Amor atropelado
Era um amor leve e distraído, como deve ser
Andava solto no meu pensamento, pantaneiro
Vivia em felicidade doida
Atravessou a avenida assoviando
Atropelado foi na contramão, na traição
Hoje é um amor ortopédico
De muletas, mal anda
Sofrido por dentro e por fora
Engessado está, arrependido demais
Vai reaprender a andar com o coração nas mãos
E nunca mais atravessar a rua sozinho
Agora e sempre andará ao lado do ciúmes
Até infartar de raiva e morrer sem coração
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