terça-feira, 12 de maio de 2020

Os olhos do poeta

Olhos do poeta

O poeta não vê, ele sente
Não olha e sim percebe o
Imponderável

Na lucidez dos normais
Vê o torto belo
Na linha reta matematicamente
Vê as curvas se fechando

Esse olho não te pertence
Poeta
Essa tua imaginação sim
Poeta
Invente o mundo
Poeta
Os cegos de alma agradecem

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