Na baba do meu cachimbo
Na minha boca amarga
A língua áspera sabe dizer
Sofrimentos
As rugas estão seguras nas experiências
Meu olho não precisa ver pois já viu
Os cabelos, poucos, no lenço
Vida cumprida
Tenho o que contar e descontar
Eu sei viver sem sorrir e adoçar
Sou sobrevivente do sertão
Do sol só a penúria levo
E meu cachimbo por perto
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