segunda-feira, 27 de junho de 2022

O que o poeta não vê

 O que o poeta não vê


O poeta não vê a estupidez tropeçando

Não vê a escuridão da certeza absoluta

Muito menos a clareza do erro

Nesses momentos prefere o imaginário


O poeta não sente tanto o presente

O futuro só em sonhos concretos

O passado é tão doce quanto o pudim da vovó


O poeta disfarça o Fernando Pessoa

Tanto no tanto que esquece o desencanto

E padece fingindo a dor 

Que deveras sente

Nenhum comentário:

Postar um comentário