 20 de setembro de 2014
Amoo
Amoo
O esquema dos dias
atuais é simplificar, nada de escrever muito, perder tempo com “frescuras” de
mandar cartas (coisa antiga...) ou recados amorosos. No meu tempo tinha o
torpedo! Esse cidadão oriundo dos mares em guerra era aplicado, via garçom, da
sua mesa para a mesa de sua futura conquista. Eu confesso que nunca dei muita
sorte com a tal arma do amor e, infalivelmente, recebia o tal objeto bélico na
minha mesa, lançado por um canhão-mulher... Nunca dei sorte...
Os tempos mudaram, o
amor é um mero acaso e o sexo é o prato do dia. Simples de mais, a cantada é
direta, via redes sociais e outras manobras virtuais, não se gasta muito para
abater a presa, é fácil, fácil. Isso é bom e broxante por outro lado: o fruto
proibido é mais saboroso... Até o xuxu da visinha cai bem no prato. Como estou “fora
do mercado” não posso opinar. Os tempos são de gostar das coisas e das
pessoas... Amoo, adorooo, etc... Descobri este vogal-artificil
nas redes sociais ( estou modernoo ): você dobra a vogal “ o “
e pode agradar em cheio! Nada de firulas, elogios, etc... Tempo é dinheiro e
dinheiro serve para comprar Iphone e outros recursos para ficar plugado na
internet, tensão total, não há tempo para dirigir ou andar sem ficar
hipnotizado pela telinha... Plimm é um whattsapp (chato prá caralho!!! )...
Triiimmm é o celular... Plooong é aviso de mensagem (conta vencida ou a mulher
detonando o cartão de crédito)... Não há vida sem a porra do celular: detestooooo.
Então ficamos assim:
nada de escrever, falar, etc... Envie sua foto (selfie de preferência) com o AMOOO
e junte os sinais de beijinhos, ok, bonequinho rindo e outras babaquices
infantis, afinal o nosso papai é o papai GOOGLE (com dois os), entendeu?
AMOOOOOOOOOOO!
O sacerdócio
O sacerdócio
Mal consigo escrever,
não menos entender a tal palavra. Vem à mente a Igreja e o padre, e nesse mesmo
conjunto as rezas. Fui criado por família católica e convivi com os padres
beneditinos (sorte minha) que eram trabalhadores, na fé de Cristo. Devo muito (ou
quase tudo) para essa gente reclusa e sábia. Sem maiores traumas: eu sou de índole
calma, outros amigos não suportaram a disciplina rígida, nem o cheiro de mofo
das batinas. Passou. Hoje sou homem feito e posso pensar mais sólido. Quantas
rezas foram perdidas na obrigação e no medo? E o padre santo? Ele é mais
competente na sua capacidade de falar com Deus? O bispo tem linha direta? O
papa deve trocar figurinhas com ELE. Isso eu não discuto, é o caminho da fé. Só
penso no sacerdócio físico e mental, aplicado na vida do homem comum. Acreditar
é o foco, repetir é a vida, pensar uma opção. Pergunto ao leitor se a vida é
assim tão regrada na repetição, na missa diária, no exercício do acordar com
café e enfrentar a condução exaustiva até o trabalho duro, brigar como chefe e
calar a boca com o feijão de Chico Buarque. Qual a fé maior? A do humilde e
explorado trabalhador na sobrevivência ou a do padre contrito em seus
pensamentos: um na vida e o outro na promessa da eterna companhia divina. Quem
será o sacerdote? Quem sofre mais? Pouco importa essa comparação de atitudes
sem mostrar a virtude, existem homens e homens que morrem por objetivos, muitos
por obediência, burramente. O que fazem os pobres infelizes jornalistas com o
pescoço à mostra nos vídeos mortais? São frutos da loucura de um grupo
fundamentalista que não sabe ver a vida por outro ângulo. Hoje matam gente como
baratas, pela fé. Acho que sempre nos matamos para viver, ou via exploração ou
via credos. O ser humano é muito ruim, só avançamos nas tecnologias via
guerras: matar com eficiência gera benefícios para todos! Muita doideira!
Sacerdotes da fé e os
da vida... Estão, no segundo grupo, lá na África maldita, tratando seres
humanos renegados à vida os médicos e voluntários da saúde. O vírus Ebola
matando os seres humanos mais pobres e, talvez, sofridos da terra. Castigo divino?
Maldade dos homens poderosos que não vão gastar muito com pobres. Pobre é lixo,
sempre foi assim... Esses heróis são os verdadeiros sacerdotes da vida: os que
brigam por ela! E os de Deus? Estão brigando por Deus... Muitos matando em nome
dele, como se isso fosse o caminho da salvação. Vamos rezar ou agir? Que tal
fazer os dois? “Ora e labora” está lá nas regras de São Bento, e mais:
"Não quero a morte do
pecador,
mas sim que se converta e viva".
mas sim que se converta e viva".
E assim perguntamos para Ele:
"Senhor, quem habitará na vossa tenda
e descansará na vossa montanha santa?"
e descansará na vossa montanha santa?"
Resposta direta,
"É aquele que caminha sem mancha
e realiza a justiça;
aquele que fala a verdade no seu coração,
que não traz o dolo em sua língua,
que não faz o mal ao próximo
e não dá acolhida à injúria
contra o seu próximo".
e realiza a justiça;
aquele que fala a verdade no seu coração,
que não traz o dolo em sua língua,
que não faz o mal ao próximo
e não dá acolhida à injúria
contra o seu próximo".
E muitos ainda matando em nome DELE... Viva a sabedoria de
São Bento! Amém!
sábado, 13 de setembro de 2014
O Desconhecido
O Desconhecido
Hoje bateu uma
vontade de falar do desconhecido, daquele que nunca vimos e só de pensar nele
tememos. Porque será? Esse medo infantil do que não conhecemos, tal qual uma
sombra ou um vento frio na madrugada quente? Se não o conheço não posso
temê-lo! Sou forte para me defender, me basto. Simples pensar assim, mais ainda
acreditar que nada te derrubará, isso faz a vida muito mais fácil; o melhor é
não pensar neste senhor “O Desconhecido”, esquecer que ele
existe e viver a ilusão da claridade, sem pensar na escuridão. Ele, de fato,
não existe! Até você vê-lo e talvez admirá-lo. Surpresas boas acontecem,
sejamos positivos, otimistas e, sobretudo valentes. E quando o teu inimigo mora
dentro de ti? Teus fantasmas e medos aparecem nos dias mais ensolarados...
Complica muito viver assim. Se, além disso, você tem que viver a penúria de
poucos recursos, na família desajustada, sem apoio de amigos e muito menos da
sociedade: a loucura aponta a sua arma contra o indefeso. É o fim do
desconhecido para você começar a viver tua própria vida sem vida, a depressão.
Voltemos ao ilustre e
misterioso cidadão “O Desconhecido”, sujeito de grande família: sua mãe chama-se “Dna
Morte”, a temida e poderosa, infalível cidadã, dona do tempo e de todas
as vidas; a irmã mais velha é a “Madame Fobia”, mulher esquisita,
vive escondida e gosta de aparecer de repente, atrapalhando as festas, sempre
acompanhada da sua amiga “Loucura”, essa mais popular; o irmão
“Medo”
é terrível, daqueles que dão porrada em todo mundo, assustador criatura do mal,
um pit-boy. O Pai do Desconhecido é muito conhecido:
vistoso senhor “Imponderável”, casado com “Dna Morte” vivem felizes (com a
desgraça dos outros) para todo o sempre, ele um homem fiel (ela nem tanto),
admira tanto a mulher que não tem olhos para as outras. Ela não é flor que se
cheire, e que ninguém fique sabendo (ela é vingativa, viu?) já pulou a cerca
com outros homens, como o Mister Fatalidade, Doutor Acidente
fatal e um famoso professor de medicina o Dr. Infarto Agudo do Miocárdio.
Essa mulher não dá sossego, vai com todos, na moita e o maridão Sr. Imponderável,
não vê ou finge não ver (ele é imponderável mesmo), deixa prá lá.
E assim falei um
pouco desse cidadão tão desconhecido, viveremos com ele, tentando conhecê-lo e
sempre falhando na tentativa. O melhor é esquecê-lo, ou fingir que ele não
existe (como o Imposto de Renda) para ficar espantado no encontro e dizer, olho
no olho, seu filho da puta! Vá tirar tua mãe da zona! E, ao vê-lo sair, tomar fôlego
e dizer todo feliz, “dessa vez foi por pouco!”.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Olho não é balança
Olho não é balança
Uma coisa me
incomoda: você fala algo e esse ser dizer “pega mal” na outra pessoa! Pior
ainda! Você acha que está agradando e dá o maior furo... Chato isso. Mulher é
um bicho complicado mesmo. Se ela é gostosa você não pode falar, só fica
babando e pensando “que mamas”,” nessas coxas eu me perdia”,” sou fiel, mas com
essa mulher a minha patroa perdoa”, e outras bobagens (não falei das sacanagens
que você imaginou em frações de segundo). Seria justo o amigo dizer “Pô Paulão!
Tua mulher é um fodão mesmo!”, ou (na maior sinceridade do mundo)” Carlinhos,
tua namorada tem uma bunda magnífica, um monumento, benza Deus”, de coração
aberto, sem maldar. Não pode! Vais levar uma porrada ou perder o amigo (que, a
essa altura alcoólica, tem um tesão no pezinho da sua digníssima esposa, só no pezinho,
viu?). Não compreendo a maldade humana, tudo que falamos tem duplo (ou triplo)
sentido. Se você disser que o João é um cabra “arretado”, amigão e até “
vistoso “... Fudeu! A mulherada (que não vê graça no cidadão e acha você um
frangote) já dá aquele risinho de lado... Pensa... Esse aí é GAY! Pô, que
maldade! Só porque o rapaz é forte, atlético, barriga de tanquinho, torneira
grande, sorriso largo, simpático, rico e GOSTOSO você é Gay ???? Sacanagem
isso! Mulher sempre distorcendo as coisas.
Voltemos ao olhar. A
moça era magrelinha, cambitos finos, peitinho limão e volta das “europas” bem
fornida! Coxas grossas de salsichas com mostarda preta (sei lá o que ela comeu!
Ou quem comeu), peito durinho e prá frentex, bunda (não tinha) e algumas
celulites. Falou ao pau! Ficou comível! E você diz: “Como você está linda! Até
engordou!”. Foi sincero, de coração aberto, ela ficou gostosa... Mas... FUDEU!
A moça fica brava! “Gorda, eu???” Nunca diga isso, meu amigo, é o mote de sua
morte precoce. Não existe mulher gorda nesse mundo, entendeu? E, se existe,
você NUNCA VIU! A regra é clara: mulher não é gorda, se for é inimiga! Às
amigas tudo, às inimigas os culotes! Um detalhe tenho que falar: as gordinhas
são as mais simpáticas e tem as amigas mais gostosas! Coma uma gordinha e terás
uma penca de gatinhas miando nos teus pés e te chamando de cachorrão! Maravilha
de conselho!!!
Muito bem. Meu olho
não é balança, entendeu?Não tenho o poder de achar que a velhota perdeu 5 kgs e
está se achando “poderosa “... Eu digo que ela está bem, não mudou nada...
Merda! Ela fica” P” da vida, pois não percebi que está mais magra! Ora porra !
Nem percebi que ela existe quanto mais que está mais magra! Feia! Chamar de
feia é melhor do que gorda.Nunca entendi isso... Meu olho pode perceber belezas
ou não; porém saber do regime da criatura e seus resultados é de lascar mesmo,
tenho que treinar mais... As mocinhas também são ligadas nas palavras deferidas
pelos mais velhos: Linda, chique, elegante, uma gracinha... Todas são
aceitas... Agora tente falar: forte, robusta, um poço de saúde... Tás fudido,
meu colega. Não existe mulher forte (ela luta Box, toda malhada, coxas grossas,
etc) MAS é PODEROSA, sacou ? Robusta? Jamais, sem comentários... Poço de saúde
é prá pedir para sair da festa! Vamos agradar? Então diga: você está malhada,
qual seu personal? Linda qual o teu segredo? A dieta secreta??? E outras babaquices. Peça para ti um “ selfie “
com a criatura, aí vais acertar em cheio, o tal do “ Selfie “ é malandro: só
tira foto de cima prá baixo, fácil, fácil. Um detalhe, as gordinhas sempre
ficam por trás nas fotos, cadê a barriga? Selfie é um show! Só sorrisos e
peitos apertados, todas lindas e magras. Bom demais!
Agora chega de falar
de gordas e magras, somos todos iguais! O amor é lindo! Teu príncipe encantado
vai chegar e ele vai te achar magra, viu? O sapo aqui não te perdoa!!! Gordinha
!!! Eheheheh...
Foi mal, viu?
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
A moeda ingratidão
A moeda ingratidão
Moeda corrente, pouco
apreciada e conhecida. Existe, é fato! Está em todos os nossos momentos, desde
pequenino você a conhecerá primeiro: o brinquedo emprestado e não devolvido, a
bala que você ganhou só uma e teu amigo várias, o carinho maior que a tua irmã
recebeu e você passou batido... Antes de aprender a somar essa moeda (ingratidão)
vai ter que aprender a perder, sofrer e invejar o outro. Normal, c’est la vie,
certo? Não! Errado colega, muito errado! Não é dando que se recebe: se vai praticar
o “dar” faça sem pensar em retorno, ficarás mais leve e sofrerás muito menos,
pode até ser o caminho da felicidade (o mais difícil de todos), Deus está
vendo, só ele. Ponto.
E a relação de amor maior?
Aí complica demais... Amor de mãe, esse é o maior de todos: por força da nossa
sobrevivência, pela febre dos cromossomas, por necessidade da vida seguir. A
mãe é tudo e se faz maior ainda. Ela se doa em sacrifícios mil, em noites mal
dormidas, vivendo a vida dos filhos e colhendo a ingratidão mais natural de
todas: a do filho. Não há filho melhor que possa retribuir esse amor, são
moedas diferentes, contabilidade doida, sem saldo positivo no balanço final, e
ela (a mãe) perde. Mas não pensemos assim! Nunca haverá retorno na doação
materna, ela é a força natural contra a aceitação racional: o filho racionaliza
os ganhos da mãe e, eventualmente, do pai. Normal e correto, na base do “eu
mereço” vai recebendo e querendo mais e mais. Troco? Volta? Tem não... A mãe
nunca pode racionalizar as doações, é fundo perdido, é a regra da vida. Triste?
Fique não querida leitora, você fez a sua parte e essa é a maior, ele vai
contabilizar alguns carinhos e te ver como a melhor mãe do mundo! Mentira! Você
é uma mãe no mundo, tal quais milhões iguais, a porteira da vida, a cicerone,
uma guia, o trilho do vagão vida, até ele criar asas e te olhar de cima para
baixo. Teu avião-filho agora voa no céu, longe, vai pousar alguns poucos
momentos no teu aeroporto, para abastecer, faxinar o coração sofrido, regular
as turbinas e voltar para o ar distante. Sorria e não pense na palavra
retribuição, esse será o seu “castigo”: só dar. Viva tua sina na terra, mãe ou supermãe,
tanto faz, tua moeda é o amor puro (18 quilates); e se tiveres sorte colherás
algumas moedas de prata ou latão mesmo. Assim é essa matemática do coração.
Fique feliz, pois quem aqui escreve tem a coragem de admitir que não é um filho
perfeito e acredita que todas as mães são maravilhosas; solidário sou a ti
mulher, e ganhe uma nota mil de minha gratidão, que não vale lá muita coisa
não... Beijos!
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Palavra perdida
Palavra perdida
Palavra perdida, dita da boca maldita,
escapulida
Saiu sem volta, bala perdida, ferina, voando
solta
Parida, feia e torta, gritando, faminta
criatura
Nasceu de boca minha, sem volta, vagabunda
Escapou do cativeiro, ave de rapina, caçadora
Agora está pousada em coração ferido, garras e
sangue
Quem te caçará, carcará, bastava um tiro
certeiro...
Não há caçador, nem bala, nem solução, eu feri
teu coração
Nasceu então o arrependimento, grande e forte,
de boa família
Esse vem do meu coração, em passos largos, na direção
tua
Para aplacar a dor, pousar curativos na tua
pele, sanar feridas
Menino bom, de olhos claros, arrependido, com
uma flor na mão
A do perdão.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Concurso da APPERJ
Amigos
Essa poesia foi selecionado para o concurso da APPERJ concorrendo ao prêmio Francisco Igrejas de 2014, a ser realizado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 26/09/2014, auditório Machado de Assis. Estão todos convidados!
Obrigado pelo apoio e leitura do Blog.
Abraço de Roberto Solano
5/5
Um sol costureiro
rasga minha cortina
A manhã virando
claridade na retina adormecida
Sábado de sol, mês de
maio, ano 2012
Acordo tonto, sem
acordar, acordando...
Abro janelas vendo o
ar frio penetrar a casa
Finjo não ver lá fora
para não me despertar
Quero sentir o torpor
do meu sono ainda vivo
Estou meramente de pé
com a mente acamada...
Agora não posso mais
fugir do apito da chaleira
É manhã de Maio e
tento coragem para ver o céu
O céu que vai adentrar
no coração cansado, triste
Ele está lá,
imponente, me esperando, calmo e tranqüilo
Agora sou eu! Um só
desperto, preparado para o embate
Levanto a cabeça e
vou até a janela aberta, na visão maior
Na mais linda cor de
azul, recém lavada pelo orvalho em noite fria
Lá está a minha
alegria maior! A esperança em forma de cor: azul
Não é azul comum, nem
do mar, nem das flores atrevidas, nem azuis talvez
Ele é algo que
penetrando os olhos vai se dissolvendo em outra cor maior
Maior que o céu, mero
pano de fundo, e do mar, seu admirador eterno
O azul de Maio! O
único e venturoso! Indescritível na manhã clara portenha
Venha ver-me todos os
anos dessa vida de tantas cores
Socorra aos que tem
coragem de te entender
Traga passarinhos e
ventos frios
Mas volte, volte
sempre
Salvando minh'alma
Carioca
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Poesia Falada do Rio de Janeiro
ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE POETAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Fundada em 11 de abril de 1989
Site referendado pela UNESCO no Diretório Mundial de Poesia
Reconhecida como de Utilidade Pública Municipal, através da Lei n° 3353 / 2001
Os 20 melhores textos, do VII Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro, concorrendo ao Prêmio Francisco Igreja / 2014 e que serão apresentados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro, a partir das 16:30h, no Auditório Machado de Assis (entrada pela Rua México)
poema
|
autor
|
UF
|
Barulhinhos
|
Wladimir M. Santos
|
Belo Horizonte/MG
|
Espelho
|
Banaiote Gazal
|
Rio/RJ
|
Pedra sobre pedra
|
Geraldo Trombin
|
Americana /SP
|
O sarau dos pirilampos
|
Jorge Cosendey
|
Rio/RJ
|
Tapera
|
Ileides Muller
|
Campo Grande/MS
|
Lição
|
Luiz Otávio Oliani
|
Rio/RJ
|
Poesia II
|
Blener Dumont
|
Rio/RJ
|
Sem asas borboletas
|
Marcelo Gomes Jorge Feres
|
Rio/RJ
|
5 de maio
|
Roberto Solano
|
Rio/RJ
|
Humano
|
Wladimir M. Santos
|
Belo Horizonte/MG
|
Pindoba
|
Wladimir M. Santos
|
Belo Horizonte/MG
|
A visita
|
Banaiote Gazal
|
Rio/RJ
|
Rara sedução
|
Luiz Poeta
|
Rio/RJ
|
Injúria
|
Rita Gemino
|
Rio/RJ
|
Suçuarana
|
Bernardo Miller
|
Rio/RJ
|
Madrigal silente
|
Bernardo Miller
|
Rio/RJ
|
Piscina de alegria corrente
|
Eliane Silvestre da Costa
|
Brasília/DF
|
Aldeia
|
Eliane Silvestre da Costa
|
Brasília/DF
|
Às vezes
|
Jósa Jasper
|
Rio/RJ
|
Avessos e direitos da Emília
|
Amélia Luz
|
Pirapetinga/MG
|
Obs: apperjianos concorrendo ao Troféu Francisco Igreja — OBSERVAR REGIMENTO INTERNO/APPERJ (VERIFIQUE NO SITE)
Jorge Cosendey, Luiz Otávio Oliani e Jósa Jasper
A APPERJ solicita a confirmação da presença, no encerramento do festival, dos poetas acima classificados, caso não possam comparecer, deverão indicar o seu intérprete ou solicitar à Diretoria de Comunicação Social que indique um.
Evoé, poetas! Sucesso!
Até dia 26/09/2014
Assinar:
Postagens (Atom)