terça-feira, 19 de maio de 2020

Quando?


Quando tua vontade monta na minha
Como cavalo adestrado vou marchando

Quando teu desejo engole o meu
Sou rato enfeitiçado por olhos de cobra

Quando o meu veneno borbulha 
Você se desdobra em mirabolantes desculpas

Quando o amor aparece
Outro dia se foi

Quando a raiva adormece
A insônia perdura 

O fim será quando?
Virá pelas mãos do nunca?
Na corcunda dos ciúmes?
No vento frio da morte?

Quando?

O Não virar Sim
E
Na dobra do teus joelhos
Você rezar o perdão

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