O que o poeta não vê
O poeta não vê a estupidez tropeçando
Não vê a escuridão da certeza absoluta
Muito menos a clareza do erro
Nesses momentos prefere o imaginário
O poeta não sente tanto o presente
O futuro só em sonhos concretos
O passado é tão doce quanto o pudim da vovó
O poeta disfarça o Fernando Pessoa
Tanto no tanto que esquece o desencanto
E padece fingindo a dor
Que deveras sente
Nenhum comentário:
Postar um comentário