O maluco e a
barata
Minha irmã disse uma vez “maluco é igual à
barata, você mata uma e logo aparece outra”, menina esperta! Estava e está certíssima:
não temos controle sobre os malucos e tão pouco sobre as temíveis baratas.
Existe barata do bem? Ou barata-beleza? Eu já tive algumas que se adaptaram ao
meu quarto e até me cumprimentavam com suas antenas loucas, ficavam na dela,
tímidas talvez, não perturbavam... Doidos também convivi com alguns bem mansos
e, vez por outra, engraçados; do bem, sem maldade, calmos como uma lagoa gelada
(você admira na fotografia, mas não vai lá nunca), isso é bom para frear a
loucura alheia: o sujeito dá uma surtada e você diz “você vai ficar doido que
nem... (diz o nome do doido manso)”, o cabra se acalma.
Vamos lá, a teoria é essa: doido é igual à
barata. Falei. Acho que é perfeita e há provas! No calor as baratas saem dos
bueiros e ralos, ficam exitadas, doidinhas pra passear e aprontar; os malucos
fazem o mesmo! O calor aquece os ímpetos internos e o vulcão adormecido explode
novamente. Estão aí os atentados em pleno verão europeu, no inverno a coisa
acalma, vão ver. Foi-se o tempo que o deprimido com viés de doido se jogava de
uma ponte e deixava sobre o leito uma carta plena de mágoas, dores, remorsos,
etc... Agora o doido-barata vai e planeja tudo (no inverno) e grava um vídeo,
compra armas (até na internet) e põe o plano em ação. O doido mata e se mata,
como uma barata cheia de Detefon ela dança a dança da morte, faz um estrago
enorme e morre de barriga pra cima. O mundo mudou minha gente, tomem cuidados e
evitem as baratas (vale para os doidos também): não fiquem em locais fechados e
úmidos, evite o escuro e as noites, aglomeração traz restos de comida e atraem
as baratas, se cuide e, se possível, respeite as baratas e seus amigos doidos.
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