Gaveta do passado
Na gaveta do passado fui procurar a coisa certa
Quanto mais vasculhava mais me desesperava
O pó velho adentrando as narinas do esquecimento
As mãos trêmulas no tato falho, e nada se acha
Lá dentro brotam papéis em branco e dúvidas
Eu não acho o passado tão bem guardado
Eu não entendo o presente aqui do meu lado
A gaveta do esquecimento engoliu a do passado
E
Apodreceu a do presente

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