Minhas conversas com o espelho são duras
A cada dia uma vaga resposta ele traz
Uma nova mentira vem no meu rosto
Ele mente muito de mãos dadas ao tempo
No meu melhor sorriso desconfio de seu olhar
Ele é tão falso quanto são sete anos de azar
Na minha tristeza o vermelho do olho salta
Para o mergulho infinito dos reflexos
A cada dia uma mudança, sem forças me despeço
Com raiva não faço a barba e sujo tua cara de sabão
Me rendo na tua imobilidade eterna sem um alô
Te deixo embaçado no banho quente da covardia
Perdão calado dou lhe para tua morte sem mim
Ficarás só na parede mofada até o prego te matar
Estraçalhado no chão vais sentir minha falta
E lá no espelho dos meus pecados te encontrarei
Adeus
sábado, 5 de janeiro de 2019
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