A solidão
A solidão faz os objetos crescerem
O sofá fica enorme e o corredor sem fim
O ar infla os pulmões como uma bomba
A pequena janela do quarto ganha grades
O andar é sempre interrogativo
O silêncio grita como um corvo
E as paredes imóveis, imensas
A solidão devora até o Sol da manhã
E gosta, apaixonadamente, da noite
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