Meu amigo José Luiz nos presenteou ( nós ex-alunos do colégio de São Bento ) com o delicioso texto abaixo :
Queridos Colegas :
Hoje, parei num quiosque desses da praia para um refrescante coco verde, acompanhado de minha netinha.
Oito pratas na criança, geladinho, delicioso.
Os cocos por natureza apresentam um formato e consistência que favorecem sua abertura em cima, por onde umbilicalmente ficam ligados ao cacho.
Observei desatento ter sido o coco servido com uma incisão em sua lateral, suficiente para introdução de um canudo, mais ou menos na altura da sua "cintura".
Necessário tomar cuidado para que a hipoestaticidade do corpo em relação ao orifício em posição desnatural não verta o tão caro conteúdo.
Também consumir mais tempo até a certeza (ou desistência) de saber esgotado o precioso líquido, posto o visual ser zero e por meu absoluto despreparo haver esquecido o endoscópio em casa.
Solicitei ao rapaz do atendimento que providenciasse a abertura do coco, apreciador que sou de sua película interna que, nas boas praias tupiniquins costuma ser ingerida com o auxílio de uma "colher raspadora", obtida por entalhe na lateral do próprio produto.
Surpresa: "Doutor, agora existe uma lei que nos proíbe de abrir cocos, de utilizar facões, por isso é que temos que fazer o furinho do canudinho".
Entendo, afinal moro no Brasil, sou carioca, estão empeixeirando ciclistas, estamos em ano olímpico...
Desiludido porém jamais derrotado, pergunto :
Por acaso essa lei diz que eu não possa abrir o coco?
Grand Finale :
Atirei o coitado umas três vezes ao chão - não o rapaz, apenas o produto do coqueiro...
Ao primeiro arremesso a plateia começou a formar.
E só fez aumentar, com alguns se aventurando a externar o que imaginavam acontecendo...
Em verdes tempos, arremeso de coco é muito mais ecológico...
Tendo rachado, fácil a separação das partes.
Uma colher metálica apareceu rapidinho...
Deliciosa polpa, poupa-me daqueles que penam sem pena de nós...
Ave Benedictorum
Magnífico Texto.
ResponderExcluirAinda bem que o tal "desaparecimento de peixeiras, ainda não chegou nas ondas do norte.
Tota Maia
Amigo Tota, se por aí não usarem mais as " pexeiras " não vou mais visitar o Nordeste !
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