O Dia do poeta
No dia do poeta a poesia acabou
A mente esvazia no descanso do nada
O poeta esquece versos versando
Hoje é descanso
No dia do poeta ele vê o real
O mais palpável sapato na mais fria calçada
Anda
Não sente
Não pensa
Vive
No dia do poeta ele folga
Sente que nada sente
Sabe ver a brancura do branco
Sem ternura pode mirar o azul
E, mais que nunca, dizer não pra si mesmo
No dia do poeta ele saiu de si
Foi ser jardineiro no deserto
Foi nada ser como se fosse gente
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